Herus Mendes, de 23 anos, trabalhava como office boy em uma imobiliária. Foi baleado no abdômen e assassinado numa “operação policial” no Morro do Santo Amaro, bairro do Catete, Zona Sul do Rio de Janeiro. A operação ocorreu em meio a um encontro de quadrilhas juninas, de várias regiões do Estado, que ocorria na comunidade. A ação do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) causou desespero dos moradores, entre crianças, mulheres e senhoras de idade que correram em busca de abrigo. Além do jovem morto, a operação ainda deixou ao menos 5 feridos, entre eles um adolescente de 16 anos e um homem identificado como Leurimar Rodrigues de Souza, de 38 anos, que trabalha como cozinheiro. Herus deixa um filho de 2 anos. Ao G1 o pai de Herus questionou: “A gente só quer que alguém nos procure e diga quem autorizou aquilo. Secretário de Segurança, chefe do Bope, que alguém nos procure e explique. Quem autorizou?”. Às 11h de hoje dezenas de moradores e parentes fizeram um ato por justiça em frente a porta da 9ª DP (Catete). Cassiano da Silva, presidente da associação de moradores de Santo Amaro, chamou a ação de uma covardia e deu detalhes sobre a festa que tem uma longa tradição cultural na comunidade: "As quadrilhas de São Gonçalo, da Providência e do Leme já haviam se apresentado. Quando a nossa iria se apresentar, o Bope entrou. Foi uma tamanha covardia do estado. Era a estreia na nossa quadrilha. Em seguida, começamos a ver pessoas pisoteadas, crianças chorando, jovens sem saber o que fazer, pessoas de fora baleadas(...)". O Estado é responsável pela violência policial e por mais esse episódio de barbárie policial cotidiana. Claudio Castro é responsável e tem as mãos sujas de sangue de mais um jovem violentamente assassinado. Justiça para Herus Mendes! crédito dos vídeos: @geancg e @vozdascomunidades https://www.instagram.com/reel/DKm31wKgSK8/?igsh=MTVlNzZrdG92a2F4cg==