*"A luta continua"? Sim, o bordão segue sim necessário* Necessário, malgrado prostituído e desgastado por uso entreguista reformista-populista imposto goela por certa tendência do trabalhismo liberal-conservador dominante sobre o que se passa por ex-querda brasileira desde 1982, acenado com uma mão enquanto com a outra tece conchavos e concessões em nome da "governabilidade" e "correlação de forças". Necessário, ainda mais quando o saldo de sua apropriação é a "gestão da barbárie" com vaselina e discursos lacradores, isso bem antes de assumir o protagonismo do executivo federal após 2002, e desde então, é só isso mesmo e sempre mais e mais do mesmo – jamais 'menos e menos' do mesmo, nunca o feito antes é desfeito caso as "emergências" tornem-se menos "urgentes", da contrarreforma trabalhista de 2016 ao ataque às ciências humanas no currículo escolar ou às privatizações de recursos naturais e serviços públicos essenciais à população. Necessário quando o que resta por quem usou o bordão 'A luta continua, companheiro' como tapete estendido para satisfação dos interesses do grande capital, quando o que resta foram meras políticas focalizadas de combate à miséria somadas ao já clássico "socialismo tributário gestor" para os mais ricos, e o mata-esfola 'jestor' do capitalismo para os demais _(nome disso quando bem feito e todos saem ganhando é ordoliberalismo, que o lulismo de resultados delirou alcançar em meados do Lula-II, ordoliberalismo que entretanto não é nenhuma flor que se cheire e sua versão mais famosa é os 'Trinta Anos Dourados Do Capitalismo' a vigorar em algumas economias europeias entre 1945-1975; mas do modo como é feito, é pior ainda, é sua outra corrente: o velho neoliberalismo, tsunami a varrer o mundo desde então, com exceções de praxe; para mais detalhes, cf. Dardot & Laval em "A nova razão do mundo")_. Necessário lembrar do bordão na semana em que aquele 1% de aumento imposto pelo honrado cocozão empossado dia desses como diretor do Banco Central faz sumir numa canetada R$52,5 bilhões dos fundos públicos previstos para o ano fiscal que se inicia. Necessário lembrar que "a luta continua" para o caso de tu ignorar o tamanho da derrota que foi essa canetada, a tornar torna inócuo o gigantesco corte de R$65 bilhões nos gastos públicos, sobretudo nas áreas da educação e previdência, imposto meses atrás pelo Belo Haddad _(outro upgrade da máxima popular 'por fora bela viola, por dentro pão bolorento', tá cheio disso na ex-querda)_ , e desde então, muito mais que isso sumiu do orçamento, sempre na base da canetada do sempre honorável cocozão representante do setor bancário atolado na cadeira de diretor do Banco Central. Necessário sempre, mas essas são outras histórias por serem ainda escritas a ferro quente por quem ainda não "aderiu" à pauta. Necessário sobretudo em tempos em que sequer temos, para retomar o exitoso caso napolitano trazido pelo texto linkado no post anterior (também postado no espelho desse canal, em https://t.me/pratica_filosofica/183), crianças famintas com pedras na mão para colocar uma vasta corriola e seus quinta-colunas midiáticos, armados, togados, ungidos, sarados, monetizados, fardados ou acadêmicos gordos e bem nutridos pra correr, ou melhor: para sentar no colo do capeta. Necessário sempre: a luta continua. Espero que esse universo de crianças "em situação de rua" _(nos termos da novilíngia, porém... essa 'situação' vai durar quantas gerações?)_ não esteja focada em fazer caretas e pseudodancinhas em reels tal como se deleitam suas contemporâneas geracionais pequeno-burguesas ou miseráveis remediadas. E que essas crianças 'insubmissas', se e quando crescerem, bem como _(para me referir às crianças da minha aldeia)_ se e quando entrarem na universidade, não se limitem a pedir à I.A. para fazer o trabalho com o qual deliram estarem a enganar docentes não de todo apalermados em meio ao corre-corre generalizado docente e discente atrás de lattes que não mordem.