
Reflexões e Inspirações
8 subscribers
About Reflexões e Inspirações
Explore ideias que transformam. Textos impactantes para inspirar sua mente, motivar seu dia e promover reflexões sobre a vida e o cotidiano. Descubra novos horizontes e compartilhe momentos de sabedoria
Similar Channels
Swipe to see more
Posts

Traído... Traição. Uma palavra simples, mas que carrega um peso imensurável. Ela não precisa de explicações grandiosas para ser sentida. Basta que ocorra, e as cicatrizes se tornam evidentes, mesmo que invisíveis aos olhos. O ato de trair ultrapassa a simples ação de enganar. Ele dilacera algo fundamental: a confiança. E o que faz uma pessoa trair? O desejo momentâneo, a insatisfação, a sede por algo que acredita que lhe falta? Seria a traição um sintoma de algo maior, um reflexo de uma sociedade que cada vez mais banaliza as conexões humanas? Ou seria apenas uma inclinação natural do ser humano, um traço que carregamos e que, de tempos em tempos, irrompe como um erro inevitável? O amor, a amizade, as parcerias... Nenhuma dessas relações está imune à traição. A ideia romântica de lealdade eterna sempre foi uma promessa frágil, pois depende de uma construção constante. No entanto, quando essa promessa é quebrada, ela não se estilhaça apenas para quem é traído, mas também para quem trai. Mesmo que esse peso seja ignorado, ele está lá, pairando no silêncio dos dias, assombrando gestos e palavras que jamais serão as mesmas. Dados revelam que cerca de 40% a 50% dos casamentos enfrentam infidelidade em algum momento, de acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Kinsey. Mas será que a estatística realmente importa? Saber que algo é comum o torna menos devastador? A dor da traição não se mede em números; mede-se no instante exato em que a confiança é arrancada de dentro de alguém, sem aviso, sem chance de se preparar para o impacto. Mas há um tipo de traição ainda mais cruel: aquela que ocorre na mente. Quantas pessoas seguem ao lado de outras sem que o corpo as tenha traído, mas cujos corações e pensamentos já não pertencem mais à relação que construíram? Isso também é traição, mas um tipo silencioso, camuflado pelo cotidiano. Olhares vazios, beijos automáticos, presença física acompanhada por ausência emocional. O que é mais destrutivo? A traição do corpo ou a traição da essência? No campo das amizades, a traição assume formas diferentes, mas igualmente dolorosas. Segredos revelados, promessas esquecidas, lealdade trocada por conveniência. O ser humano, em sua natureza complexa, parece oscilar entre o desejo de ser fiel e a necessidade de satisfazer seus próprios interesses. Em que ponto a individualidade se sobrepõe à lealdade? Há um limite onde se pode justificar a traição, ou tudo não passa de desculpas para o egoísmo travestido de liberdade? O mais irônico é que muitos dos que traem não desejam ser traídos. A dor que causam, eles próprios não suportariam sentir. Mas e se sentir essa dor fosse o único jeito de compreender o estrago que fizeram? Será que o sofrimento ensina ou apenas castiga? E talvez, no fim, a traição não precise de uma resposta clara. Talvez ela seja apenas uma das muitas facetas da complexidade humana, um abismo que tentamos evitar, mas que sempre se esconde nas sombras dos nossos impulsos. E aqueles que foram traídos? Carregam consigo a dúvida, a angústia, e um mundo que nunca mais será o mesmo. Mas seguem, pois a vida nunca para para esperar que as feridas se curem. E no final, resta apenas o vazio. O vazio de quem traiu e não sabe mais onde pertence. O vazio de quem foi traído e não sabe mais em quem confiar.

Até o dia 25/02/2025, estarei adicionando novos textos ao livro e revisando os já existentes, aprimorando o conteúdo para torná-lo mais claro e envolvente. A partir do dia 26/02/2025, iniciarei a fase de revisão e aprimoramento visual, ajustando detalhes, escolhendo fontes adequadas, refinando o design e melhorando a capa. Além disso, farei ajustes finais para garantir que o livro tenha uma apresentação harmoniosa e profissional.

