
Autor Ismael Faria
January 31, 2025 at 12:08 AM
Depois de uma revelação emocionante, as irmãs Natasha e Natalia tinham apenas um plano em mente.
— Não podemos voltar atrás agora, Natasha! Já sabemos a verdade. – Afirmou Natalia, com um tom de voz carregado de certeza.
Os olhos de Natasha estavam cheios de incerteza. O segredo que descobriram mudaria suas vidas para sempre, e o peso dessa revelação fazia seu coração acelerar.
— E se estivermos erradas? — Natasha sussurrou.
— E se estivermos certas? — Natalia rebateu, sua voz carregada de determinação.
Elas se entreolharam por um longo momento antes de darem o primeiro passo em direção ao desconhecido.
Enquanto as irmãs faziam planos, me peguei pensando comigo mesmo: Agora que as irmãs se reencontraram, qual seria o meu papel na história, agora que o véu de mistérios se dissipou de vez? Seria eu um mero espectador de tudo? Meu trabalho de detetive havia acabado. O quer restaria para mim?
O silêncio pairava no ar enquanto Natasha e Natalia estavam ali, entre abraços e lágrimas, suas mentes fervilhando com as possibilidades que aquele segredo recém-descoberto trazia. Agora elas estavam sendo guiadas apenas por uma convicção silenciosa.
Eu as observei da minha mesa. Já não havia mais pistas a seguir, nem enigmas a decifrar. O caso que me levou até elas estava, de certa forma, encerrado. Mas algo dentro de mim resistia à ideia de simplesmente desaparecer de suas vidas.
— O que faremos agora? — perguntou Natasha, sua voz quase se perdendo no vento. — Vamos até o fim. Não podemos permitir que isso fique enterrado. — Natalia disse, firme.
Acompanhei a conversa com o olhar. Meu instinto de detetive ainda estava inquieto. Havia algo naquele mistério que me incomodava. Eu não acreditava em coincidências, muito menos em histórias que pareciam se encaixar perfeitamente. Alguma peça ainda estava fora do lugar, embora eu não pudesse ainda descobrir qual.
Respirei fundo e finalmente decidi: eu era apenas um espectador. A revelação delas também estava além de mim, de uma forma ou de outra. Meu trabalho estava terminado. E se havia algo mais escondido sob a superfície, não me cabia mais descobrir.
No fim, deixei as irmãs terem o momento delas e me despedi de Natasha, achando que aquele era nosso derradeiro encontro. Para mim, até aquele momento era. Natasha e Natalia deixaram o escritório e esperei por algum caso novo, haja vista que o mais recente havia chegado ao fim. A tarde se estendeu monótona. Minha mente ansiava por algum desafio novo e lutava contra a estagnação. O caso de Natasha havia chegado ao fim, pois agora ela estava ao lado de sua irmã. Assim foram os dias seguintes, com alguns casos pequenos e de fácil solução. Nada tão intrigante quanto aquele caso.
A manhã estava calma, mas o aroma suave que emanava do envelope vermelho logo que o abri não fazia jus à tranquilidade do dia. Moira, com um olhar tão enigmático quanto o próprio envelope, me entregou o pacote com uma leveza estranha, como se soubesse mais do que estava disposta a contar.
Dentro do envelope, havia uma carta manuscrita com uma caligrafia elegante, porém pressurosa, como se tivesse sido escrita com urgência. O perfume, que parecia ser uma mistura de rosas e algo amadeirado, me envolveu, fazendo com que a curiosidade tomasse conta de meus pensamentos. Eu já estava acostumado a lidar com mistérios, mas algo em sua apresentação me fazia sentir que este seria diferente.
O aroma doce do perfume se misturava à tensão crescente enquanto eu desdobrava a carta dentro do envelope vermelho. A caligrafia de Natasha, com seus traços elegantes, logo se fazia visível, mas o que mais me surpreendeu foi o convite formal, com detalhes sofisticados.
