*[InovaPod T3:E5] Bruna Crioula e Beatriz Filgueiras em Resiliência Climática e Alimentação Ancestral* Neste episódio, você vai ouvir Bruna Crioula e Beatriz Filgueiras, duas mulheres que atuam em diferentes contextos na mitigação dos impactos climáticos, conectadas por um mesmo propósito: reposicionamento da sociedade diante da natureza e do meio ambiente. Beatriz não atuava diretamente na área ambiental e climática, mas, a partir de conversas com mulheres de diversos setores da infraestrutura, impulsionada pela tragédia das enchentes no RS, percebe a necessidade de ações concretas da sociedade civil e decide contribuir aproveitando conhecimentos e habilidades de gestão e liderança acumulados em sua trajetória profissional. Passa a liderar a Comunidade Resiliência Climática, voltada para revisar protocolos de gestão de crise e construir uma ação coordenada nas emergências climáticas, como a que ocorreu em 2024 no RS. Já Bruna Crioula é nutricionista por formação, e por missão, guardiã da cozinha ancestral negra e de outros povos originários. Com a sua fala “o nosso prato é uma janela para entender o mundo” ela chama a atenção para uma perspectiva inovadora na qual podemos pensar o meio ambiente através da nossa alimentação cotidiana. E nos mostra que os sistemas alimentares ancestrais dos povos afro-diaspóricos e originários podem ser uma ferramenta poderosa para mitigar os desequilíbrios ambientais e climáticos, uma vez que estes sistemas guardam a receita da sustentabilidade que era praticada antes da colonização e do surgimento do modelo econômico alimentar predominante que orienta globalmente a cadeia de produção e consumo de alimentos. Durante a tragédia das enchentes no RS, Bruna, que é gaúcha, foi diretamente atingida. Vivenciando e observando a tragédia pelo ponto de vista de pessoa negra ela presenciou como tanto a assistência humanitária do Estado à tragédia, quanto os impactos negativos desta, foram distribuídos de maneira irregular na sociedade, tendo sido as pessoas das regiões periféricas, majoritariamente famílias negras e pobres, as mais atingidas, expondo a existência de um racismo e um classismo ambiental. Nesse contexto, ela criou o Fundo Crioula, em defesa de povos indígenas, negros, periféricos e animais não-humanos. Este episódio traz um recado urgente, precisamos unir forças em defesa da natureza, pois atingimos um ponto no qual ou é a regeneração ou é o colapso. Vamos pensar mais fundo sobre tudo isso ? https://m.youtube.com/watch?v=dNYBfO6keRg