
โฅ๐ฆ๐ฎ๐๐๐๐๐๐๐ ๐ฎ๐ธ๐๐ค๐๐๐๐๐ชถโฅ
February 16, 2025 at 07:59 PM
Hรก dias, perguntaram-me qual foi a dor mais forte que consegui suportar. Fiquei em silรชncio por um instante, nรฃo porque nรฃo soubesse a resposta, mas porque algumas dores nรฃo se explicam com palavras.
Pensei nas dores fรญsicas โ aquelas que marcam a pele, cortam a carne. Sim, jรก senti algumas. Mas a dor mais intensa que jรก suportei nรฃo deixou cicatrizes visรญveis. Ela nรฃo sangrou, nรฃo latejou de uma forma que pudesse ser curado com remรฉdios ou repouso. Foi uma dor que se alojou na alma, que silenciou o meu riso, que tornou os meus dias longos e as noites insuportรกveis.
Foi a dor da perda, da despedida inesperada, do vazio deixado por alguรฉm que partiu sem aviso. Foi a dor de um adeus sem retorno, de um amor que se desfez sem explicaรงรฃo, de um sonho que desmoronou diante dos meus olhos sem que eu pudesse segurรก-lo.
E o mais curioso? Sobrevivi. A dor atravessou-me, rasgou-me por dentro, mas nรฃo me destruiu. Porque, no fim, descobri que algumas dores nรฃo sรฃo feitas para serem esquecidas, mas para serem transformadas. E, talvez, a maior forรงa que temos seja essa: a de seguir adiante, mesmo carregando as marcas invisรญveis do que um dia nos feriu.โฅ
Carlos Cabrita
โค๏ธ
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