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Postagem de contos sensuais voltados para o público feminino. Postagens todas as semanas.

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Autor Ismael Faria
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6/17/2025, 1:10:17 AM

A porta se fechou atrás de mim com um estalo seco. Estávamos no apartamento da Vivian, e pela primeira vez naquela noite, o silêncio me pareceu mais alto que qualquer batida de música. Ela deixou as chaves na mesinha da entrada, me olhou por cima do ombro e disse, com a voz mais baixa e perigosa do que nunca: — Vem. Segui seus passos pela penumbra do apartamento, iluminado apenas pelas luzes da cidade que entravam pelas janelas. Tirava os sapatos pelo caminho, como quem se despia de qualquer resistência. Vivian parou na frente do quarto, encostada no batente da porta, me observando com olhos que incendiavam a pele. — Tá com medo? — perguntou, quase num sussurro. — De você? — dei um passo à frente. — Tô com medo de não querer outra coisa depois disso. Ela sorriu. Um sorriso lento, de quem sabe exatamente o que está prestes a fazer. Entramos no quarto. A porta se fechou. E tudo o que ficou entre nós foi a tensão prestes a explodir. Vivian se aproximou devagar, puxando o zíper do meu vestido, deixando que ele deslizasse pelos meus ombros até cair aos meus pés. Seus dedos tocaram minha pele com reverência e vontade. Olhou meu corpo como quem observa uma obra de arte que desejava há muito tempo. — Tão linda... — murmurou, antes de colar os lábios nos meus. O beijo foi lento, profundo, cheio de promessas sujas. Meus dedos se enroscaram nos cabelos dela. As roupas foram saindo peça por peça, entre beijos, risos abafados e gemidos que escapavam antes mesmo de qualquer toque mais íntimo. Caímos na cama, entrelaçadas, bocas buscando, mãos explorando. Vivian me virou de lado, colando seu corpo ao meu, a mão deslizando por entre minhas coxas como se já soubesse exatamente onde e como me tocar. Seus dedos encontraram meu centro molhado e começaram a brincar com uma precisão assustadora. — Gosta assim? — perguntou, mordendo meu ombro. — Não para... — foi tudo o que consegui dizer, quase arfando. Ela não parou. E nem diminuiu o ritmo. Me fez ter ápice de novo, com a cabeça jogada no travesseiro e os olhos fechados, sentindo o corpo dela colado ao meu enquanto eu me desmanchava nos seus braços. Mas ela ainda tinha mais. Muito mais. Quando voltei a respirar com clareza, ela me olhou, com um brilho perigoso nos olhos. — Agora... é minha vez. Ela me deitou de costas, os cabelos caindo sobre o rosto, os olhos fixos nos meus. — Agora é minha vez — repetiu, com uma voz que parecia sair de dentro do meu próprio peito. Vivian se ajoelhou entre minhas pernas e me abriu com as mãos como se abrisse um segredo que sempre quis desvendar. Seus olhos percorriam cada detalhe meu, cada curva, cada suspiro. E então ela desceu — sem pressa, sem presságio, apenas fome. Sua boca encontrou minha intimidade com um beijo demorado, molhado e quente. Um arrepio atravessou minha espinha como um choque. Minhas mãos agarraram os lençóis, mas o que eu queria mesmo era agarrar ela — impedir que parasse, ainda que por um segundo. Vivian me provava com a língua como quem experimenta algo precioso. Ela desenhava círculos lentos, depois mergulhava, sugava, me puxava cada vez mais fundo numa espiral de prazer que me deixava sem chão, sem voz, sem lógica. — V... Vivian... — minha voz era só um gemido rouco, um pedido desgovernado. Ela subia e descia o ritmo como se conhecesse a música do meu corpo. Me invadia com os dedos, dois, depois três, me preenchendo enquanto sua língua me consumia em ondas que eu já não sabia mais como conter. — Derrama pra mim de novo, Laurinha... — ela disse com a boca ainda em mim, a vibração da frase fazendo meu corpo