"Prezado Detetive Tommy,
É com grande prazer que o convido para um jantar de gala em minha homenagem, a ser realizado no Manhatan Grand Hotel, nesta sexta-feira, a partir das 20h. Sua presença será de suma importância para o desfecho de um capítulo que agora se fecha em minha vida. Há muito a ser revelado, e você, sem dúvida, desempenha um papel fundamental nesta história.
Aguardo ansiosamente a sua presença.
Com apreço, Natasha."
Era um convite inusitado, mas algo em suas palavras me dizia que não se tratava apenas de um evento social. Ela estava me chamando, mas para quê? O que ela queria revelar? A necessidade de respostas me impulsionava para uma decisão rápida.
Com o jantar marcado para a noite de sexta-feira, a dúvida pairava em minha mente. Deveria eu ir? E se, ao aceitar o convite, eu estivesse entrando em uma armadilha?
Conforme o convite, eu escolhi meu melhor smoking e me dirigi ao hotel. Ali, havia toda uma preparação para o jantar. Convidados distintos, boa bebida e comida. Um evento de gala. Tal como um certo detetive inglês, eu observei atentamente os passos dos convidados e o ambiente ao meu redor.
O Manhatan Grand Hotel, imponente e luxuoso, estava preparado para um evento de grande prestígio. A decoração, exuberante, refletia a importância da ocasião. O brilho dourado das luzes refletia-se nas taças de cristal, e o som suave de uma orquestra tocando em um canto do salão dava o tom sofisticado. O ambiente estava repleto de convidados distintos, bem vestidos, cada um mais elegante que o outro, mas algo me dizia que este não era um evento comum.
Eu estava ali, com meu melhor smoking, observando tudo com a discrição de um verdadeiro detetive. Cada gesto, cada palavra, cada movimento dos convidados me chamava a atenção. Como um certo detetive inglês que, em outros tempos, dissecava cada pista com precisão, eu seguia o ritmo do salão com a mesma calma estratégica.
O olhar atento buscava mais do que simples interações sociais. Eu procurava qualquer sinal, qualquer detalhe que pudesse indicar que algo estava fora do lugar. Natasha não era uma mulher comum, e o convite tinha mais camadas do que eu poderia imaginar. Talvez fosse mais uma peça de um grande jogo, e eu, como sempre, estaria no centro de tudo.
Entre os convidados, alguns pareciam mais nervosos do que outros, e as conversas nas mesas flutuavam entre risos e olhares furtivos. Havia algo de estranhamente calculado nos movimentos de certos indivíduos. E, como uma peça de teatro bem ensaiada, cada gesto parecia ter um propósito.
Quando avistei Natasha pela primeira vez, ela estava em pé perto da entrada, cumprimentando seus convidados com um sorriso elegante. Seus olhos, no entanto, revelavam uma complexidade que contrastava com a fachada de confiança que ela exibia. Não era difícil perceber que ela sabia que eu estava ali observando.
Ela me viu. A reação de seus olhos foi rápida, mas houve um momento de reconhecimento, como se ela já soubesse que eu entenderia a mensagem oculta naquele convite.
Enquanto o jantar seguia, uma pergunta se instalava em minha mente: Natasha estava realmente me convidando para um jantar ou, na verdade, havia algo mais profundo por trás daquele gesto? O que ela esperava de mim nesta noite?
Natasha caminhava em minha direção com a elegância de alguém que domina o ambiente, mas havia algo mais em sua postura. Seus passos eram lentos, calculados, como se cada movimento fosse ensaiado. O brilho dos lustres refletia-se em seu vestido longo de um vermelho profundo, fazendo-a parecer ainda mais imponente em meio à multidão de convidados distraídos pelo luxo do evento.
Ela não parecia se importar com os olhares que a seguiam ou com as conversas ao redor. Seu foco estava em mim. Eu permaneci imóvel, apenas observando, aguardando para entender o motivo daquele convite.
Quando finalmente parou à minha frente, Natasha sorriu de forma enigmática.
