
A CRIPTA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS
June 18, 2025 at 12:13 AM
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_(✥Conto de Al-Mahid, capítulo 1 parte 1.✥)_
Por volta de 900 anos atrás, existia um rei conhecido como… Al-Mahid! Mahid, um governador de um reino desértico conhecido como Vashar. Vashar de longe, parecia só um deserto comum; com todos aqueles cactos, caminhos vastos com nada além de areias e escorpiões— e perto da fonte de água… um reino cada vez mais próspero.
“Ei, você ouviu falar que Mahid conseguiu entrar nas ruínas perdidas?!”
“Nem vem com essa. Primeiramente que essas ruínas nem existem, segundo, se existissem, por que o rei estaria lá?”
“Elas existem sim!! Eu já te disse, eu quase entrei nelas! Eu tenho essa cicatriz para provar!”
O jovem Vashariano aponta para uma pequena cicatriz no seu braço, seu amigo revira os olhos em escárnio.
“O povo ama inventar história né?! Pelos deuses, essas ruínas são só lendas urbanas.”
“Exatamente!” •risos• “Minha mãe falava das ruínas pra eu não ficar até tarde fora.”
Não tão longe, é possível ver alguns Vasharianos se ajoelhando ao rio em prantos.
“Deuses, por favor, protejam nosso rei Al-Mahid!”
E em um dos bairros da capital, um grupo de crianças fica em volta de um um senhor velho, sábio e parrudão.
“Ei tio!! Você já foi explorar as ruínas né!! Que legal!!”
“Ei, você sabia que Al-Mahid tá explorando lá também?”
“Gasp! Mas eu ouvi falar que elas são muito perigosas!! E agora?! O rei Mahid vai morrer!!”
Três crianças discutem ao redor do homem.
“Fui sim.” Ele responde. “Tenho certeza que vossa majestade Mahid vai se dar muito melhor que eu naquelas ruínas.” Ele concluiu olhando para o braço que perdeu em suas aventuras nestas ruínas tão misteriosas.
”Ugh! Argh!”
Ataca um garoto musculoso, confiante, com pele oliva, vestimentas desérticas feitas para com que ar circule dentro delas— cabelo grande, castanho escuro e de certa forma volumoso, e diversas joias verdes como acessórios de sua roupa, complementando seus olhos da mesma cor. O tão aclamado rei; Al-Mahid.
Ele aniquila com a sua espada um conjunto de slimes negras e ferozes, defendendo seu reino destas anomalias nojentas.
“Hoje eu consegui ir mais longe do que nunca…” O monarca ofega e senta no chão de arenito, encostando suas costas num pilar negro desgastado, com runas antigas brilhando dele— que Mahid havia certeza que não causariam nada, tendo as milhares de vezes que ele havia explorado as ruínas.
“Mas não posso parar; não agora. Sabe-se lá quais ameaças existem no fundo desse caos. Ameaças ao meu povo…”
Ele come a maçã quase apodrecida que guardava dentro de suas longas mangas e se levanta e continua sua aventura.
A certo ponto ele só conseguia sentir a agonia do sentimento de quão seca sua garganta estava, ele tentava se distrair mas nada ainda funcionava, Al-Mahid não sabia se sairia vivo dali hoje. Hoje? Quantos dias se passaram desde que ele havia saído para essa expedição? Ele se lamenta pela comida que acabou perdendo, o quão fresca a água do rio estava quando ele bebeu…
De repente, ele pisa num compartimento de rocha estranho no chão. Um botão, que ativou algo.
Tudo fica escuro, ele volta ao seus sentidos e uma gota de suor frio desliza sobre seu rosto, olhando aos lados freneticamente e segurando sua espada com força.
“OLHE SÓ.” uma risada demoníaca acompanha este aviso.
“É A PRIMEIRA VEZ QUE UM HUMANO ALCANÇA MEU LAR, TÃO FUNDO NESTES CANTOS.“
“Revele-se!” Mahid grita com a voz que ainda lhe resta.
Uma entidade inteiramente preta, com diversos olhos vermelhos escuro colados pelo seu rosto, chifres estranhos que não parecem permanecer a este mundo e uns 15 metros de altura.
“MAS NÃO POSSO TE DEIXAR SAIR.”
“Eu irei erradicar todo o mal que compromete a segurança de Vashar!” Mahid, sendo tolo de acreditar que sobreviverá, avança com tudo pra cima dessa entidade estranha. O monstro levanta uma de suas 8 mãos gigantes e sombras com silhueta de cobras que saem dela e voam até a direção do humano.