inteiro estremecer. Meu ápice outra vez. Forte. Gritei seu nome como se fosse a única palavra que existia no mundo. Meu corpo arqueou, se entregou, se abriu inteiro pra ela. Me desmanchei sob seus toques e beijos, e mesmo assim, ela não parou. Me levou além. Muito além. Quando finalmente Vivian subiu e deitou ao meu lado, nossos corpos estavam suados, quentes, nossos corações disparados. Ela me puxou para perto, nossas pernas entrelaçadas, nossos rostos a centímetros. — Agora você sabe — disse, sussurrando. — Nunca mais vai me olhar do mesmo jeito. Toquei seu rosto, ainda sem ar. Beijei sua boca com calma, com carinho, com entrega. — Eu nunca mais vou querer outra boca além da sua. O silêncio entre nós era um respiro depois da tempestade. Mas não um silêncio vazio — um silêncio carregado, cheio de descobertas. Vivian me abraçou forte, e pela primeira vez naquela noite, senti que não era só desejo — era algo maior, mais verdadeiro. — Você me mudou — ela sussurrou. — E você me encontrou — respondi, com o coração ainda acelerado. Nossos corpos se entrelaçaram numa dança que não precisava de música, nem de palavras. Só de toque, calor e a certeza de que aquela noite, aquela entrega, era só o começo. E enquanto a madrugada corria lá fora, nós duas descobríamos que algumas baladas não terminam quando a música para. Elas só estão começando. A luz fraca do amanhecer invadia o quarto, pintando nossas peles com tons dourados. Ainda entrelaçadas, sentia o calor do corpo dela como um abrigo contra o mundo que insistia em acordar lá fora. Vivian despertou primeiro, seus olhos encontrando os meus com um sorriso travesso. — A gente devia ter começado assim faz tempo — murmurou, puxando-me para um beijo lento, quase um pedido de desculpas pelo tempo perdido. Eu sorri, sentindo o peito apertar. — Melhor tarde do que nunca. Nossos corpos se ajustaram como se aquela entrega tivesse quebrado todas as barreiras que construímos. Ela passou os dedos pelo meu cabelo e, com uma voz ainda rouca, confessou: — Eu não quero mais esconder o que sinto... nem de mim, nem de você. E naquele momento, a promessa da balada se tornou uma realidade. Não mais amigas, não só amantes. Era cedo, mas nossos corpos já pediam mais. Sem hesitar, Vivian me puxou para perto de novo, os lábios se encontrando num beijo urgente, cheio de pressa e desejo. Suas mãos exploravam meu corpo com pressa, e eu respondia na mesma medida, arrepiada pelo toque dela. Caímos na cama em um movimento só, como se não houvesse tempo a perder. Seus beijos desceram pelo meu pescoço, pelo colo, enquanto minhas mãos se enroscavam em seus cabelos, puxando-a ainda mais para mim. Vivian deslizou as mãos pelas minhas costas, puxando o vestido até minha cintura e então com um gesto rápido, já estávamos nuas, os corpos colados, sentindo cada centímetro da pele uma da outra. Ela me segurou pelos quadris e me guiou num ritmo frenético, as respirações se misturando, os gemidos escapando soltos, quebrando o silêncio da manhã. — Não para... — eu sussurrei, perdida na sensação quente que só ela sabia me dar. Ela sorriu contra meu pescoço e respondeu com um gemido rouco. Em poucos minutos, explodimos juntas, um êxtase rápido e ardente, como fogo que queima sem pedir licença. Quando a onda passou, ficamos ali, respirando juntas, as mãos ainda se procurando, a pele ainda grudada, sabendo que aquela conexão não se apagaria tão cedo. Estava tudo uma delícia entre nós duas. Ficamos ali, entrelaçadas, o calor dos nossos corpos se misturando enquanto o sol tímido começava a invadir o quarto. Minhas mãos passeavam lentamente pela pele dela, ainda sensível, explorando cada curva, cada pequena marca que tínhamos deixado uma na outra. Vivian me olhou nos olhos, um brilho doce e intenso, como se quisesse falar tudo sem dizer uma palavra. — Você mudou tudo pra mim — ela disse, a voz baixa e sincera. Eu sorri, sentindo uma mistura de orgulho e desejo crescer no peito. — E você me ensinou a não ter medo de sentir. Nosso beijo foi mais calmo, mais longo, como se o tempo tivesse parado só para nós duas. Aquele momento era mais do que sexo ou paixão — era entrega, era começo, era a promessa de que, dali pra frente, nada seria igual. E enquanto a cidade lá fora acordava, nós duas já sabíamos que tínhamos criado um novo mundo — só nosso. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
