Graças a Deus não Nasci Lampião
Graças a Deus não Nasci Lampião
May 27, 2025 at 10:38 PM
tória de amor nunca termina sem um final feliz! Marquês de Pombal. Madrugada de 6 de Maio de 2024. Nos festejos e na consagração do nosso 24.º Campeonato, Amorim faz-nos a promessa mais sonhada que escapa há 70 anos: o bicampeonato. A convocatória mais desejada e, com o crescimento sustentado e forte do Clube, uma realidade que há muitas décadas não se vislumbrava possível. Manhã de 1 de Novembro de 2024. Manchester United oficializa Amorim como o seu novo treinador. Uma facada no coração do universo Sportinguista. A Noiva deixada ao abandono no altar. Um rombo num projeto que tinha no antigo técnico leonino a sua principal figura . Diz o clichê que passam treinadores, passam dirigentes, passam jogadores, mas o Sporting continua sempre. Mas é difícil digerir quando vemos partir uma figura das mais carismáticas e emblemáticas da nossa história. Já havia Sporting antes de Amorim, e continuaria sempre a haver Sporting pós-Amorim. Mas não é menos verdade que havia um Sporting antes e depois de Amorim. Estava muito fácil. Estava tudo encarrilado. Fácil demais para o que é a nossa história. Sabemos bem o que é a história do Sporting, e sabemos também que, não interessa se este está no seu melhor ou pior momento - o sofrimento nunca pode faltar. Não há almoços grátis para nós. Uma Supertaça perdida em condições sobrenaturais, mas já esquecida por 11 vitórias em 11 jogos no Campeonato. Por 3 vitórias em 4 jogos na Liga dos Campeões, com uma goleada histórica ao Tetracampeão inglês, e 2.º lugar na fase de Liga da Champions. Com um futebol maravilhoso e do melhor que já se viu tanto nos livros que contam a nossa história como nas páginas de vida do campeonato nacional. Era este o Sporting que tínhamos a 10 de Novembro de 2024, depois duma reviravolta fabulosa em Braga, desfazendo por completo o anfitrião na segunda parte. Até parece outro Clube aquele que nos era presenteado a 22 de Dezembro. 4 jogos para o Campeonato, 2 derrotas, 1 empate e 1 vitória. Primeira derrota em casa em ano e meio, primeira perda de pontos em casa em ano e meio, primeiro jogo sem marcar em casa em 2 anos. 2 derrotas na Champions. 2.º lugar no campeonato que podia facilmente tornar-se em 3.º. Princípio de uma onda de lesões jamais vista. Para onde estávamos a caminhar agora? Regressávamos ao marasmo que parecia um pesadelo distante? Voltava o Sporting frágil e alvo fácil de abate? Onde andava a equipa que ainda nem há 6 semanas fazia inclusive acreditar numa epopeia europeia como há muito não se via? João Pereira caiu. A aposta foi ousada e arriscada, e perguntávamo-nos se não tinha ido longe demais. Felizmente, o erro foi corrigido. João Pereira ficou marcado pela negativa, e não merecia. Não correu bem, mas a humildade de perceber isso revelou carácter e integridade. Mais do que incutir ideias, havia que agarrar a equipa e não a deixar cair do ponto de vista mental. Havia um sentimento de orfandade no balneário que precisava de ser curado primeiro que tudo. Quem perde um Pai fica sempre sem chão. Chegou a solução possível e, quiçá, tardia. Talvez nem a primeira opção. Rui Borges pode ter muitos defeitos, pode ter demorado até perceber que a realidade dum Clube grande não se assemelha aos anteriores conjuntos que treinou. Pode até gerar muitas dúvidas na cabeça dos Sportinguistas se é o Treinador ideal e necessário para ser a chave dum projecto que se quer progressivamente vencedor, e com razão. Todos queremos que a resposta seja afirmativa, mas o alto patamar em que o Clube se encontra legitima as questões. Só que Rui Borges cativou desde o início. O próprio Morten o referiu na sua última entrevista. O seu carácter acalmou a equipa primeiro e os adeptos