canaldoadventista
February 14, 2025 at 06:46 PM
EXEMPLO GERA CARÁTER
Seis mil dias. Esse é o tempo médio que um pai e uma mãe têm para moldar o caráter de um filho antes que ele parta para o mundo. Seis mil amanheceres de influência, seis mil noites para plantar valores. E depois disso? O tempo acaba. A argila endurece. O mármore se fixa. O que se formou nesse tempo? Um adulto sólido ou um ser fragmentado? Uma alma convicta ou um coração vacilante? Eis a grandeza — e o peso — da paternidade.
O caráter não se constrói com discursos. Ele se imprime no invisível. O filho observa. Observa o tom de voz. A maneira como o pai responde a uma ofensa. O jeito como a mãe reage ao cansaço. O que mais educa não é o que se diz, mas o que se vive. A criança cresce dentro de um laboratório. Cada dia é um experimento: Como o papai trata a mamãe? O que a mamãe faz quando está frustrada? O que eles fazem com dinheiro? Como lidam com medo, raiva, injustiça? Cada resposta gera um código emocional gravado no DNA do filho.
Quer filhos pacientes? Seja paciente. Quer filhos honestos? Seja íntegro até no troco do mercado. Quer filhos generosos? Dê antes de exigir. O caráter de uma geração é o reflexo das falhas e virtudes da anterior.
Por que tantos adultos têm dificuldade em crer num Deus Pai amoroso? Simples: porque seu primeiro “pai” não soube refletir esse amor. Se um pai terreno foi ausente, o coração pode crer num Deus próximo? Se uma mãe foi impaciente, a alma pode confiar na longanimidade divina? Se a infância foi de gritos, agressões, desprezo, como essa criança pode entender que existe um Pai celestial que a ama incondicionalmente? Pais são teólogos da infância. Eles moldam a visão que os filhos terão de Deus.
E a Bíblia já alertava sobre isso: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” (Pv 22:6). Mas, ei! Observe bem o versículo. Ele não diz “ensina o caminho”, mas “ensina no caminho”. Ou seja, ande junto. Não basta apontar a direção. Tem que caminhar lado a lado.
Vivemos na era dos filhos órfãos de pais vivos. Crianças que crescem com telas, com brinquedos de última geração, com tudo… menos com tempo de qualidade. E os pais, como compensação, erram pelo outro lado: blindam os filhos de qualquer dor. Evita-se o desconforto. O tédio. O “não”. A frustração. Resultado? Uma geração frágil, sem resiliência, sem limites. Prontos para o fracasso emocional.
Filhos não precisam de perfeição. Precisam de presença. Filhos não precisam de uma vida sem obstáculos. Precisam aprender a superá-los. Filhos não precisam de um castelo de vidro. Precisam de raízes e asas. Deus, o maior Pai de todos, não livrou Seus filhos das dificuldades. Ele moldou Moisés no deserto. Fez José passar pelo poço. Permitiu que Davi enfrentasse gigantes. Por quê? Porque sabia que só o caráter forjado na luta resiste ao tempo.
Seis mil dias. Cada um conta. Cada um deixa uma marca. Os pais são escultores da alma. Podem lapidar um filho com amor, paciência e princípios sólidos ou podem negligenciar sua responsabilidade e deixá-lo à mercê da dureza do mundo. Porque, no fim, não se cria filhos para si. Cria-se filhos para o futuro. E o caráter que hoje você molda será a bússola que guiará seus passos quando estiverem longe do seu alcance.
Então, mãos à obra, escultores. O mármore está pronto. O tempo é agora. E a eternidade será a prova final do que foi construído.
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