6/15/2025, 11:19:25 PM

Durante o dia todo, o escritório de contabilidade em que eu trabalho estava uma loucura. Pessoas indo e vindo pelos corredores, reuniões quase intermináveis, papelada e burocracia para onde quer que se olhasse. Mas, naquele mar de pessoas apressadas e estressadas, havia uma troca de olhares entre Luma e eu, Colegas de trabalho que vivem uma tórrida história nos bastidores. Mesmo entre pilhas de documentos e a tensão constante dos prazos, era impossível ignorar a presença dela. Luma não precisava de muito para dominar o ambiente. Bastava aquele caminhar seguro entre as mesas, a forma como prendia o cabelo ao subir as mangas da camisa ou os olhares certeiros que me lançava por cima dos óculos. Era tudo milimetricamente sutil — e ao mesmo tempo, devastador. A cada olhar, sentia como se ela me puxasse para fora daquela rotina sufocante. Como se dissesse, sem palavras, que o expediente podia ser um inferno... mas que, depois dele, o céu tinha um nome. E morava no sétimo andar, no mesmo prédio, dois apartamentos acima do meu. — “Luz baixa. Porta entreaberta. Traga só o que sente”. Naquele instante, o resto da papelada se tornou invisível. A noite caiu, e o escritório, que antes fervilhava de gente, agora era só silêncio e eco. Alguns andares ainda tinham luzes acesas, mas ali no nosso setor, restavam apenas dois nomes no registro de saída: o dela e o meu. Me levantei da minha mesa sem pressa, como quem apenas vai levar um relatório. No fundo, o peito acelerava como se eu estivesse prestes a cruzar uma linha que já conhecia bem... mas que ainda me tirava o fôlego. A porta da sala de Luma estava exatamente como descrita: entreaberta, deixando escapar um feixe suave de luz amarelada. Toquei levemente antes de empurrá-la com a ponta dos dedos. Ela estava de costas para mim, diante da estante, organizando algumas pastas. O blazer repousava sobre a cadeira, e a blusa branca de botões se moldava ao corpo dela com uma perfeição quase indecente sob a meia-luz do abajur. — Achei que você fosse fugir da última reunião — disse ela, sem se virar, com aquela voz que parecia sempre saber o que fazia comigo. — E perder a melhor parte do expediente? — retruquei, trancando a porta com um clique discreto. Ela virou o rosto de leve, só o suficiente para que seus olhos encontrassem os meus por sobre o ombro. O brilho ali não era de cansaço. Era de algo que vínhamos alimentando há meses — e que agora, finalmente, teria espaço para crescer. — Então fecha as pastas — ela sussurrou — e vem descobrir o que mais a gente pode arquivar... sob sigilo absoluto. As palavras dela mal haviam se dissolvido no ar quando fechei a porta por completo, isolando aquele espaço do resto do mundo. O silêncio agora era cúmplice. E a meia-luz — uma testemunha íntima do que viria a seguir. Me aproximei devagar, mas decidido. Luma deixou a pasta que segurava escorregar da mão e cair sobre a mesa, os olhos ainda fixos em mim. Quando nossas respirações se tocaram, os corpos logo fizeram o mesmo. Minha mão deslizou por sua cintura, puxando-a com firmeza até o encontro dos nossos quadris. Ela se virou por completo e, sem uma única palavra, colou os lábios nos meus. Um beijo cheio de urgência, de promessas acumuladas entre planilhas e cafés. Minhas mãos percorriam suas costas como se já soubessem o