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February 19, 2025 at 10:51 AM
Negócios privados na rede municipal de ensino básico em Fortaleza https://www.instagram.com/p/DGJY3rPSbLt/?igsh=azhrdGk4YWptazU5 É alarmante a crescente influência de grupos empresariais no Sistema Municipal de Educação de Fortaleza (SME). A rede pública conta com professores qualificados e experientes, aptos a desenvolver projetos pedagógicos alinhados às necessidades locais. Entretanto, instituições como o Instituto Motriz, a Nova Escola (ligadas à Fundação Lemann) e o Iprede têm ampliado sua atuação na rede, oferecendo formações e materiais didáticos. Suas equipes técnicas são competentes para a realização da lógica mercadológica que ameaça a autonomia da educação pública. O cerne do debate está no conflito de interesses: essas organizações, ainda que sob o discurso de "inovação", priorizam agendas alinhadas a seus financiadores. Um dos questionamentos recentes envolve o perfil dos profissionais contratados por essas empresas. Enquanto professores da rede pública possuem currículos robustos, experiência em sala de aula e conhecimento profundo da realidade local, as políticas neoliberais insistem em terceirizar serviços, privilegiando consultorias externas. Por que não investir em um corpo técnico formado por servidores da própria rede? Por que destinar milhões a empresas de outros estados, cujos métodos nem sempre dialogam com os desafios específicos de Fortaleza? A Fundação Lemann, criada em 2002 pelo bilionário Jorge Paulo Lemann (acionista de gigantes como AB InBev e 3G Capital), ilustra bem esse fenômeno. A família Lemann, uma das mais ricas do país, utiliza sua filantropia para influenciar políticas educacionais, promovendo modelos que frequentemente priorizam eficiência mercadológica em detrimento de pautas como equidade e valorização docente. É preciso questionar: quem se beneficia quando o ensino público é gerido como negócio privado? Enquanto isso, alunos da periferia seguem com infraestrutura precária, salas superlotadas e professores sobrecarregados. A resposta é óbvia: a terceirização da educação não serve à classe trabalhadora, mas a um projeto que transforma direitos em mercadoria. Fortaleza precisa resgatar a gestão democrática das escolas, ouvindo quem vive a educação no cotidiano — não executivos de fundações distantes da realidade das comunidades. É alarmante a crescente influência de grupos empresariais no Sistema Municipal de Educação de Fortaleza (SME). A rede pública conta com professores qualificados e experientes, aptos a desenvolver projetos pedagógicos alinhados às necessidades locais. Entretanto, instituições como o Instituto Motriz, a Nova Escola (ligadas à Fundação Lemann) e o Iprede têm ampliado sua atuação na rede, oferecendo formações e materiais didáticos. Suas equipes técnicas são competentes para a realização da lógica mercadológica que ameaça a autonomia da educação pública. O cerne do debate está no conflito de interesses: essas organizações, ainda que sob o discurso de "inovação", priorizam agendas alinhadas a seus financiadores. Um dos questionamentos recentes envolve o perfil dos profissionais contratados por essas empresas. Enquanto professores da rede pública possuem currículos robustos, experiência em sala de aula e conhecimento profundo da realidade local, as políticas neoliberais insistem em terceirizar serviços, privilegiando consultorias externas. Por que não investir em um corpo técnico formado por servidores da própria rede? Por que destinar milhões a empresas de outros estados, cujos métodos nem sempre dialogam com os desafios específicos de Fortaleza? A Fundação Lemann, criada em 2002 pelo bilionário Jorge Paulo Lemann (acionista de gigantes como AB InBev e 3G Capital), ilustra bem esse fenômeno. A família Lemann, uma das mais ricas do país, utiliza sua filantropia para influenciar políticas educacionais, promovendo modelos que frequentemente priorizam eficiência mercadológica em detrimento de pautas como equidade e valorização docente. É preciso questionar: quem se beneficia quando o ensino público é gerido como negócio privado? A educação pública merece mais do que discursos de eficiência: precisa de orçamento, autonomia e respeito à sua vocação transformadora.
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