depois. Mais do que uma injeção de moral aos jogadores, a injeção dada aos adeptos. O discurso simples e prático: estávamos perante grandes jogadores, jogadores muito bons, campeões nacionais, que não se podiam esquecer da sua valia. Rui Borges encaixou em cheio no plano mental que relembrou à equipa quem ela era. Temos tantos exemplos de técnicos que não são os mais vistosos do ponto de vista técnico-tático mas que trazem uma mentalidade à equipa que é tão ou mais importante que qualquer tipo de treino aquisitivo. A vitória ao Benfica foi espectacular. Em abono da verdade, o Sporting começou a ganhar o jogo já na apresentação do seu novo técnico. A esperança renasceu entre a família leonina. A fome de vencer voltou. O receio que surgia depois de Barcelos desapareceu e deu lugar a uma confiança perdida em Novembro. Uma primeira parte que remontava a tempos não muito distantes de classe e qualidade. Uma segunda de resistência e de crença. Tal e qual como Rui Borges tinha deixado claro: “Quando faltar a inspiração, que não falte a atitude.” Sentimos todos ali que a época tinha começado outra vez. Que já ninguém nos parava. Mas o calendário não perdoava. E, pior que o calendário, a progressiva onda de lesões. Pote nunca mais voltava. Morita com recaídas. Nuno Santos já com a época terminada há 2 meses. Bragança a recuperar. Inácio. Matheus Reis. Gyokeres. Jogos de grau de dificuldade elevado a surgirem de forma sucessiva, e as opções cada vez menores. Uma Taça da Liga perdida nos penalties pelos pés de quem menos merecia. Mas era difícil não acreditar que podíamos voltar a ser felizes quando Rui Borges tornou a unir-nos novamente à volta dum: “Há algo melhor guardado para nós.” A segunda fase menos boa da época estava a começar. 11 jogadores lesionados. Perda de vantagem de 6 pontos novamente. Europa chegava ao fim. 4 jogos sem vencer e mais de 2 meses sem vitórias consecutivas. Mas este Sporting já era muito diferente do Sporting daquelas fatídicas 6 semanas entre Novembro e Dezembro. Este Sporting não tombava. Este Sporting abanava mas não caía. E se fosse para morrer, morreria de pé como uma árvore. A chegada duma pedra basilar para a baliza trouxe a tranquilidade e a segurança em momentos de aperto, tal e qual se precisava. Dois Ruis que chegaram ao mesmo tempo, mas que aguentaram o barco e seguraram o leme na medida necessária. A tormenta passou. Sobrevivemos. Mesmo já sem Simões e sem Bragança, que se juntavam a Nuno Santos, e a um Pote quase a voltar. Apareceu um Fresneda na direita, e um Debast de cara lavada no meio. Apareceram miúdos da equipa B que nem barba na cara tinham: Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, José Silva… O trabalho estava a ser feito. Grão a grão. “De 3 em 3 a somar”, como canta o Pibe dos Directivo. Sobreviver e ganhar. Mais do que 11 irmãos a defender o primeiro lugar, uma onda verde pelo País fora que trazia a força extra tão pedida e desejada. E mesmo aquilo que um Patrão tirou, um Weverson devolveu. Quase da mesma forma e na mesma hora. Isto com uma deslocação hercúlea aos Açores onde Geny voltou a aparecer. E finalmente havia Pote! Abanar e não cair. O 1.º lugar nunca esteve fora de vista. Nem um autocarro de Barcelos conseguia contrariar a nossa força. Tinha de acontecer. E tinha de vir dum Quaresma que, agora sim, podia emocionar-se justamente, depois da canalhice que lhe fizeram num clássico contra o Porto. Chegamos a um dos jogos mais importantes da nossa história. No Estádio do nosso maior rival. Tal e qual como sucedeu 20 anos antes, praticamente nas mesmas circunstâncias. Mas, lá está, este Sporting não sabe perder. É um Sporting de estofo e já calejado para estes momentos. Aquele Sporting que outrora tremia e falhava na hora H, parece estar finalmente a ficar para