caminho. E talvez soubessem mesmo. A blusa dela cedeu sob meus dedos, botão por botão, até que se abrisse como um segredo revelado. Luma tirou os óculos com calma, deixando-os sobre a mesa antes de entrelaçar os braços no meu pescoço. Em poucos movimentos, estávamos despindo as barreiras, as roupas, a razão. O sutiã caiu por entre os arquivos. Minha camisa foi jogada sobre uma cadeira. A saia dela se amontoou no tapete da sala, junto do resto da nossa lucidez. Ela me empurrou contra a mesa com um olhar que dizia mais do que qualquer discurso de RH. Sentou-se sobre o tampo, puxando-me entre suas coxas com a sede de quem esperou demais. Nossos corpos se encaixaram sem hesitar. Meus beijos desciam pelo seu pescoço, desbravando o colo, os seios, as curvas que eu já conhecia com os olhos e agora decorava com a boca. Cada suspiro dela era um estímulo, um convite, uma nova linha de um relatório que não precisava ser escrito. As mãos dela exploravam minhas costas, unhas arranhando de leve, marcando território. Eu a segurava com firmeza pela cintura, como quem segura o mundo. E naquele instante, o mundo era só ela. Luma. Ofegante. Entregue. Minha. Ela se inclinou sobre mim, mordendo o lóbulo da minha orelha antes de sussurrar: — Faz valer cada hora extra... E eu fiz. Com beijos entre as coxas, com movimentos ritmados, com a boca e as mãos em perfeita sintonia. A mesa estalava de leve sob nossos corpos, cúmplice silenciosa de cada impulso, cada gemido abafado. Ali, entre pilhas de papéis e respirações entrecortadas, descobrimos que o expediente mais intenso não era o do dia... mas o que a noite nos permitia viver — com os corpos, as vontades e a meia-luz como únicos guias. Ajoelhar-me diante dela foi como descer ao santuário onde todos os desejos acumulados ganhavam vida. O ar carregava a promessa do que viria, e eu sentia cada batida do meu coração acelerado, como um tambor chamando para a dança mais antiga e sagrada. Luma estava ali, tão perto, com as pernas abertas como uma oferta silenciosa — um convite impossível de recusar. A meia-luz desenhava as curvas de seu corpo, destacando a suavidade da pele, o calor que emanava dela como fogo contido. Minhas mãos deslizaram pelas coxas dela, sentindo a tensão que percorria seus músculos enquanto meus lábios se aproximavam da sua intimidade. O primeiro toque foi leve, um sussurro de língua que explorava com delicadeza, despertando ondas de prazer que logo cresceriam em intensidade. Os gemidos dela começaram a escapar, baixos e urgentes, preenchendo aquele espaço pequeno com música e desejo. Eu me perdia em cada suspiro, cada movimento, respondendo ao chamado que só ela sabia fazer tão bem. Minha boca subia, traçando um caminho de beijos molhados até seus joelhos, depois suas coxas, sempre retornando para aquele centro onde eu era recebido com fogo e doçura. Os dedos de Luma se enterravam nos meus cabelos, puxando-me mais para perto, para dentro daquele instante onde só existíamos nós dois. A respiração dela se tornava mais rápida, os dedos mais ansiosos, e eu sabia que estava prestes a entregá-la ao ápice daquele momento — uma entrega que eu desejava tanto quanto ela. O calor da pele dela contra a minha subia como uma chama viva, enquanto eu me entregava ao sabor e à textura daquele néctar frondoso que só Luma sabia oferecer com tanta precisão e desejo. Cada suspiro que ela soltava era como um convite silencioso para que eu subisse, para que nosso encontro se tornasse ainda mais intenso. Quando finalmente me levantei, senti suas pernas envolverem minha cintura com firmeza quase possessiva, como se ela quisesse me fundir a si, eliminar qualquer distância que ainda existisse entre nós. O encaixe era perfeito — corpos alinhados, pulsando em sincronia, num ritmo que nem precisávamos combinar. Suas mãos seguravam meu rosto, guiando meus lábios aos dela