Os geoglifos do Acre são estruturas de terra escavadas que formam imensas figuras geométricas, como quadrados, retângulos e círculos. Além de impressionantes, esses sítios arqueológicos revelam informações importantes sobre as sociedades indígenas que habitaram a região amazônica a mais de mil anos atrás. Apesar de ser reconhecido e registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um desses geoglifos foi danificado para a plantação de soja em uma fazenda na cidade de Capixaba (AC). O arrendatário e um funcionário do local confessaram ter arado e limpado a terra, depositando solo dentro das valas e mutilando as muretas que formam o sítio arqueológico Ramal do Capatará. O MPF entrou com ação contra os dois homens e a proprietária da fazenda, pedindo indenização pelos prejuízos materiais e por danos morais coletivos. O valor pode ultrapassar R$ 530 mil a serem investidos na preservação do patrimônio histórico no Acre. Além disso, a ação pede que os réus promovam o cercamento do geoglifo e sejam proibidos de realizar novas intervenções na área sem a autorização do Iphan.