Histórias de ter.a.pia
                                
                                    
                                        
                                    
                                
                            
                            
                    
                                
                                
                                February 28, 2025 at 03:18 PM
                               
                            
                        
                            Monique Reis fez história ao se tornar uma das primeiras travestis a presidir uma escola de samba, em São Paulo, a @imperatriz_domorro, em Taubaté.
Sua trajetória começou dentro de casa, onde sempre teve apoio dos pais para ser quem era. Primeira travesti a se formar na UNITAU, Monique escolheu o jornalismo como caminho. Mas, na prática, os títulos acadêmicos não garantiram espaço. Sem alternativas, encontrou na prostituição uma forma de sobreviver. Mas ela não aceitaria que essa fosse a única realidade possível.
Foi assim que surgiu a Imperatriz do Morro. Uma escola de samba onde as funções eram ocupadas por quem sempre foi deixado à margem. A tesoureira, uma travesti. O secretário, um homem gay. A madrinha de bateria, uma drag careca. 
Mas a Imperatriz do Morro é muito mais que uma escola de samba. É onde crianças aprendem capoeira, onde senhoras jogam bingo para escapar da solidão, onde jovens encontram um ofício.
Para Monique, as escolas de samba são espaços de resistência, de preservação cultural, de afirmação da identidade negra e periférica. E por isso, quando perguntavam se a Imperatriz falaria de orixás, de Exu, de Maria Padilha, a resposta era simples: sempre. 
Defensora das religiões de matriz africana, Monique usa os enredos da escola para resgatar a ancestralidade negra e periférica, desafiando preconceitos e reafirmando a importância do carnaval como manifestação cultural. 
Foi assim que chegou à Marquês de Sapucaí, no Carnaval de 2025, sendo uma das homenageadas pela Paraíso do Tuiuti, em um enredo sobre Chica Monicongo, a primeira travesti do Brasil. Uma mulher que morreu queimada pela Inquisição por se recusar a negar quem era.
Monique sempre soube que sua trajetória não seria fácil. Mas se fosse para ser lembrada por algo, que fosse pela coragem. 
Assista: https://youtu.be/l2b0OEDTPKo
                        
                    
                    
                    
                    
                    
                                    
                                        
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