num beijo quente e profundo, onde todas as palavras eram substituídas por gemidos e carícias. O mundo lá fora desapareceu, restando apenas o calor do nosso encontro, a suavidade da pele, o sabor de desejo e entrega. Cada movimento, cada toque, era uma promessa que cumpríamos sem pressa, com a intensidade de quem sabe que o tempo é só nosso — e que essa meia-luz guardaria para sempre o segredo do que vivemos naquela noite. Não me contive. A virei de costas, ela com as mãos sobre a mesa, e segurei sua cintura firmemente. Os sons dos gemidos dela me impulsionavam. Os gemidos de Luma ecoavam pela sala vazia, reverberando na penumbra que nos envolvia como um manto íntimo. Seu corpo curvado sobre a mesa, as mãos firmes buscando apoio, mostrava uma vulnerabilidade que só aumentava a chama entre nós. Segurei sua cintura com força, sentindo cada contração, cada tremor que escapava dela como resposta ao meu toque. A pele quente sob meus dedos incendiava meus sentidos, tornando impossível qualquer hesitação. A respiração dela acelerava, entrecortada, enquanto eu guiava nossos corpos com a intensidade e a precisão de quem conhece cada segredo do prazer compartilhado. A luz tênue acariciava suas curvas, enquanto nossas peles se encontravam num ritmo ardente, quase sagrado. Cada gemido, cada suspiro, era um chamado que eu atendia sem pensar, entregando-me completamente àquele momento onde éramos só nós — sem regras, sem horários, apenas desejo e entrega pura. Luma simplesmente jogou todos aqueles papéis e pastas ao chão, deitando-se sobre a mesa com a graça de quem sabe exatamente o que quer. Seus olhos brilhavam sob a meia-luz, o sorriso provocante brincando nos lábios enquanto ela me chamava, estendendo a mão. — Vem — sussurrou, a voz carregada de desejo. Não hesitei. O calor do corpo dela contra a superfície fria da mesa misturava-se à urgência que crescia dentro de mim. Cada toque, cada beijo, cada suspiro, transformava aquele espaço de trabalho em um santuário do prazer, onde só existíamos nós dois. Minha mão deslizou pela curva da cintura dela, sentindo o calor que irradiava sob a pele, enquanto me aproximava devagar, saboreando cada segundo antes do encontro. Luma arqueou o corpo, entregando-se ao toque com uma mistura de desejo e confiança que me deixou sem fôlego. Os beijos começaram suaves, explorando o pescoço e os ombros expostos, antes de descerem lentamente, como se tivessem todo o tempo do mundo para descobrir cada centímetro daquela pele macia e sedutora. Com as mãos firmes, segurei as pernas dela, sentindo a força com que me abraçava, enquanto nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Os suspiros se transformaram em gemidos baixos, preenchendo a sala e criando uma melodia que só nós dois conhecíamos. A mesa rangia sob o peso e o movimento, testemunha silenciosa da entrega que só acontecia entre nós, naquele instante roubado do tempo e da rotina. Luma me puxava com urgência, e eu retribuía com paixão, sentindo cada contração, cada resposta do seu corpo que me fazia perder o controle aos poucos. — Não me deixe esperar mais — ela sussurrou, a voz embargada pelo prazer. E eu não deixei. Luma segurava firmemente as bordas da mesa, os dedos enterrados na madeira enquanto meu ritmo se acelerava. Cada movimento meu fazia seu corpo estremecer sob a meia-luz, seus gemidos preenchendo a sala vazia com uma urgência cheia de alarmes. O calor entre nós era sufocante, uma mistura de desejo e entrega que queimava mais forte a cada instante. Ela arqueava as costas, buscando mais, pedindo sem precisar dizer, enquanto minhas mãos firmes seguravam sua cintura, guiando nosso ritmo com precisão. Os cabelos dela caíam soltos, emoldurando o rosto marcado por uma expressão intensa, onde dor e prazer se misturavam em uma dança perfeita. O tempo parecia desacelerar, cada segundo estendendo-se