*Hebreus 6: Âncora da alma | Reflexão: Pr. Michelson Borges* “Temos esta esperança por âncora da alma, segura e firme e que entra no santuário que fica atrás do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-Se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hebreus 6:19, 20 O caminho da fé não é estático; ele exige crescimento constante. A vida cristã é comparada a um edifício que precisa de base sólida, mas não pode se limitar apenas aos alicerces. Assim, devemos ir além dos ensinos fundamentais e buscar uma maturidade que nos leve a um relacionamento mais profundo com Deus. “Avancemos para a maturidade” (v. 1) é um convite a deixar de lado a imaturidade espiritual e a caminhar com perseverança rumo à plenitude da fé. Mas o que significa crescer espiritualmente? Hebreus nos lembra de que o coração humano pode ser como terra fértil ou como um solo cheio de espinhos. Aqueles que absorvem a Palavra e permitem que Deus trabalhe em sua vida produzirão frutos, enquanto os que endurecem o coração correm o risco de se afastar da graça divina. Por isso, devemos avaliar constantemente se estamos sendo receptivos à influência do Espírito Santo. A boa notícia é que Deus não se esquece dos que O amam e servem com fidelidade. “Deus não é injusto; Ele não Se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por Ele” (v. 10). Isso significa que cada esforço para permanecer firme na fé, cada ato de amor e serviço ao próximo, é visto e valorizado pelo Senhor. Ele não ignora aqueles que perseveram, mas os fortalece e os conduz à vitória. A perseverança é uma marca do verdadeiro cristão. O autor de Hebreus nos encoraja a seguir os exemplos de fé daqueles que vieram antes de nós. Abraão, por exemplo, esperou pacientemente e recebeu a promessa. Isso nos ensina que Deus cumpre tudo o que promete, ainda que a resposta não venha no nosso tempo. O segredo é confiar, pois “é impossível que Deus minta” (v. 18). Sua fidelidade é inabalável, e nossa esperança deve estar firmemente ancorada nessa certeza. A esperança cristã é comparada a uma âncora para a alma. Assim como a âncora impede que um barco seja levado pelas ondas do mar, nossa esperança em Cristo nos mantém firmes e seguros em meio às tempestades da vida. Essa esperança não é mero desejo, mas uma certeza que nos liga ao santuário celestial, onde Jesus, nosso Sumo Sacerdote, intercede por nós. O santuário é o centro da nossa esperança, pois é de lá que Cristo voltará para nos levar ao lar eterno. *Promessa:* Sigamos com perseverança e maturidade, mantendo os olhos fixos em Jesus, firmados na âncora da alma e confiantes de que nossa jornada terminará na eternidade com Deus.