Desesperança Eu não sei mais o que fazer. Parece que cheguei no fim da linha e, por mais que eu tente encontrar uma saída, só vejo paredes por todos os lados. Eu já corri, já lutei, já gritei, já chorei. Já tentei ser forte, tentei ignorar, tentei fingir que tudo ia ficar bem. Mas não ficou. E agora, aqui estou eu, olhando para o nada, sentindo que tudo que fiz foi em vão. Já pedi ajuda pra Deus, já falei com o universo, já joguei minha sorte pro alto e esperei que algo mudasse. Mas nada mudou. As coisas só pioram, e eu fico aqui, preso nesse mesmo lugar, nesse mesmo ciclo que nunca termina. Eu queria ter alguma certeza, um motivo pra continuar, mas parece que a vida não me deu nada além de um grande vazio. Um silêncio que grita dentro da minha cabeça, me lembrando o tempo todo que não importa o quanto eu tente, o resultado sempre vai ser o mesmo. Tem dias que eu penso em simplesmente sair correndo, fugir para algum lugar onde ninguém me conheça, onde eu possa sumir sem deixar rastro. Mas fugir pra onde? No fundo, eu sei que não importa pra onde eu vá, essa sensação de fracasso vai me acompanhar. Não tem pra onde escapar quando o que te prende tá dentro de você. Minha própria casa já não parece minha. O lugar que deveria ser meu refúgio virou só mais um espaço vazio, sem calor, sem conforto. Eu deito na minha cama e não sinto descanso, ando pelos cômodos e me sinto um estranho. Como se eu estivesse só ocupando um espaço que não me pertence. As pessoas continuam suas vidas, como se tudo tivesse um propósito, como se houvesse algo esperando por elas no final da estrada. Eu olho pra elas e me pergunto: o que elas têm que eu não tenho? O que faz com que elas consigam seguir em frente enquanto eu fico parado, afundado nesse buraco? Será que sou só eu que não consigo ver sentido em nada? Eu já tentei achar um motivo. Já tentei me convencer de que tudo isso é só uma fase, que vai passar, que um dia as coisas vão melhorar. Mas e se não melhorarem? E se essa é a realidade, e tudo que eu posso fazer é me acostumar com ela? As pessoas falam sobre esperança, sobre insistir, mas ninguém te conta que insistir pode ser cansativo. Que pode chegar um ponto em que você simplesmente não quer mais tentar. O tempo passa. Sempre passa. Mas eu continuo aqui, no mesmo lugar, sentindo que cada dia é só uma repetição do anterior. Como se eu estivesse preso num filme ruim que se repete de novo e de novo, sem um botão de stop. Eu poderia tentar mudar as coisas, mas será que vale a pena? Será que ainda existe alguma chance ou eu tô só me enganando? Eu não sei. Talvez nunca saiba. Talvez eu só esteja esperando por algo que nunca vai acontecer. E talvez essa seja a pior parte: saber que não importa o quanto eu deseje, algumas coisas simplesmente não mudam.

Nota sobre o Projeto de Livro Estamos atualmente em fase de edição, correção e criação do livro. Como parte desse processo, alguns textos estão sendo revisados e modificados para melhorar sua clareza e qualidade. Os textos que estão sendo revisados incluem: - "Coragem": Embora seja um bom texto, sentimos que ele está incompleto e precisa ser desenvolvido mais. - "Qual é o Sentido do Universo?": O título não condiz com o conteúdo do texto, e o texto em si está confuso e precisa ser reorganizado. - "Bela Vida, Feia Morte": Gostamos desse texto, mas ele é curto e precisa ser desenvolvido mais para explorar seu potencial. - "O Poder das Palavras" e "Jogos": Esses textos estão confusos e desorganizados, e precisam ser revisados para melhorar sua clareza e qualidade. O projeto está avançando conforme o planejado, e a data de lançamento do livro continua sendo 15 de abril. Além disso, estaremos criando uma capa especial para três livros, incluindo uma capa exclusiva para pessoas especiais. A capa comum e a versão Kindle também estão sendo preparadas. Os valores do livro ainda não foram definidos, mas estaremos anunciando mais informações em breve. Agradecemos sua paciência e apoio durante esse processo.

Com 281 páginas já escritas e uma previsão de 350 páginas até o lançamento, tenho a honra de apresentar meu grande projeto: ✨ MUDE: Reflexões e Inspirações ✨ Seu lançamento está marcado para o dia 15 de abril de 2025, com distribuição em diversos países ao redor do mundo. O livro estará disponível em três formatos: capa dura, capa comum e versão digital para Kindle. Este é um projeto que carrega muito significado e dedicação, e mal posso esperar para compartilhá-lo com vocês!