— Detetive Tommy… — Sua voz era suave, mas carregava um peso oculto. — Fico feliz que tenha vindo.
Ergui uma sobrancelha, cruzando os braços de leve.
— Você fez parecer que eu não tinha escolha. — Respondi, com um tom meio divertido, meio sério.
Ela soltou um riso curto e desviou o olhar por um instante, como se ponderasse algo. Então, voltou-se para mim com uma expressão mais séria.
— Precisamos conversar. Mas não aqui.
Meu instinto apitou. O tom de sua voz havia mudado. Isso não era apenas um jantar de gala. Algo estava por trás daquela noite, algo que ela queria me dizer longe dos ouvidos atentos dos convidados.
— Estou ouvindo. — Disse, mantendo minha postura descontraída, mas atento a qualquer movimento ao nosso redor.
Natasha se inclinou ligeiramente, aproximando-se o suficiente para que apenas eu pudesse ouvi-la.
— Há algo que você precisa saber. Algo que pode mudar tudo.
Seus olhos encontraram os meus por um segundo, e ali havia mais do que simples mistério. Havia urgência.
A noite, que antes parecia apenas um evento sofisticado, acabava de se tornar um novo jogo perigoso.
— Venha comigo. — Ela disse, antes de se virar e caminhar em direção à saída lateral do salão.
E, como um jogador que acaba de receber sua primeira pista, eu a segui. Quando entramos no elevador...
Assim que as portas do elevador se fecharam, um silêncio diferente preencheu o espaço. Longe dos olhares dos convidados, a energia entre Natasha e eu mudou. Ela se virou devagar, apoiando-se levemente na lateral espelhada, o olhar intenso pousando sobre mim.
— Finalmente sozinhos… — disse ela, a voz baixa, quase um sussurro.
A luz amarelada do elevador suavizava suas feições, mas seus olhos brilhavam com algo mais do que mistério. Havia uma provocação ali, um jogo que ela parecia determinada a jogar.
— Achei que queria conversar — respondi, mantendo o tom neutro, mas ciente da aproximação calculada dela.
— E quero… — Natasha sorriu de canto, dando um passo à frente. — Mas não apenas com palavras.
Sua mão deslizou lentamente pelo tecido do meu paletó, ajeitando um detalhe invisível na lapela, um toque leve, mas proposital. O perfume dela, uma mistura envolvente de jasmim e algo amadeirado, preencheu o espaço reduzido entre nós.
O elevador subia em um ritmo lento, como se conspirasse a favor dela.
— Você sempre tão atento, tão focado no mistério… — ela murmurou, inclinando-se ligeiramente para mais perto. — Mas e se, por uma noite, você simplesmente deixasse de lado as perguntas?
Seu olhar encontrou o meu, desafiador, esperando minha reação. Era um convite sem palavras, uma promessa velada.
Eu poderia recuar, manter o profissionalismo, fingir que não percebia a tensão elétrica no ar. Mas algo me dizia que, com Natasha, resistir era um jogo que eu já havia perdido antes mesmo de começar.
O elevador continuava sua lenta ascensão, como se o tempo se alongasse propositalmente entre nós. Natasha não se afastava, e seu olhar brincava com o meu, desafiador, carregado de intenções que dispensavam palavras.
Eu podia sentir a proximidade de seu corpo, a leve pressão de sua mão em meu peito, seus dedos deslizando sutilmente pelo tecido do meu smoking.
— Você não disse nada, detetive… — ela provocou, seu rosto a centímetros do meu.
— Ainda estou decidindo qual resposta você quer ouvir.
Ela sorriu de lado, satisfeita com o jogo. Mas antes que pudesse responder, o elevador parou, e as portas se abriram suavemente.
Natasha deslizou para fora, deixando um rastro de perfume e mistério no ar. Olhou por cima do ombro, esperando que eu a seguisse.
Eu segui.
O corredor era silencioso, iluminado por luzes baixas que criavam um ambiente intimista. Natasha caminhou à frente, sua silhueta destacando-se no vestido justo. Cada passo seu parecia ter sido ensaiado para prender minha atenção.
