
pratica_filosofica - Boletim mais ou menos diário
January 29, 2025 at 08:48 AM
*Das coincidências de datas históricas aleatórias: 29 de janeiro*
Com direção de Stanley Kubrick, foi lançado em 1964 o filme _Dr. Fantástico_, no original:_Dr. Strangelove ou: como aprendi a parar de me preocupar e amar a bomba_, a tratar da ameaça nuclear encenada pelas então duas superpotências nucleares da época. Ano passado, a arma hipersônica russa Oreshnik tornou algo análogo sem sentido atualmente, aliás: não é preciso mais bomba atômica para reduzir concreto e aço de 9 andares subterrâneos concretados a mero pó, sem radiação.
Mas no ano de 2022, dia 29/1 mostrou todo o sentido em mostrar um maluco idiotizado com bomba na mão amando inventar conflito para tocar o terror: Bush Júnior inaugura sua participação como testa-de-ferro da dinastia Bush de bilionários á frente do Império em seu primeiro "Discurso sobre o Estado da União", e inaugura a versão moderna da tese jurídico-política medieval da "Guerra Justa", relançando-a sob a tag do combate ao "Eixo do Mal", formados por Iraque, Irã, e Coreia do Norte. Um ano depois, "liberta os campos de petróleo" da propriedade do povo iraquiano destruindo o seu Estado, calcinando o funcionamento autônomo de suas instituições em defesa da soberania nacional _(desde então é um povo ocupado pelas forças militares estadunidenses à revelia do poder local)_ e promovendo mata-esfola público de seu presidente, Saddam Hussein, tudo com base numa "fake news", a de que teriam armas de destruição em massa e seriam os responsáveis pelos ataques terroristas de 11/9/2001 no coração do Império, que com o tempo mostrou ser só mentiras inventadas para destruir mais um estado árabe.
Tais malucos à frente do poder seguem sua saga desde então. O último Estado árabe destruído foi a Síria dia desses, numa ação envolvendo dois membros da Otan, EUA e Turquia, e um membro não-pleno com muito mais regalias que todos os demais juntos, a entidade 'Israel'.
Nunca foi "engano" nem "loucura", porém.
É "projeto" o nome disso. Qual? "Amam" destruir os outros para "levar liberdade de mercado", para suas empresas apenas, claro. Esse é o modo imperial contemporâneo de ocupação militar das colônias. Diferente dos métodos britânicos, romanos ou alexandrinos, por exemplo.