Terra Molhada Chove. E tem gente que reclama. Alguns porque é demais, porque alaga, porque atrapalha, porque esfria o corpo quando o desejo era sol. Outros porque é de menos, porque o chão racha, porque as plantas secam, porque o calor aperta e ninguém aguenta. Mas tem gente que não vê a chuva há anos. Gente que olha para o céu como quem olha para um passado distante, como quem espera uma promessa que nunca se cumpre. O tempo passa, a terra endurece, as nuvens se arrastam, mas a chuva não vem. E quando finalmente cai, quando toca o chão, quando espalha seu cheiro de terra molhada, há quem agradeça como quem recebe um presente inesperado. Porque a chuva tem disso, desse mistério de ser tanto e de ser nada ao mesmo tempo. De ser alívio e de ser fardo. De lavar a poeira e de criar lama. De apagar pegadas e de abrir caminhos. De ser começo e de ser fim. Porque ela não vem só para molhar a terra, vem para sacudir o mundo, vem para mudar as cores do que antes parecia imóvel. E é nisso que eu penso quando vejo a água deslizar pelo vidro, quando sinto o cheiro que só a chuva sabe trazer, quando escuto o tamborilar no telhado. Há algo na chuva que acalma, mas também há algo que inquieta. Ela arrasta a sujeira, mas também expõe o que estava escondido. Derruba folhas, derruba muros, derruba certezas. E às vezes é isso que a gente precisa. Uma tempestade para varrer o que já não fazia sentido. Uma chuva forte para levar o que insistia em ficar. Para lembrar que o mundo não é estático, que a gente também precisa desmanchar para refazer. E eu penso naqueles que não veem a chuva. Nos que vivem onde o céu só se enche de poeira, onde cada gota de água é uma raridade. Como deve ser estranho viver num lugar onde a chuva não é comum, onde o tempo passa e o céu continua o mesmo, sem esse espetáculo que acontece sem aviso, sem permissão. Como deve ser olhar para cima e não conhecer o cinza das nuvens carregadas, não ouvir o trovão anunciando o que vem, não sentir aquele vento que antecipa o aguaceiro, aquela mudança no ar que diz: "Está chegando." Porque a chuva chega assim, sem pedir licença. Chega e toma o espaço, transforma o dia, invade as ruas, entra nas casas, penetra na pele. Chega e nos lembra que há coisas que não controlamos, que não dominamos, que não seguramos nas mãos. E isso é belo. Isso é necessário. Porque às vezes esquecemos que há forças maiores que nós, que há ciclos que não seguimos, que há danças que não guiamos. E depois que a chuva passa, há um silêncio. Um silêncio diferente, carregado de algo que não estava ali antes. Como se o mundo tivesse respirado fundo, como se tudo estivesse mais leve, como se a própria terra tivesse se livrado de um peso invisível. O ar fica mais puro, o céu mais limpo, os sons mais nítidos. É um instante de pausa, um momento de calma antes do recomeço. Porque tudo recomeça depois da chuva. O verde fica mais verde, o chão parece mais vivo, as gotas ainda escorrem pelas folhas, pelas janelas, pelos cabelos de quem teve a sorte de estar lá fora. E eu me pergunto: e se a gente fosse como a chuva? E se a gente soubesse quando cair, quando lavar, quando purificar? E se a gente aprendesse a ser tempestade quando necessário, e brisa quando o momento pedisse? E se a gente entendesse que às vezes é preciso chover dentro da gente, para tirar a poeira acumulada, para limpar as dores, para dar espaço ao que vem depois? Porque, no fim das contas, talvez seja isso. Talvez a gente precise aceitar que a chuva não é só água caindo do céu. Que ela é mudança, é transição, é transformação. Que ela chega quando precisa chegar, vai embora quando tem que ir, e sempre, sempre deixa algo para trás. Algo que precisava ser levado. Algo que precisava ficar mais leve. Algo que precisava de um novo começo.