trás e no passado. Entrada e primeira parte de luxo. Resistência na segunda. Tão importante como ganhar, era não perder. Ficava tudo para nossa casa, só dependíamos de nós, como sempre quisemos! Não podia faltar o habitual sofrimento em Alvalade, mas o desfecho foi poético e justo. Primeiros gritos de Bicampeonato ouvidos da voz dos Sportinguistas em mais de 7 décadas. O sonho realizado. O desejo cumprido. O casamento feito, mesmo com outro noivo. Restava a Dobradinha no Jamor, que já não era cantada há 23 anos. Novamente na adversidade, a eterna crença e a fé que contagiava ambos os intervenientes da bancada e do campo. No último suspiro, o Leão agarrava a presa e não mais a deixaria fugir. Mesmo que no Jamor já seja o coração a jogar e a energia remanescente seja pouca, há sempre uma palavra a dizer de quem faz de um dos seus lemas “Até ao fim!”. Uma época à Sporting! Começar nas nuvens, descer até ao inferno, passar pelo purgatório, terminar no Paraíso e no Olimpo. A memória dos imortais e dos eternos! A temporada mais épica da nossa história. Um dos momentos mais notáveis das nossas vidas. Vimos as tormentas, vimos o Bojador, aguentámos a tempestade, mas nunca deixámos que o barco naufragasse. Possivelmente, o momento de maior união na vida do nosso Clube desde a sua fundação. O bicampeonato complicou-se mas nunca quisemos nem fizemos dele uma miragem. Nunca desistimos nem nos entregámos ao fatalismo. Por isso esta época nos pareceu tão longa e foi tão dura para todo o universo Sporting. Não há um Sportinguista que não viva no paradoxo de estar extenuado desta época mas que não desse tudo para a viver de novo. Que bem dormimos depois do Jamor, com a sensação de dever cumprido, tal como um Frodo e um Sam depois de destruírem o anel. O limiar do “quase” trouxe-nos muitos cabelos brancos e problemas de coração, mas já estamos noutro patamar e já sabemos, mesmo como adeptos, lidar com situações de maior aperto e de último esforço antes da recta da meta. Já sabemos o que é preciso para vencer! Citando o falecido Papa Francisco, este campeonato é de “todos, todos, todos”. O título que nos permitiu sonhar com uma hegemonia que também não vivenciamos há 70 anos. O que sempre pretendemos: em 5/10 anos, ganhar mais que os outros todos juntos! A montanha russa foi dura, mas a superioridade e justiça tornaram-se evidentes. Equipa com mais pontos. Equipa com mais vitórias. Equipa com menos derrotas. Equipa com mais golos marcados. Equipa com menos golos sofridos. Equipa com o melhor marcador do campeonato. Equipa com o melhor jogador do campeonato. Equipa com o líder de assistências do campeonato. Equipa que ganhou os duelos directos nos 2 jogos contra cada um dos rivais. Equipa que mais tempo esteve na liderança da tabela, 30 jornadas em 34 possíveis. Avassalador, e até em certa medida com parâmetros melhores que em 23/24, onde a diferença pontual foi ainda maior. Uma temporada onde, parece que não, várias figuras de balneário foram ficando pelo caminho. Um Coates (capitão!) que teve de regressar a casa. Um Adan que voltou a Espanha. Um Neto que acabou a carreira. Um Paulinho que se aventurou pelo México. Um bicampeonato que teve, seguramente, dedo de duas das maiores figuras da nossa história: o lendário Manuel Fernandes, eterno capitão leonino, e Aurélio Pereira, o senhor formação que nos trouxe os maiores talentos que Portugal já viu. Onde quer que estejam, ninguém estará mais feliz que eles. E uma dobradinha conquistada no Jamor contra o mesmo adversário do fatídico dia 18 de Maio de 1996, pela memória do nosso Rui Mendes, que foi, por fim, vingada. Ele nunca nos deixaria perder esta final! Do Rui Silva que trouxe a segurança e a estabilidade na baliza que precisávamos para atacar o título, um reforço de Janeiro que