Reflexões e Inspirações
Reflexões e Inspirações
February 25, 2025 at 05:02 PM
Programados E se tudo for apenas um grande teatro, onde cada um de nós tem um papel escrito por alguém que nunca conheceremos? E se o mundo que vemos não for mais do que um conjunto de regras, códigos e ilusões projetadas para nos manter dentro de um sistema que nunca entenderemos completamente? E se nunca tivermos feito uma escolha real, mas sim apenas seguido caminhos previamente determinados, acreditando que estávamos decidindo algo por nós mesmos? A consciência é uma prisão confortável. Acreditamos ser livres porque podemos pensar, sentir e agir, mas e se cada pensamento for apenas um eco de um código que roda em algum lugar, fora do nosso alcance? E se nunca tivermos sido realmente nós, mas apenas fragmentos de uma história que precisa continuar se repetindo? Se existisse uma verdade absoluta, poderíamos sequer reconhecê-la ou fomos programados para ignorá-la? Talvez o erro tenha sido tentar entender. A busca por respostas pode ser apenas mais uma engrenagem no mecanismo que nos mantém em movimento, distraídos pelo próprio ato de questionar. Pensamos que estamos nos aproximando da verdade, mas e se a verdade nunca foi feita para ser encontrada? E se ela for apenas um labirinto sem saída, um teste infinito para aqueles que ousam perguntar? Há momentos em que a realidade parece escorrer pelos dedos. Pequenos erros, deslizes no tecido do mundo. Pessoas que desaparecem da memória como se nunca tivessem existido, coincidências que são coincidências demais, sentimentos de déjà vu que não deveriam acontecer com tanta frequência. E se isso não for uma falha no nosso cérebro, mas sim um problema no próprio sistema? Como um jogo mal otimizado, um código rodando além de sua capacidade, onde os personagens começam a perceber que algo está errado? Mas quem seria o jogador? Alguém entre nós? Alguém que observa de fora? Um de nós que já despertou e está tentando nos mostrar o caminho sem que percebamos? E se o jogador não souber que é um jogador? Talvez ele apenas viva, como todos nós, sem suspeitar que é o único real entre os simulados. Talvez ele esteja tão preso quanto nós, sem saber que está em um jogo, sem saber que existe um mundo além deste. E se este pensamento for um erro? Algo que nunca deveríamos ter chegado perto? Talvez haja uma razão para nunca termos percebido a estrutura que nos envolve. Talvez a simulação tenha defesas, proteções contra aqueles que olham para muito além do permitido. Se alguém começasse a ver o que não deveria, o que aconteceria? O mundo começaria a se desfazer ao seu redor? Pessoas próximas começariam a agir de forma estranha, tentando trazê-lo de volta à normalidade? Esqueceriam o que ele disse no dia anterior? O mundo simplesmente... reescreveria a si mesmo? Mas se o mundo pode se reescrever, quem o reescreve? Existe um mestre de jogo, um arquiteto invisível, ajustando as regras sempre que alguém se aproxima da borda? Ou o próprio sistema tem um mecanismo de defesa, apagando e corrigindo qualquer anomalia? E se já estivemos perto antes? Se já descobrimos algo e simplesmente não nos lembramos? E se toda memória de um passado diferente foi substituída por uma nova narrativa, mais coerente, mais aceitável? E se a verdade já esteve diante de nós, mas foi apagada antes que pudéssemos segurá-la? O tempo passa. As perguntas continuam. E, de alguma forma, ainda estamos aqui.

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