Durante o julgamento em que o STF analisa a responsabilidade das redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes recorreu ao filósofo John Stuart Mill para justificar a regulamentação das plataformas, argumentando que a liberdade não é absoluta e citando trechos de “Sobre a Liberdade” de 1859. Ele disse: “A única liberdade que merece esse nome é a de buscar nosso próprio bem… contanto que não tentemos privar os outros do seu próprio bem”, afirmando que qualquer conduta que prejudique os outros pode ser limitada pela sociedade. No entanto, a fala repercutiu como interpretação equivocada do pensamento do liberal inglês. A revista Crusoé apontou que Moraes “distorceu as ideias de Mill, que defendia a liberdade de expressão até mesmo de opiniões impopulares, enquanto o ministro teria ultrapassado os limites do que Mill consideraria dano concreto” . Já o Instituto John Stuart Mill, via publicação no site Cláudio Dantas, disse estar “perplexo ao saber que um juiz brasileiro usou as obras