até o limite, até que, enfim, nossas respirações se entrelaçaram, anunciando que o ápice estava próximo. Ela se levantou num impulso inesperado, os olhos acesos como brasas vivas. Antes que eu pudesse reagir, Luma me empurrou com força controlada, me jogando sobre o carpete macio da sala dela, como se dissesse que agora era ela quem conduzia — e eu, seu deleite. Montou sobre mim com um movimento felino, os joelhos firmes ao meu lado, o corpo arqueado num espetáculo de pura luxúria. Os cabelos caíam como cortinas escuras ao redor do rosto, e o olhar, fixo no meu, me atravessava com fome. Sem hesitar, ela se encaixou sobre mim, devagar, como quem se saboreia. Soltou um gemido profundo, arrastado, enquanto descia por completo, tomando tudo de mim. Meu corpo reagiu como se ela fosse o centro do universo — e naquele instante, ela era. Luma começou a se mover com uma cadência deliciosa, ritmada, provocante. Suas mãos se apoiavam no meu peito, os quadris giravam com maestria, e os olhos mantinham contato firme com os meus, como se quisesse me ver desmoronar sob ela. Cada movimento arrancava de mim um gemido rouco, cada rebolar era uma provocação que me deixava à beira da rendição. Ela me cavalgava com o domínio de quem sabe exatamente o poder que tem — e o usava com crueldade doce. O clímax se aproximava, crescente, inevitável. Luma se movia sobre mim como se estivesse em transe — ou como se me colocasse nele. Os quadris ora desciam com força, ora giravam com lentidão exasperante, como se cada milímetro fosse parte de um jogo meticuloso entre tortura e êxtase. Meus dedos cravaram-se nas coxas dela, sentindo o calor úmido que nos unia, a carne que se moldava à minha, apertada, viva, latejante. Seu corpo era um templo e uma prisão. Uma oferenda e uma sentença. Ela se debruçou sobre mim, os seios roçando meu peito, os lábios tocando meu ouvido com voz embriagada de luxúria: — Derrama pra mim… dentro… eu quero tudo. Foi como romper um selo. Eu a agarrei pela cintura com uma força selvagem, impulsionando meu corpo contra o dela em estocadas intensas, sem freio, sem pudor. Ela jogou a cabeça para trás, os cabelos se espalhando em ondas, o corpo inteiro tremendo sobre o meu. — Assim… assim... não para — ela implorava, cada palavra mais rouca que a anterior, enquanto me cavalgava com fome e fogo. E então veio. Primeiro, o corpo dela se enrijeceu, os olhos fechados, as unhas arranhando meu peito com força deliciosa. Um grito abafado rompeu-lhe os lábios — um gozo que tomou conta de Luma por inteiro, como uma onda de calor que percorreu sua espinha até explodir num tremor irreprimível. Eu a segui no instante seguinte. O prazer cresceu com brutalidade, vindo das entranhas, do fundo, do desejo há muito represado. Derramei dentro dela com um gemido rouco, sufocado entre seus seios e os braços que agora me envolviam com carinho violento. Por alguns segundos, não houve nada. Nenhuma voz. Nenhum pensamento. Apenas nossas peles grudadas, corações em disparada e o gosto adocicado do pecado cometido sobre o carpete de uma sala que, até então, só conhecia o som das teclas e do ar-condicionado. Ela sorriu. Beijou meu queixo com delicadeza e sussurrou: — Esquece os prazos. A única urgência que importa… é a nossa. E ali, envolto no perfume do prazer e da pele suada de Luma, percebi: algumas reuniões deveriam ser eternamente confidenciais. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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6/17/2025, 12:44:21 AM