Ela parou diante da porta de um dos quartos e deslizou o cartão magnético. A luz verde piscou, e a porta se abriu.
Natasha virou-se para mim antes de entrar, sua expressão carregada de expectativa.
— Vai ficar parado aí, Tommy?
Eu não fiquei. Assim que entramos, a atmosfera mudou completamente.
Assim que a porta se fechou atrás de nós, Natasha não hesitou. Seu olhar ardente encontrou o meu por um breve segundo antes que seus lábios tomassem os meus, quentes, famintos, carregados de uma urgência contida por tempo demais.
Suas mãos deslizaram pelo meu peito, desabotoando meu smoking com uma lentidão provocante, como se saboreasse cada momento. Meus dedos encontraram sua cintura, puxando-a para mais perto, sentindo o calor de seu corpo contra o meu.
Entre beijos e carícias, fomos nos perdendo no desejo que crescia a cada toque. O perfume dela misturava-se ao cheiro suave do quarto, uma combinação intoxicante. Seu vestido deslizou suavemente por sua pele, revelando curvas que pareciam ter sido moldadas para a perdição.
As luzes baixas lançavam sombras suaves sobre nossos corpos enquanto caíamos sobre os lençóis macios, entregues ao prazer que agora nos dominava. Cada toque, cada suspiro, cada olhar trocado carregava uma intensidade que palavras jamais poderiam descrever.
Naquela noite, não havia mistérios a serem resolvidos, nem perguntas a serem feitas. Apenas o calor de dois corpos que, por algumas horas, esqueceram do mundo lá fora. Lá embaixo, o grande salão ainda pulsava com vida—convidados brindavam, risos ecoavam e o tilintar de taças se misturava à música suave da orquestra. Era um reino de luxo e poder, onde todos desempenhavam seus papéis com maestria.
Mas ali, naquele quarto, Natasha era a rainha.
A luz amena dourava sua pele enquanto ela me olhava de cima, os lábios entreabertos, os cabelos caindo em ondas desalinhadas sobre os ombros nus. Sua respiração era lenta, controlada, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre mim.
— Gostou do meu convite, detetive? — ela sussurrou, uma provocação disfarçada em doçura.
Eu não precisei responder. Meus dedos percorreram sua pele, mapeando-a como se cada curva fosse um mistério que só eu tivesse permissão para desvendar. Seus lábios voltaram a encontrar os meus, e a noite seguiu seu curso, marcada por suspiros, carícias e a entrega absoluta de dois corpos que já haviam jogado demais com o destino.
Ali, entre lençóis de cetim e sombras dançantes, Natasha reinavia. E eu, por aquela noite, fui seu súdito mais devoto.
Nosso encontro começou suavemente, com um beijo que parecia durar uma eternidade. Meus lábios exploraram os de Natasha, enquanto minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, sentindo cada curva e cada detalhe. Eu me ajoelhei diante dela, olhando para cima enquanto ela me olhava com desejo.
— Você tem ideia do que você está fazendo comigo, detetive? — ela perguntou, sua voz um sussurro que ressoou no quarto.
Eu não respondi com palavras. Em vez disso, meus dedos subiram pelas suas pernas, acariciando a pele suave até chegar às suas coxas. Ela soltou um leve gemido, seus olhos se fechando por um momento. Eu continuei, minhas mãos explorando cada centímetro dela, enquanto minha boca seguia o caminho deixado pelas minhas mãos.
Quando finalmente cheguei ao local mais íntimo, ela já estava respirando pesadamente. Eu usei a língua e os lábios para explorar, cada movimento delicado e calculado, trazendo-a a um ponto de quase loucura. Seus dedos se enroscaram nos meus cabelos, puxando-me para mais perto.
