canaldoadventista
February 13, 2025 at 03:58 PM
Terceirização da culpa
A culpa. Ah, essa moeda suja que ninguém quer carregar no bolso. Ninguém assume, ninguém quer. Joga-se de um lado para o outro, como uma batata quente queimando dedos e desfazendo responsabilidades. Em tempos de desculpas bem-embaladas, a terceirização da culpa virou arte. E somos todos artistas talentosos nessa dramaturgia da isenção.
“Não fui eu!”, gritou Adão, apontando para Eva. “Não fui eu!”, rebateu Eva, empurrando para a serpente. E a serpente? Silenciosa. Nem precisou se defender—já tinha feito seu trabalho. Desde o Éden, a transferência da culpa é o esporte favorito da humanidade. E seguimos jogando.
Pensa bem. A culpa hoje tem CEP e destinatário fixo: o governo, o sistema, a mídia, os pais, a igreja, a tecnologia, os algoritmos, os hormônios, o signo, o retrocesso histórico, a opressão social, a lua cheia. A culpa é sempre externa. Sempre “eles”. Sempre algo ou alguém além de mim.
Já notou que ninguém mais diz: “Fui eu. Eu errei. Eu pequei. Eu escolhi mal.”? Essa frase sumiu do vocabulário moderno, evaporou no calor das justificativas prontas. Em seu lugar, aparecem discursos sofisticadíssimos de autoindulgência. “Não tive escolha.” “Fui influenciado.” “As circunstâncias me levaram.” Opa! E o livre-arbítrio? Desapareceu?
Sabe quem enxergou isso antes de todo mundo? Jesus. Quando curou, transformou, confrontou, Ele não perguntou quem foi o culpado. Ele perguntou: “Você quer ser curado?” (Jo 5:6). Porque a responsabilidade é pessoal. Sempre foi.
Mas assumir a culpa dá trabalho. Custa. Corta o ego. Obriga ao arrependimento. E quem tem tempo para isso? Melhor seguir no teatro da vitimização, com ensaios diários no palco do autoengano.
A Bíblia já avisou: “Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). Forte, né? Porque no fim das contas, a culpa terceirizada sempre retorna para o remetente.
Então, e se ao invés de terceirizar a culpa, assumíssemos a verdade? Se trocássemos as desculpas pelo arrependimento, a fuga pela restauração, o desvio pelo confronto sincero?
Menos narrativas. Mais caráter.
Menos justificativas. Mais arrependimento.
Menos terceirização. Mais transformação.
Porque Deus não negocia com desculpas. Mas perdoa o coração que reconhece a própria culpa.
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