“Perdoai-vos uns aos outros, assim como Eu vos perdoei.” O peso das palavras ecoa como um trovão na alma ferida. Perdoar? Quem aguenta? Quem tem peito para esquecer a ofensa, apagar o insulto, engolir a humilhação? Tudo em nós grita pelo revide, pelo troco, pela devolução na mesma moeda – de preferência, com juros. Mas… e se, em vez da moeda da vingança, usássemos a graça? Vivemos tempos de hipersensibilidade e baixa resistência emocional. Qualquer divergência é tomada como ofensa irreparável, qualquer erro alheio vira título de cancelamento vitalício. As redes sociais servem de praça pública para linchamentos digitais e execuções morais sem direito a defesa. Esquecemos que somos feitos da mesma matéria frágil, que a poeira que suja o outro também repousa sobre nós. Cristo, pendurado no madeiro, ensina um caminho mais alto: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Como assim? Ele, o justo, intercede pelos injustos. Ele, o puro, cobre as impurezas alheias com um amor que não calcula dívidas. Ele não se vinga, não se ressente, não joga na cara. Apenas ama. Mas vamos falar sério. Perdoar dói. Não é fácil. Exige que abramos mão do direito de estar certos. Que deixemos a espada da justiça pessoal cair ao chão. Que troquemos o ressentimento por misericórdia. Quem consegue? Quem já foi perdoado. Quem entendeu que um dia também ofendeu. Que um dia errou feio e mesmo assim recebeu graça. “Seja misericordioso, assim como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6:36). O segredo do perdão não está na força humana, mas na experiência divina. Só quem se vê como devedor resgatado pode olhar para o credor com os olhos da graça. Então, que façamos isso. Que sejamos faróis de reconciliação em um mundo de ressentimentos. Que nossas redes sociais transbordem paciência, que nossos lares sejam fortalezas de graça, que nossas igrejas sejam refúgios de perdão. Perdoar não é fraqueza. É força. Não é perda. É ganho. Não é esquecimento. É libertação. Afinal, “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará” (Mt 6:14). E se Ele nos perdoou primeiro, por que nos demoramos tanto em fazer o mesmo? Gostou da meditação? Curta e compartilhe, deixa seu comentário WhatsApp: (http://bit.ly/canal_transmissao_whatssapp_canaldoadventista) YouTube: [Inscreva-se aqui](http://bit.ly/ytb_canaldoadventista) Instagram: [Siga-nos aqui] https://bit.ly/ytb_canaldoadventista Perfil do Autor: [Siga o autor aqui](http://bit.ly/instagram_autor_da_meditacao)