
Rodrigo Bibo - Bibotalk - Teologia - Bíblia - Podcast
February 19, 2025 at 11:46 PM
Jesus te faz feliz?
A busca pela felicidade é um dos anseios mais profundos da alma humana. Desde tempos antigos, filósofos, poetas e teólogos tentam definir essa sensação que nos escapa pelos dedos assim que tentamos segurá-la. No entanto, como cristãos, precisamos fazer uma pergunta mais fundamental: Jesus nos faz felizes?
Vivemos em uma cultura que define a felicidade como um estado emocional passageiro, baseado em conquistas, prazer e bem-estar. Somos ensinados que a verdadeira realização está no alcance dos nossos sonhos, no sucesso profissional, nos relacionamentos perfeitos e na ausência de dor. Mas a experiência humana prova o contrário: mesmo aqueles que atingem essas metas continuam sentindo um vazio difícil de preencher.
Isso nos leva à grande questão: se Jesus veio nos dar vida em abundância (Jo 10:10), essa vida inclui felicidade?
Quando olhamos para os evangelhos, vemos um Cristo que não promete felicidade nos moldes do mundo. Pelo contrário, Ele chama Seus discípulos para a renúncia: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24). Isso parece a receita perfeita para o sofrimento, não para a felicidade.
Ainda assim, os apóstolos e os primeiros cristãos experimentaram uma alegria que ia além das circunstâncias. Paulo, escrevendo da prisão, declarou: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!” (Fp 4:4). Como alguém preso poderia falar de alegria? Porque ele encontrou em Cristo algo maior que felicidade momentânea—ele encontrou alegria eterna e inabalável.
A palavra que Jesus usa no Sermão do Monte para descrever aqueles que pertencem ao Reino de Deus é makários (Mt 5:3-12), traduzida como “bem-aventurados” ou “felizes”. Mas essa felicidade não depende de circunstâncias favoráveis. Pelo contrário, Jesus diz que são bem-aventurados os que choram, os perseguidos e os humildes de espírito.
O mundo jamais chamaria essas pessoas de felizes. Mas Jesus nos ensina que existe uma felicidade paradoxal: a alegria de pertencermos a Deus, independentemente do que vivemos aqui.
Jesus não é um produto de autoajuda para melhorar nossa autoestima ou garantir que teremos uma vida tranquila. Ele nos promete algo maior que a felicidade que o mundo busca: Ele nos dá a si mesmo.
A verdadeira felicidade cristã não está na ausência de sofrimento, mas na certeza de que não passamos pelo sofrimento sozinhos. Está na esperança de que todas as coisas, boas ou ruins, estão sendo usadas para nos tornar mais parecidos com Cristo (Rm 8:28-29).
Por isso, a resposta para a pergunta inicial é: Sim, Jesus nos faz felizes—mas não da forma como o mundo entende a felicidade. Ele nos dá algo melhor: uma alegria que não pode ser roubada, um sentido que não se desfaz, uma esperança que não se apaga.
No final, Jesus não nos chama para sermos apenas felizes. Ele nos chama para sermos dEle. E isso, sim, é a maior felicidade que podemos experimentar.
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