
Capela de Santa Marta
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Canal da comunidade que se reúne na capela do Hospital de Santa Marta, em Lisboa. capeladesantamarta.pt
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De Francisco a Leão XIV: e nós no caminho? Encontro de irmãos com Cristina Inogés-Sanz. 21 de Junho — das 10h00 às 16h00 Hotel PortoBay Liberdade (inscrição gratuita e necessária) https://us20.campaign-archive.com/?u=a2669fb69231cbcada166d668&id=0aaa6d3ccc


Engatilhou a pistola e apontou para longe, sobre a baía, e puxou o gatilho. O foguete descreveu um arco em direcção ao negrume com um longo vuush e explodiu acima da água numa luz turva, algures a longa distância e ali pairou. As gavinhas quentes de magnésio escorreram lentamente pela escuridão abaixo e o lençol alvacento das ondas que invadia o areal com a subida da maré pulsou sob o clarão e desvaneceu-se devagar. Ele baixou os olhos para o rosto erguido do rapaz. Não dava para verem isto de muito longe, pois não, papá? Quem? As pessoas, fosse lá quem fosse. Não. Não de muito longe. Se quiséssemos mostrar onde estávamos. Aos homens bons, queres tu dizer? Sim. Alguém que quiséssemos que ficasse a saber onde é que nós estávamos. Quem, por exemplo? Não sei. Deus, é isso? Sim. Talvez alguém desse género.


O chamado «mundo real» não nos irá desencorajar de funcionarmos de acordo com as nossas configurações por defeito, já que o chamado «mundo real» dos homens, do dinheiro e do poder funciona muito confortavelmente com o combustível do medo, do desprezo, da frustração, do desejo insaciável e da adoração do eu. A nossa cultura contemporânea tem explorado estas forças de maneira a produzirem níveis extraordinários de riqueza, conforto e liberdade pessoal: a liberdade de sermos todos senhores dos nossos minúsculos reinos, do tamanho dos nossos crânios, sozinhos no centro de toda a criação. Este tipo de liberdade tem muito que a recomende. Mas claro que há imensos tipos de liberdade, e da do tipo mais precioso não ouviremos falar nunca no grande mundo exterior do lucro, da realização pessoal e do exibicionismo: o tipo de liberdade realmente importante tem a ver com atenção e consciência, disciplina e esforço, e com sermos capazes de nos preocuparmos verdadeiramente com as outras pessoas e de nos sacrificarmos por elas, repetidamente, de um sem-número de formazinhas insignificantes e nada sexys, todos os dias. Isso é a verdadeira liberdade.


Perguntas o segredo. Tem um só nome: de novo.


Aquilo que peço é, na verdade, bastante ridículo. O que digo, Senhor, é que neste momento sou um queijo, faz de mim uma mística, imediatamente. A verdade é que Deus é capaz disso, é capaz de converter queijos em místicos. Mas porque haveria Ele de o fazer em benefício de uma criatura ingrata, preguiçosa e suja como eu? Sou incapaz de permanecer na igreja para dizer uma oração de ação de graças sequer; quanto a preparar-me para a comunhão na noite da véspera tenho a cabeça noutro lugar; o rosário é para mim mera rotina, enquanto penso noutras coisas, normalmente ímpias. Mas gostava de ser uma mística, e imediatamente. Meu bom Deus, peço-te, dá-me um lugar qualquer, por exíguo que seja, mas deixa-me conhecê-lo e conservá-lo. Se me couber lavar todos os dias o segundo degrau das escadas, diz-mo e deixa-me lavá-lo e deixa que o meu coração transborde de amor ao lavá-lo. Deus ama-nos, Deus precisa de nós. E também da minha alma. Por isso leva-a, meu bom Deus, porque ela sabe que Tu és tudo o que ela deveria desejar e se fosse sensata Tu serias a única coisa que ela desejaria, e nos momentos em que ela se enche de sensatez Tu és a única coisa que ela deseja, e deseja desejar-Te mais e mais. As exigências dela são absurdas. É uma traça que quer ser rei, uma criatura estúpida e preguiçosa, uma criatura néscia, que deseja que Deus, que criou a Terra, seja seu Amante. Imediatamente.


Sarah, a filha de dezasseis anos de um amigo meu, andava na escola e preparava-se para um exame oral de Religião e Moral. Como trabalho de casa, tinha de responder à pergunta: «Porque é que Jesus contou parábolas?» O pai, um homem agradavelmente importuno, encorajou-a a ler o Evangelho de S. Marcos, em especial o capítulo 4, versículos 12-14, em que Jesus explica as suas técnicas de ensinamento. Obediente, ela acedeu e, na resposta, citou S. Marcos: «Falo em parábolas a fim de que os de fora não compreendam» A professora de Sarah corrigiu-a e replicou: «Não, Jesus falava por parábolas a fim de a Sua mensagem ser acessível a todos. As parábolas são uma boa maneira de chegar às pessoas vulgares e simples que Jesus amava.» Sarah ressalvou que o Evangelho diz precisamente o oposto: as parábolas destinavam-se a excluir e desorientar as pessoas. A professora salientou: «Α resposta certa é: Para que toda a gente consiga receber a mensagem.» De que vale um Evangelho, quando se sabe a resposta certa?


O homem, feito à imagem de Deus, deve fazer as coisas como Deus as faz, porque fazer bem as coisas é uma coisa bem feita.


Em atenção a todos quantos não têm acesso ao Instagram, _Um Azulejo fora do Sítio_ disponibilizará aqui também os posts diários.

Iniciativa do Instituto Diocesano de Formação Cristã (Escola de Leigos) «Diálogo Inter-religioso: Princípios e Critérios Tradição e Magistério da Igreja Católica» Pelo Prof. Doutor P. Peter Stilwell https://idfc.patriarcado-lisboa.pt/cursos/principios-e-criterios-do-dialogo-inter-religioso-tradicao-e-magisterio-da-igreja-catolica-pe-peter-stilwell-amoreiras/ Há mais ofertas formativas no IDFC. Se alguém tem interesse em participar nalgum módulo, não sejam dificuldades económicas a impossibilitar. A Comunidade pode ajudar.


Ring the bells that still can ring Forget your perfect offering There is a crack, a crack in everything That's how the light gets in