A Jornada e o Mar Há algo de fascinante na ideia de partir, de se lançar ao desconhecido sem garantias, sem promessas além daquelas que fazemos a nós mesmos. O horizonte é um convite silencioso, um chamado que não precisa de palavras. Quem já olhou para o mar sabe que ele guarda segredos, que suas águas contam histórias sem nunca revelar tudo. O movimento das ondas é a própria dança da incerteza, ora suave, ora impiedoso, mas sempre seguindo seu curso, indiferente ao que sentimos. Há uma lição nisso. A vida é assim também. Somos todos navegantes, com ventos que nos empurram para direções inesperadas e correntes que desafiam nossa rota planejada. Às vezes, acreditamos que temos controle, que seguramos o leme com firmeza, mas então percebemos que nem sempre é nossa força que decide o caminho, mas a própria natureza dos mares que atravessamos. Há quem lute contra isso, há quem aceite e siga com o fluxo. Quem está certo? Quem está errado? Talvez essa não seja a pergunta. Talvez a verdadeira questão seja: para onde realmente queremos ir? O curioso é que, mesmo sem um destino claro, seguimos em frente. O movimento nos define, a busca nos molda. Talvez o erro não seja errar o caminho, mas permanecer parado. O medo de se perder pode ser o maior obstáculo para encontrar algo novo. O medo de não voltar pode ser a maior barreira para descobrir quem realmente somos. Alguns precisam ver terras distantes para entender onde pertencem, enquanto outros só compreendem seu lar quando olham para ele à distância. E o que dizer dos que partiram antes de nós? A saudade é um vento que sopra sem aviso, mas nunca nos deixa de verdade. Ela se mistura ao sal do mar, às lembranças que carregamos. Alguns partem sem promessas de retorno, outros deixam rastros na água, marcas invisíveis que só quem compartilhou a jornada consegue enxergar. Mas o tempo ensina que não perdemos aqueles que levamos na alma. Eles estão nas histórias que contamos, nos sonhos que persistem, nas lições que ficaram mesmo depois que as vozes se silenciaram. O mar é amigo e inimigo, caminho e destino. Para alguns, é apenas uma passagem, para outros, um lar. Cada um decide o que fazer com as águas que se estendem à frente. Alguns procuram tesouros, outros buscam respostas. Alguns querem apenas navegar, sem a necessidade de saber para onde. A liberdade não está na chegada, mas na possibilidade de seguir, na escolha de continuar. E se tudo isso não passar de um grande ciclo? Se cada viagem for apenas parte de um caminho maior, uma corrente invisível que nos liga a algo que ainda não entendemos? Talvez o verdadeiro sentido da jornada não seja encontrar um ponto final, mas aprender a dançar com as ondas, entender que cada porto é apenas mais um capítulo, e que a história nunca termina de verdade. Então seguimos. Alguns dias, sob o sol radiante, outros, em meio à tempestade. O importante é não deixar que o fogo dentro de nós se apague. Porque enquanto houver vontade de seguir, enquanto houver um horizonte chamando, sempre haverá um novo mar a desbravar.

Verdade sobre o silêncio Há algo intrigante na forma como lidamos com o silêncio. Muitas vezes, ele nos incomoda, como se carregasse um peso invisível, uma obrigação de ser preenchido com palavras, ruídos, qualquer coisa que impeça a sensação de vazio. Mas o silêncio não é apenas ausência de som. Ele é, em si, um espaço de transição, um intervalo onde a mente pode vagar sem pressa, onde as palavras que não foram ditas ainda pairam no ar, esperando para se formar. Talvez seja por isso que, quando estamos sozinhos, buscamos alguma distração. Uma música de fundo, o zumbido da televisão ligada sem que realmente prestemos atenção, a necessidade de pegar o celular e rolar a tela sem um objetivo real. O silêncio puro pode ser inquietante porque nos obriga a encarar o que evitamos, os pensamentos que tentamos silenciar com a rotina, os sentimentos que adormecemos no barulho do cotidiano. Mas e se, em vez de fugir, simplesmente nos permitíssemos ouvir o que o silêncio tem a dizer? Ele pode ser um convite para perceber o mundo de outra forma. No meio da cidade, entre buzinas e vozes, existe um silêncio sutil entre os sons, pequenas pausas que muitas vezes ignoramos. No campo, ele se mistura ao vento, ao farfalhar das folhas, aos ruídos de um mundo que nunca está realmente parado. E dentro de nós, o silêncio pode ser um espaço de entendimento, onde palavras não são necessárias para que algo faça sentido. E há silêncios que falam mais do que qualquer discurso. O olhar entre duas pessoas que se entendem sem precisar dizer nada, a pausa antes de uma resposta importante, o instante em que tudo para antes de uma grande mudança. Talvez seja esse o verdadeiro poder do silêncio: ele não é vazio, mas um intervalo entre o que foi e o que ainda virá, um espaço onde tudo pode acontecer. E, se aprendermos a ouvi-lo, talvez possamos entender mais sobre nós mesmos do que qualquer palavra poderia nos ensinar.