valeu ouro. Do Franco Israel que foi aguentando o barco e que une as pontas do balneário pela amizade e disposição que todos adoram. Do Diomande que se assumiu como patrão da defesa e melhor central da Liga. Do Inácio que tomou as rédeas de novo capitão e está um senhor jogador, até em jogos grandes onde mais tremia. Do Quaresma que é um monstro competitivo talhado para grandes palcos que disse presente na hora certa. Do Juste que, mesmo fustigado por lesões, continua a ser uma das referências de balneário e um jogador com uma qualidade brutal. Do Matheus Reis que traz uma mentalidade superior à equipa e não se verga perante ninguém. Do Fresneda que apareceu quando se precisava dum lateral, um jogador que tem de ser admirado pela sua persistência, pelo facto de mal ter sido usado durante ano e meio e nunca ter desistido ou negado apoio aos colegas. Do Esgaio, patinho feio, que é decisivo no balneário e não tem pejo em defender o seu Sporting de quem o desrespeita. Do Maxi, que acabou a época em grande estando em golos cruciais. Do Nuno Santos, ferido em combate muito cedo mas que é dos jogadores mais importantes deste Sporting, mesmo não jogando. Do Zeno, que não se importou de adoptar uma nova posição para ajudar a equipa, e que bela surpresa foi (jogador diferenciado joga em qualquer lado). Do Morten, o capitão que fez esquecer Coates, líder inigualável, e que liga toda a equipa em campo. Do Morita, samurai já velhinho, que pensa o jogo 10 vezes mais rápido que os outros e sabe tudo sobre futebol. Do Simões, que foi lançado às feras numa altura crítica mas que deixou água na boca para a época seguinte. Do Bragança, outro soldado ferido em combate, que começou a época em grande e com golos decisivos. Do Geny e da sua veia goleadora em jogos grandes e apertados, desde os derbies até aos Açores. Do Quenda e da sua irreverência e juventude que apareceram na pré-época e que mostraram ao mundo, novamente, a excelência de Alcochete. Do Potinho, não há outro igual, 5 meses parado, um crime para quem gosta de futebol, mas que voltou na última recta e marcou o golo do título. Do Edwards, que a cabecinha pouco funciona mas que tem um talento inacreditável. Do Harder, uma força da natureza e uma fome de golo sempre que entra em campo, passando pelo espectacular bis em Braga e terminando com a tomada no Jamor. Do Viktor, o melhor jogador da história do Sporting moderno, a primeira vez que sentimos que o nosso Clube tinha um dos melhores do mundo. Por fim, do Trincão, para mim o jogador da época. 54 jogos. Zero lesões. 4.700 minutos. Muito sacrifício. Muito suor. Muito coração, muita pele e pulmão deixados dentro de campo. Golos e golaços decisivos. Contra o Vitória. Contra o Nacional. Contra o Arouca. Contra o Benfica. Assistências do melhor que há, como em Alvalade contra o Casa Pia ou no Jamor. Um verdadeiro herói e ídolo de quem conhece o jogo e sabe o que é o futebol. Menção honrosa para Kovacevic, Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, José Silva, Afonso Moreira, Biel, Mauro Couto, Henrique Arreiol, David Moreira (entrada de luxo no Jamor), entre outros nomes. Grande parte é da Equipa B, ajudaram os seniores quando era preciso e nem por isso desistiram e deixaram de conquistar a fabulosa e esperada subida à Liga 2. Do Mister Rúben Amorim, que por muito desapontamento que tenha deixado, é uma pessoa impossível de odiar e foi a principal figura que montou as bases para que tudo isto fosse possível. Do Mister João Pereira, que não teve sorte e merecia tanto sucesso como qualquer outro sportinguista, que foi notório que foi empurrado para baixo logo desde o início, mas que manteve sempre a postura, integridade e dignidade, até na hora da saída. Do Mister Rui Borges, que entrou num camião descontrolado a grande