De alguma forma, Mahid conseguiu desviar, mas com isso ralou seu joelho no chão. Mas continuou e enfiou sua espada no torso daquela… coisa.
A espada dele é engolida pela escuridão eminente do monstro.
Ele é quase engolido também, o moreno agilmente pula pra trás e começa pensar em algum tipo de estratégia para combater este ser de puro caos, mas quando foi perceber, seu corpo e mente não conseguiam aguentar e ele colapsa.
Três semanas depois, ele acorda na sua cama, com uma sensação horrível- parecia que sua garganta estava pipocando com um void gosmento de Pure-Dark, espetando ele por dentro de uma maneira que não machuque mas traga um incômodo que o faz querer arrancar sua garganta com os calos de suas mãos.
O guerreiro de terras estrangeiras que a três semanas anteriores estava rodeado de crianças cheias de dúvidas, havia resgatado o rei daquele lugar amaldiçoado.
Mahid se recuperou e até comprou uma espada nova, passou meses se recuperando mentalmente. Mas tinha uma coisa que ele decidiu faz muito tempo.
Ele ia voltar e matar aquele monstro.
Ele passou meses secretamente indo até os confins das ruínas de Vashar e batalhando com aquela entidade, não ganhou uma vez, mas sempre acordava resgatado pelo guerreiro *Chaki* em sua cama real. O monstro o poupava? Será que sentia pena? Ou será que gostava de ter uma companhia durante estes séculos perdidos? Por algum motivo, o pensamento que o monstro tinha piedade por Mahid o deixava enojado.
Faz mais de 2 anos que sua primeira batalha com o monstro sem nome começou, seu primeiro encontro! Mahid já tem muita e muita experiência explorando as ruínas, está ridiculamente melhor do que seu eu que acabara de começar a explorar este lugar aterrorizante.
Não perdia tempo com slimes e fantasmas estranhos, levava suprimentos energizantes e super-hidratados, conhecia todo tipo de atalho; só para dar um fim no seu arqui-inimigo.
Quando chegou na área que residia demônio; aqueles risos sádicos só o enchiam de determinação— e atacou o monstro com tudo.
Mahid se movia como um flash verde pelos ares, enquanto a escuridão de *Sun* ameaçava apagar sua cor. Fitas de escuridão enforcam o pescoço do rei sem piedade, mas ele lança um raio elétrico verde no filho do sol que o faz que sua garganta seja liberta. Al-Mahid desvia dos pilares negros que Sun jogava nele enquanto mirava sua espada em direção aos seus olhos.
Os olhos vermelhos de Sun são atingidos pela ponta da espada que vai mais fundo, causando dor. Com o choque, pequenos raios verdes dançam sobre a espada.
Com raiva, o monstro empurra com força Mahid para longe, fazendo ele bater suas costas num pilar e quebrando uma de suas costelas. Mahid levantou-se rapidamente e correu para um canto para comer algo e recuperar suas energias, jurando que obviamente o outro tentará atacá-lo.
Mas Sun retira a espada de sua face e… ri.
Não eram suas clássicas risadas de sadismo, realmente parecia que ele estava genuinamente se divertindo.
Mahid sai de seu esconderijo em posição de defesa, ainda não abaixando sua guarda. Confusamente ele se aproxima do monstro, que não apresenta sinal que sua hostilidade alguma vez chegou a existir nesse domínio.
“Hahaha! Eu ainda acho hilário que você me deu teu foco tendo que o maior perigo saiu de seu lar e vai sair das ruínas! Zion! Hahahahahaha!”
“Hah.” O de olhos verdes solta uma risada genuína. Por algum motivo ele queria se sentar ao lado do monstro e rir também!
“Hahahahahahahaha!” O rei ri ao lado dele, não de loucura, mas de genuína euforia.
“Você me entreteu, humano, não quero mais lutar com você. Você faria um ótimo servo meu. O que acha?”
“Nem morto.”
“Bem, tolo seja você recusando uma oferta dessas. Aliás, qual seu nome?”
“Eu…? *Mahid*!”
“Que engraçadinho, quase bobo.”
“Como ousa?! E você acha que seu nome é melhor do que o meu?!”
“Me chamo *Sun*!“
“Hmmm, Mahid ainda é melhor!”
Este duo muito improvável passa semanas fortalecendo essa amizade certamente estranha.
“Mas ei, Sun, me diga… quem é… aquele Zion que você comentou?”
_(✥Fim da parte.✥)_
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