*PEQUENO CATECHISMO DO NAMORO CATHÓLICO* > Retirado do Apostolado de São Pio X. *• I) O QUE É “NAMORO” ?* R: Namoro é o período em que o rapaz e a moça *procuram conhecer-se em preparação para o matrimónio.* *• II) EM QUE CONSISTE O MATRIMÓNIO?* R: No matrimónio *homem e mulher doam seus corpos,* constituem *uma só carne* e tornam-se *instrumentos de Deus na geração de novas vidas humanas.* *• III) ENTÃO, EM QUE DEVE CONSISTIR A PREPARAÇÃO AO MATRIMÓNIO?* R: Antes de dar os corpos *é preciso doar as almas.* No namoro os jovens procuram conhecer *não o corpo do outro, mas sua alma.* *• IV) QUE CONCLUSÃO PODEMOS TIRAR DAÍ?* R: Os namorados *não podem ter relações sexuais [fornicação], nem atitudes contrarias à castidade.* *• V) POR QUE?* R: Pois o corpo do outro *ainda não lhes pertence, pelo sacramento do matrimónio religioso.* Unir-se ao corpo alheio, antes do casamento na Igreja *é um pecado contra a castidade e contra a justiça,* e como nosso corpo é o templo do Espírito Santo (cf. 1 Cor. VI, 19), *a profanação de nosso corpo é algo semelhante a um sacrilégio.* *• VI) SÃO PERMITIDOS BEIJOS?* R: Porém *não é apenas a fornicação que é pecado,* mas também tudo o que provoca o desejo da fornicação, *como os beijos [ou abraços dependendo da intenção].* *• VII) NÃO PODEM SER CONSIDERADOS COMO SIMPLES EXPRESSÕES DE AFECTO?* R: Não, já que muitíssimo mais do que constituírem expressões de afecto, *despertam, alimentam e exacerbam o desejo físico.* Aliás, é possível profanar o templo do nosso corpo *até por um pensamento: _“Todo aquele que olha para uma mulher com mau desejo já cometeu adultério com ela em seu coração”_* _(Mat. V, 28)._ *• VIII) QUE CONSEQÜÊNCIAS PRÁTICAS TIRAMOS DISSO?* R: Durante o namoro *deve evitar o contacto físico,* como *beijos ou abraços demorados,* que já constitui uma entrega física que, *se acidentalmente pode não se consumar, no entanto prepara ou apressa.* Vale aqui lembrar a advertência de Christo: *“Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito é pronto, mas a carne é fraca”* (Mt XXVI, 41). *• IX) QUE OUTRA CONSEQÜÊNCIA TIRAIS DISSO?* R: O prazer da excitação dos sentidos torna-os *incapazes de perceber a beleza da alma do outro.* O namoro assim *deixa de ser uma ocasião de amar para ser uma ocasião de egoísmo a dois:* cada um desejando *sugar do outro o máximo prazer.* *• X) COMO, ENTÃO, DEVE-SE NAMORAR?* R: Sendo o namoro o encontro de *dois templos sagrados* que desejam *conhecer-se e amar-se interiormente,* os namorados deveriam agir *a semelhança de um rito litúrgico:* – Rezar *antes e depois do namoro;* – Namorar *apenas em lugar visível, para evitar ocasiões de pecar.* Nada há para esconder. – Durante o namoro *evitar ir além de conversar, dar as mãos ou abraços breves.* – Ter sempre em mente: *“Eu estou diante de um templo sagrado. Ai de mim se eu profanar este templo até por um pensamento!”* – Depois do namoro convém fazer um exame de consciência: *“Estou agora amando a Deus mais do que antes?”* *• XI) E SE O OUTRO NÃO ACEITAR NAMORAR CHRISTÃMENTE?* R: É preciso *renunciar ao namorado (à namorada):* *“Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim”* (Mt X, 37). O que poderíamos acrescentar: *“Aquele que ama o namorado ou a namorada mais do que a mim não é digno de mim”.* Para conservar a graça que Jesus Christo nos conquistou a preço do seu Sangue, *devemos renunciar à própria vida, e com maior razão ao namorado (à namorada).* *• XII) NÃO É ISSO MUITO DURO?* R: Sim *é duro, mas tem um consolo.* Se o outro não aceita namorar senão através de beijos e abraços escandalosos, *na verdade ele não ama você, mas deseja usufruir do prazer que você pode oferecer.* O verdadeiro amor *sabe esperar.* A recta intenção inclui *a prudência e o autodomínio, que é o fundamento da castidade conjugal.* *• XIII) MAS, É REALMENTE PRECISO SER DIFERENTE DE TODO O MUNDO?* R: Sim, o christão deve ser *o sal da Terra* (cf. Mt V, 13) *e luz do Mundo* (cf. Mt. 5, 14), *fermento na massa* (cf. Mt. 13, 33). “Não vos conformeis com este mundo, *mas transformai-vos, renovando a vossa mente,* a fim de poderdes *discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito.”* (Rm. 12, 2). *• XIV) MAS NÃO É LEVAR UMA VIDA MUITO TRISTE?* R: Aquele que procura o prazer, encontra o prazer. *Mas depois vem o vazio, o remorso de consciência e a tristeza de ter pecado.* Aquele que se abstém do prazer ilegítimo, por obediência a Jesus Christo, *encontra a alegria e a felicidade:* “Bem aventurados os puros *porque verão a Face de Deus”* (Mt. V, 8 ). *• XV) QUE SIGNIFICA ISSO?* R: Isso significa que *a alegria da pureza está acima do prazer da impureza assim como o Céu está acima da Terra.* Ao olharmos para os olhos de uma pessoa pura, *vemos algo de divino em sua alma, algum reflexo deste Deus que contempla com maior facilidade e perfeição.*