A música pulsava nas paredes do lugar como se cada batida do som também fosse um eco do meu coração. Vivian dançava à minha frente, sorrindo daquele jeito que sempre teve — um sorriso que me fazia esquecer que o mundo existia fora dali. A pista estava cheia, os corpos se encostando sem cerimônia, e o calor subia como vapor de uma febre silenciosa. Mas eu só via ela. Vivian era linda demais para ser real. Os cabelos castanhos soltos, o vestido preto que moldava suas curvas com perfeição e o jeito como jogava o quadril no ritmo da música — tudo nela gritava liberdade. Desejo. Atrevimento. — Laura! — gritou no meu ouvido, por cima do som — Você vai só me olhar ou vai dançar comigo? Sorri. Peguei sua mão e deixei que ela me puxasse mais para o centro da pista. Estávamos perto demais. Eu sentia seu perfume doce com um toque de álcool e suor, tão dela. Vivian dançava colada em mim, seus olhos me desafiando, seus quadris encontrando os meus como se aquilo fosse parte de uma coreografia íntima que só nós conhecíamos. Não era a primeira vez que dançávamos juntas. Mas era a primeira vez que eu sentia... aquilo. Um calor diferente. Uma vontade que não dava mais para negar. Ela se aproximou ainda mais, os lábios perigosamente perto da minha orelha. — Você tá linda hoje, Laurinha... — sussurrou. — Eu devia te roubar pra mim. Engoli seco. Meus olhos encontraram os dela, e havia um brilho ali que eu nunca tinha visto antes. Ou talvez só não quisesse enxergar. — Para de brincar — falei, tentando rir. — Eu não estou brincando. O mundo ao redor parecia ter desaparecido. Só havia ela, e aquele sorriso malicioso nos lábios. Suas mãos tocaram minha cintura com mais firmeza, e a forma como me puxou me fez perder o equilíbrio. Ou talvez eu só quisesse cair nos braços dela. Vivian encostou sua testa na minha, os olhos fechados, sentindo o ritmo, sentindo a gente. — Vem comigo — disse, como se fosse uma ordem sussurrada. Me deixei levar. Saímos da pista, atravessando o salão cheio de luzes coloridas e gente se beijando em cada canto. Entramos no banheiro feminino, onde outras garotas retocavam a maquiagem ou riam alto demais para notar nossa presença. Vivian me puxou para um dos cantos, perto do espelho, e me encarou. — Posso? — perguntou. Não respondi com palavras. Apenas fechei os olhos e deixei que sua boca encontrasse a minha. Foi suave no começo. Depois, urgente. E quando nossos lábios se separaram por um segundo, ela mordeu de leve meu queixo, sorrindo. — Eu sempre soube que você queria isso. Eu também soube. Naquela noite, Vivian não era apenas minha amiga. Era a mulher que, sem esforço, me seduzia como se cada passo já tivesse sido planejado por ela. E quando nossas bocas se separaram outra vez, percebi que não havia mais volta. Naquela noite, eu deixaria Vivian me mostrar tudo o que sempre esteve ali — escondido entre olhares e silêncios. Vivian me encostou na parede fria com a mesma naturalidade de quem sempre soube o que fazer comigo. Seu corpo colado ao meu, a respiração ofegante entre beijos que já não pediam mais permissão — exigiam. — Eu esperei por isso mais do que devia — murmurou contra minha boca, descendo os beijos pelo meu pescoço. — E você sabe disso, Laurinha... Minhas mãos agarravam seus quadris como se meu corpo estivesse tomado por um impulso próprio. Cada toque dela me queimava sob a roupa, me deixava sem forças pra recuar. E eu nem queria recuar. Vivian ergueu minha perna, encaixando-a entre as suas, e começou a se mover ali mesmo, no ritmo da nossa fome, como se o mundo lá fora tivesse desaparecido. Suas mãos firmes desceram pelas minhas coxas, puxando meu vestido com urgência. — Aqui mesmo... — ela sussurrou, encarando-me com os olhos mais famintos que eu já tinha visto. — Deixa eu te sentir. Minhas costas coladas na parede, minha pele arrepiada, minha cabeça leve... eu me entreguei. Seu toque por dentro da minha calcinha foi como eletricidade. Um gemido escapou da minha garganta, abafado por seus lábios que voltaram famintos aos meus. — Você é tão minha... — ela rosnou, os dedos deslizando entre minhas pernas com uma intimidade que me desmontava. Cada movimento, cada carícia crua e molhada, me fazia tremer. Vivian