Depois de um tempo, ela me puxou para cima, seus olhos brilhando com desejo. — Meu turno — ela murmurou, empurrando-me para trás. Eu me deitei na cama, olhando para ela enquanto ela se movia com uma elegância que só pudesse ser dos anos 30. Ela se deslizou sobre mim, seus lábios encontrando os meus novamente, enquanto suas mãos deslizavam pela minha pele.
Ela se moveu lentamente, cada movimento dela uma dança sensual. Eu podia sentir cada parte dela, cada movimento dela trazendo-me a um estado de extrema excitação. Seus suspiros eram música, e seus movimentos eram uma coreografia perfeita.
Quando finalmente chegamos ao clímax, foi como se o mundo parasse. Tudo o que havia era ela e eu, perdidos em um momento de pura conexão e prazer.
— Você é incrível, Natasha — disse eu, meu coração ainda batendo acelerado.
— E você, detetive. Você é o rei deste reino — ela respondeu, um sorriso misterioso se formando em seus lábios.
E assim, a noite continuou, cheia de carícias, risos e um senso de intimidade que transcendia o tempo e o espaço.
Quando Natasha jogou seu corpo sobre o meu, a sensação foi elétrica. Ela me olhou diretamente nos olhos, seus cabelos caindo em ondas desalinhadas sobre os ombros nus. Seus lábios estavam entreabertos, e eu pude sentir o calor de sua respiração. Ela começou a se mover lentamente, cada movimento dela uma dança sensual.
— Detetive, você gosta disso? — perguntou suavemente, seus olhos brilhando com desejo.
Eu não consegui responder com palavras. Em vez disso, minhas mãos deslizaram pela sua pele, explorando cada curva e cada detalhe. Eu me ajoelhei diante dela, meus lábios encontrando os de Natasha novamente, enquanto suas mãos se enroscavam em meus cabelos.
Ela se inclinou para mim, seus lábios deslizando pelo meu pescoço, deixando um rastro de beijos quentes. Minhas mãos se apertaram em sua cintura, puxando-a mais perto. Ela começou a se mexer com mais intensidade, cada movimento dela trazendo-me a um estado de extrema excitação.
— Gostaria de mais? — ela sussurrou, seus lábios perto do meu ouvido.
Eu assenti, meus dedos se apertando em sua pele. Ela se levantou um pouco, seus olhos brilhando enquanto me olhava. Ela se moveu para cima e para baixo, cada movimento dela uma dança perfeita. Eu podia sentir cada parte dela, cada movimento dela trazendo-me a um ponto de quase loucura.
Depois de um tempo, ela se inclinou para beijar meus lábios novamente, um gesto doce e íntimo que completou a noite.
Nos recompusemos lentamente, como dois cúmplices que haviam compartilhado um segredo proibido. Natasha vestiu seu vestido com a mesma elegância calculada de antes, mas agora havia algo diferente nela—uma leveza no olhar, um brilho malicioso nos lábios.
Eu ajeitei meu smoking, respirando fundo antes de encarar meu reflexo no espelho. Não importava quantas vezes eu vestisse essa máscara de detetive frio e analítico, Natasha sempre encontrava uma forma de me desmontar, de me fazer esquecer, ainda que por alguns instantes, a natureza do jogo em que estávamos envolvidos.
Quando descemos pelo elevador, o mundo lá fora parecia ter seguido seu curso sem notar nossa ausência. O burburinho no saguão continuava intenso, os convidados ainda envoltos em suas conversas animadas e taças brilhantes de champanhe.
Natasha voltou a assumir seu papel de anfitriã, deslizando pelo salão com a mesma graça de antes. Mas agora, cada vez que nossos olhares se cruzavam, um segredo silencioso pairava entre nós.
Eu peguei um copo de uísque do balcão e me encostei discretamente em uma das colunas, observando o ambiente. Algo me dizia que aquela noite ainda não havia terminado.
E eu estava certo. No canto do salão, um homem de olhar atento me observava. Não disfarçava, não fingia. Ele queria que eu o notasse. O jogo ainda estava em andamento.
Autor Ismael Faria
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
LEI Nº 9.610 DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
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