Após eu ter citado ontem em aula o texto da Leda Tenório, recebo de um dos alunos esse recorte com a Maria Rita Kehl a falar do problema que surge quando o diálogo e a crítica tolerados são os de dentro da "bolha' identitária. https://www.instagram.com/reel/DFrHFH2u4YA/?igsh=MXc4eTE3c2Yxd2tlbQ== Só discordo da frase final do recorte: sequer se amam entre si como regra geral, regra _é ficá tudim di ôio esperando amiguinhe empregar declinação ou nomeação errada para cancelá-le e pegar seus contratos e verbas para si mesme_. Para não virar mero compartilhamento de link, prática usual em zapgrupos para a qual já não tenho mais paciência, e na maioria das vezes nem abro, ou a pessoa diz ao menos do que se trata, caso do primeiro parágrafo acima, ou, de preferência, teça considerações que avancem leitura acrescentando algo "que tenha feito pensar". *Assim, que se pode dizer a respeito do "cercamento" ao outro de que trata a Kehl?* _Follow the money_, e muita coisa do ardor identitário mostra-se em outra magnitude, a mesma e velha rasteira de sempre na luta por farelos que caiam da mesa do banquete dos grandes cafetões de trabalho mal-pago, rasteira etiquetada por exemplo como "visibilidade", "empoderamento" ou "lugar de fala", ou como desmascara Kehl: "lugar de 'cale-se'". O mesmo vale para bolsonaristas e ultradireita em geral aqui e mundo afora. Aqui, o "lugar de 'cale-se'" protofascista defende o fim do ensino público, com universidades federais à frente do desmanche defendido. O que abriria a porteira para seus contratos, redes sociais e TVs como sócias menores – sócio maior, claro, são os algoritmos de I.A.s e Big Techs, com sig sig Musk à frente a liderá-los, e seu miquinhos amestrados mundo afora a defendê-los como dominantes e gestores na doutrinação de que as universidades públicas e laicas são acusadas aliás. Apita o árbitro, segue o jogo.