velocidade e o soube levar até ao destino com um elevado sentido de missão, nunca se queixando de nada, aproveitando para viver o sonho, e que manteve a sua humildade perante um País de indivíduos que continuam a achar que Portugal está só nas grandes cidades. Não foi ele que montou as bases, mas é ele o grande obreiro do bicampeonato e da dobradinha. Zero derrotas em Portugal em 25 jogos, com 6 jogos grandes pelo meio e 3 vitórias. Quando a descrença batia à porta, foi ele a soprar ventos de mudança que contagiaram o ambiente entre equipa e adeptos. Teve erros, tem de evoluir, suscita dúvidas plausíveis se é o homem certo, mas agarrou no sonho do bicampeonato pelo colarinho e nunca mais o largou. Agarrou a dobradinha com todas as suas forças, e só parou para festejar. Um mestre da motivação e força mental! Do Hugo Viana, que idealizou todo este projecto desde muito cedo, e foi naturalmente reconhecido e pretendido por uma das melhores equipas do mundo. Um gentleman que defendeu sempre o Sporting em todo o lado. Do Presidente Frederico Varandas, oficialmente o Presidente mais titulado da história do Sporting CP no Futebol. Em 2018, quando pegou na medalha de finalista vencido da Taça de Portugal e disse que a levaria para o museu no dia em que se sagrasse campeão nacional, desdenhamos. Não poderíamos estar mais errados, e ainda bem que assim é. A principal pessoa que possibilitou dizer, um dia, que o Sporting era o Rei do futebol em Portugal. Também tem os seus defeitos, também comete erros, também tem de evoluir, mas deixou bem claro nas suas últimas palavras no relvado do Jamor que no Sporting está-se para ganhar: “Este título é bom mas é passado, agora queremos os próximos!”. Uma agradável surpresa para todos nós, e que possa agora atingir a marca de António Ribeiro Ferreira, de Presidente com mais campeonatos conquistados! Um Presidente que mostra, e bem, que não é preciso entrar no lodo e na lama para vencer. Que mais do que criticar, quer ajudar a arbitragem, não só para si mas para todos, começando pelos próprios árbitros. Que demonstra que é possível mudar as coisas para melhor. Para finalizar, dos sócios e adeptos. Da onda verde. De toda a paixão leonina. Não há amor como este. Não há sentimento como este. Um amor que leva a cometer loucuras, que cria músicas e cânticos lindos que unem uma nação, que não recua na hora de defender o seu Clube, a sua bandeira, o seu estandarte. É toda uma forma de estar na vida, do lado certo dela, que contagia e orgulha. Não queremos ser mais nem menos que ninguém. Não queremos que nos dêem nada, mas também não queremos que nos tirem alguma coisa. Vivemos o nosso amor à nossa maneira, de forma genuína e dedicada. Temos valores dos quais não abdicamos e somos os primeiros a admitir quando a linha foi pisada. Somos um exemplo de uma forma de estar no desporto em Portugal que nunca devia ter desaparecido. És tão amado, Sporting! Tens exércitos inteiros atrás de ti e ao teu lado. Não há nada que amemos mais do que tu. És tão amado e venerado como uma mãe que pega pela primeira vez, ao colo, na criança que acabou de conceber. És tão amado, Sporting! E sabemos que isto é só o início, que podes dar e ser muito mais que isto. Foste o sonho dum neto, a criação dum avô, e talvez seja por aí que sejas tão amado. Porque só quem é avô ou avó sabe que ter netos é amar 2 vezes, amar a dobrar. Este ano foi todo ele tão épico, que creio só ser possível cair-nos a ficha daqui a alguns tempos, e com a pergunta que nos vai inquietando teimosamente: Porra, o que é que Nós acabámos de conseguir? Todos te amamos, Sporting Clube de Portugal. Incondicionalmente. Obrigado pela reciprocidade e por nos fazeres tão felizes. Basta a tua existência

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