O Pecado de ser bom Há algo curioso na forma como o mundo se desenha para aqueles que carregam bondade no peito. Eles andam pelas ruas, falam com gentileza, tratam os outros com respeito, oferecem ajuda mesmo quando nada lhes é pedido, mas, ao olhar ao redor, percebem que os caminhos que trilham parecem sempre mais estreitos, mais íngremes, mais solitários. Enquanto aqueles que vivem para si mesmos, que caminham com o ego inflado, indiferentes ao que está ao redor, seguem por estradas largas, confortáveis, pavimentadas com vantagens que nem mesmo precisaram pedir. O que define esse contraste? Não é a falta de esforço, porque os bons se dedicam. Não é a falta de inteligência, porque eles enxergam além do que muitos jamais verão. Não é a ausência de luta, porque cada dia para eles é uma batalha entre manter a pureza do coração e não ser engolido pelo cinismo do mundo. E, ainda assim, parece que a balança nunca pesa a favor deles. Se dão, muitas vezes não recebem. Se cuidam, frequentemente são descartados. Se se sacrificam, raramente são lembrados. Mas o mais estranho de tudo não é a injustiça em si. O que mais intriga é a forma como essas pessoas continuam. Como seguem sorrindo, mesmo quando ninguém se importa. Como oferecem um ombro para quem um dia pode apunhalá-los. Como encontram forças para continuar tentando, mesmo quando o mundo parece projetado para quebrá-los. Eles não buscam recompensa, não esperam reconhecimento, mas, no fundo, sabem que a vida raramente devolverá a eles na mesma medida. E talvez o pior não seja a falta de gratidão, mas o silêncio. Porque quando caem, quando desabam, quando precisam de alguém, muitas vezes não há ninguém ali. E se houver, será alguém com um olhar de julgamento, palavras de crítica, conselhos vazios. Como se o erro estivesse em serem bons demais, em acreditarem demais, em sentirem demais. O que faz alguém seguir em frente nesse cenário? O que impede que se tornem iguais àqueles que não se importam? Talvez seja uma força invisível, uma necessidade de continuar sendo quem são, porque mudar seria perder uma parte essencial de si mesmos. Ou talvez seja simplesmente porque não sabem ser de outra forma. A bondade não é uma escolha racional, não é uma estratégia, não é uma troca. É uma essência. Algo que, mesmo ferido, mesmo desgastado, mesmo rejeitado, continua ali. E o mais impressionante de tudo é que, apesar de tudo, essas pessoas ainda encontram felicidade. Não aquela felicidade vistosa, feita de conquistas materiais, de status ou de reconhecimento. Mas uma felicidade silenciosa, que vem de ver alguém sorrir, de saber que fizeram algo por alguém, mesmo que nunca recebam nada de volta. Eles encontram alegria naquilo que os outros desprezam: em momentos pequenos, em gestos esquecidos, em palavras que nunca serão retribuídas. Talvez essa seja a verdadeira força dessas pessoas. Não a capacidade de suportar, mas a de continuar amando, mesmo em um mundo que muitas vezes não retribui esse amor. Não a resistência às dores, mas a habilidade de transformar dor em aprendizado, em empatia, em algo que pode, de alguma forma, tornar o mundo um pouco menos frio, um pouco menos indiferente. E enquanto os que vivem para si mesmos acumulam conquistas visíveis, os bons constroem algo que ninguém pode tocar, medir ou roubar: um legado de humanidade, que mesmo esquecido, mesmo ignorado, permanece como uma chama invisível, que nunca se apaga completamente.

