Æternus ☩
June 7, 2025 at 09:11 PM
*SOBRE AS DOUTRINAS MODERNISTAS*
> Carta encíclica Pascenti Dominici Gregis do Sumo Pontífice Pio X.
> *O modernista filósofo:*
PARTE FINAL
Ousadamente afirmam os modernistas, *e isto mesmo se conclui das suas doutrinas, que os dogmas não somente podem, mas positivamente devem evoluir e mudar-se.* De fato, entre os pontos principais da sua doutrina, contam também este, *que deduzem da imanência vital: as fórmulas religiosas, para que realmente sejam tais e não só meras especulações da inteligência, precisam ser vitais e viver da mesma vida do sentimento religioso.* Daí porém não se deve concluir que essas fórmulas, particularmente se forem só imaginárias, sejam formadas a bem desse mesmo sentimento religioso; porquanto *nada importa a sua origem, nem o seu número, nem a sua qualidade; segue-se, porém, que o sentimento religioso, embora modificando-as, se houver mister, as torna vitais e fá-las viver de sua própria vida.* Em outros termos, *é preciso a fórmula primitiva seja aceita e confirmada pelo coração, e que a subseqüente elaboração das fórmulas secundárias seja feita sob a direção do coração.* Procede daí que tais fórmulas para serem vitais, *hão de ser e ficar adaptadas tanto à fé quanto ao crente.* Pelo que, se por qualquer motivo cessar essa adaptação, *perdem sua primitiva significação e devem ser mudadas.* Ora, sendo assim mutável o valor e a sorte das fórmulas dogmáticas, *não é de admirar que os modernistas tanto as escarneçam e desprezem, e que por conseguinte só reconheçam e exaltem o sentimento e a vida religiosa.* Por isto, com o maior atrevimento *criticam a Igreja acusando-a de caminhar fora da estrada, e de não saber distinguir entre o sentido material das fórmulas e sua significação religiosa e moral,* e ainda mais, *agarrando-se obstinadamente, mas em vão, a fórmulas falhas de sentido, de deixar a própria religião rolar no abismo.* Cegos, na verdade, a conduzirem outros cegos, são esses homens que inchados de orgulhosa ciência, *deliram a ponto de perverter o conceito de verdade e o genuíno conceito religioso, divulgando um novo sistema, com o qual, arrastados por desenfreada mania de novidades, não procuram a verdade onde certamente se acha;* e, desprezando as santas e apostólicas tradições, *apegam-se a doutrinas ocas, fúteis, incertas, reprovadas pela Igreja, com as quais homens estultíssimos julgam fortalecer e sustentar a verdade* (Gregório XVI, Encíclica "Singulari Nos" 7 Jul. 1834).
*Assim, Veneráveis Irmãos, pensa o modernista como filósofo.*
> CONTINUA...
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