Sem Definição O ser mais perigoso do mundo não são serpentes venenosas, não são os grandes felinos, não são os insetos que carregam doenças invisíveis nem os oceanos profundos que escondem mistérios insondáveis. Não são armas, não são bombas, não são os desastres naturais. Nada é tão destrutivo quanto o próprio ser humano. Somos a única espécie que mata por prazer, que rouba não pela necessidade, mas pela conveniência, que destrói não por sobrevivência, mas por ganância, por egoísmo, por sede de poder. Olhe para a sociedade ao seu redor. Olhe para o que nos tornamos. Presidentes desviam bilhões enquanto pessoas passam fome. O trabalhador acorda de madrugada, pega transporte lotado, encara chefes abusivos, retorna para casa exausto e, no fim do mês, percebe que o dinheiro mal dá para comprar comida. Enquanto isso, aqueles que deveriam zelar pelo bem-estar da população vivem no luxo, acumulam riquezas, fazem festas regadas a vinhos importados, e dormem tranquilos sabendo que nunca precisarão escolher entre pagar uma conta de luz ou colocar comida na mesa. A desigualdade é um monstro crescente, uma aberração que devora os sonhos dos que nasceram sem privilégios. E então, há aqueles que escolhem roubar. Não por desespero, não porque a vida os obrigou, mas porque é mais fácil. Por que estudar, por que trabalhar anos a fio, por que se sacrificar, se um roubo bem-feito pode render mais do que meses de esforço? A lei pune, mas a punição é branda. Dois ou três anos de prisão valem mais a pena do que seis anos de estudo, do que décadas de trabalho árduo. O crime se tornou um atalho, e a justiça parece frágil, quase cúmplice. E não para por aí. Pessoas matam por um celular. Tiram vidas sem pensar duas vezes, sem remorso. Um clique, um disparo, um corte, um golpe, e tudo se desfaz. Quando percebem que o celular não é o mais novo, jogam fora, deixando o sangue da vítima secar no asfalto, como se fosse só mais um dia comum. E a sociedade segue, indiferente, banalizando a violência, tornando-a parte do cotidiano. As ruas refletem o caos. As leis de trânsito são ignoradas porque cada um tem pressa, cada um acha que seu tempo vale mais do que o dos outros. A preferência é um detalhe insignificante, o respeito é coisa do passado. A buzina se torna um grito desesperado tentando impor ordem em meio à selvageria. Acidentes acontecem todos os dias, vidas são ceifadas porque alguém decidiu que chegar cinco minutos mais cedo era mais importante do que respeitar um sinal vermelho. Os animais, fiéis e inocentes, também sofrem. São abandonados, deixados para morrer na rua, são maltratados, espancados, envenenados por aqueles que se dizem humanos. E quando convém, são usados como ferramentas, amarrados a correntes, servindo de sentinelas sem receber nada além de migalhas e desprezo. São esquecidos no frio, ignorados no calor. Os mesmos que os tratam como objetos se orgulham de dizer que amam os animais. A hipocrisia se espalha para todos os lados. Policiais morrem todos os dias. Quando um bandido mata um policial, o luto dura pouco. Quando um policial mata um bandido, surgem protestos, indignação. A moralidade seletiva é um veneno que corrói a sociedade. O certo e o errado não importam mais, apenas a narrativa que cada um escolhe acreditar. E os relacionamentos? O amor virou motivo de piada. Ter um parceiro só é sinônimo de fraqueza. A traição se tornou banal, quase um requisito social. Quem ama demais é visto como tolo, quem se entrega por completo é visto como ingênuo. Bordéis oferecem descontos para casados, e ninguém se espanta. O compromisso se dissolve em meio às tentações, e as promessas são feitas apenas para serem quebradas. Os preços sobem, os salários não acompanham. Mas de quem é a culpa? Dos empresários que aumentam os valores ou do governo que cria impostos impossíveis de pagar? Quanto mais um empresário gasta para manter seu negócio de pé, mais ele precisa cobrar. No final, quem sofre é sempre o consumidor. O trabalhador que já mal consegue sobreviver. E a informação? Antes, confiávamos nos jornais, nas notícias. Agora, as fake news são um câncer. Não sabemos mais o que é verdade, o que é manipulação. Até os grandes veículos de comunicação mentem descaradamente. Qualquer um pode espalhar uma mentira e fazê-la parecer uma verdade absoluta. Não há mais quem mereça confiança. Vivemos em uma era de caos. O certo e o errado perderam suas definições. O justo e o injusto se confundem. E a pergunta que fica é: existe conserto? Existe esperança? Ou estamos fadados a assistir ao colapso da sociedade enquanto fingimos que tudo está bem? O mundo segue girando, indiferente aos nossos problemas, enquanto nos afundamos cada vez mais em nossa própria decadência.