me tomava com intensidade, com fome, como se cada segundo ali dentro fosse um risco que ela queria correr — e me levar junto. Minutos se estendiam como se o tempo tivesse sido arrancado de nós. Eu já não sabia mais onde terminava meu corpo e começava o dela. Ela gemeu baixinho ao meu ouvido, provocante, me deixando no limite: — Derrama pra mim, Laura... E meu ápice veio. Despedaçada em silêncio, mordendo os lábios para não gritar, explodindo sob seus dedos que me invadiam como se fossem feitos pra mim. Ofegante, encostei minha testa na dela. Sorrimos. — Essa balada vai marcar a minha vida... — eu disse, quase rindo, ainda sem ar. Vivian apenas piscou, atrevida. — E a gente ainda nem saiu daqui. Vivian ainda me tocava com a ponta dos dedos, mesmo depois do clímax, como se quisesse prolongar minha entrega só mais um pouco. Seu olhar estava fixo no meu, quente, selvagem e cúmplice. Ela mordeu o lábio inferior, deslizando a mão até meu pescoço, me puxando de volta para um beijo mais calmo, mas não menos intenso. Havia algo ali — uma ternura disfarçada de luxúria — que me desmontava mais que qualquer toque. — Você é linda quando se rende assim — sussurrou, com um sorriso malicioso. — E você é perigosa — respondi, entre um beijo e outro. — Mas agora é tarde, né? Ela riu, uma risada abafada, rouca. — Tarde demais, Laurinha... você é minha agora. Nos ajeitamos rapidamente, os corpos ainda trêmulos, as pernas um pouco bambas. As outras garotas no banheiro já tinham saído, e por um instante, parecia que o universo tinha fechado a porta para o mundo, só pra que nós duas existíssemos ali. Vivian encostou na pia, ajeitando o vestido e os cabelos como quem volta ao jogo depois de vencer uma batalha íntima. — Quer sair daqui? — ela perguntou, me olhando de lado, com aquele olhar que dizia tudo e mais um pouco. — Pra onde? — Pra onde eu puder te tocar de novo... com calma. E com tudo o que eu tô guardando há anos. Engoli em seco. Meu corpo ainda vibrava dela. Pegamos nossas bolsas. Os olhos dela diziam que aquela noite não ia acabar ali. Saímos do banheiro com sorrisos de quem tinha acabado de cometer um pecado — e não se arrependia de nada. Na saída da balada, a noite estava quente, abafada, cheia de promessas. Vivian abriu a porta do carro e esperou eu entrar, mas antes que eu me sentasse, ela me puxou pela cintura, colando nossas bocas mais uma vez. — Hoje você dorme comigo. Ou melhor... hoje você não vai dormir. Entramos no carro como duas cúmplices em silêncio. Mas era um silêncio pulsante, feito de olhares e memórias frescas do que acabara de acontecer. Vivian dirigia com uma mão no volante e a outra sobre minha coxa, os dedos traçando círculos lentos, como se quisesse reacender o que nem sequer esfriou. — Ainda tá tremendo... — ela disse, sem tirar os olhos da rua. — Culpa sua. E minha voz saiu mais rouca do que eu esperava. Vivian sorriu, apertando de leve minha coxa, me arrepiando de novo. — Isso é só o começo, Laurinha. A cidade passava por nós em borrões de luz e sombra, mas meu foco estava nela. Na forma como seu maxilar contraía quando mordia o lábio, no modo como ela trocava as marchas com firmeza, sem perder o controle — nem do carro, nem de mim. Ela virou para mim em um semáforo, o rosto banhado pela luz vermelha do farol. — Se a gente cruzou essa linha... não tem mais volta. — Eu não quero voltar — respondi. Ela assentiu devagar. O semáforo ficou verde. E nós seguimos em frente, rumo a uma madrugada onde os limites entre amizade e desejo já tinham sido deixados para trás. Vivian aumentou o som do carro. Uma batida grave preenchia o espaço entre nós, mas os olhares... esses diziam tudo. A cada semáforo, ela roubava um toque, um beijo no canto da boca, uma mordida leve no ombro exposto do meu vestido. — Quando eu fechar a porta do meu quarto... — disse, sem sorrir — ...não vai mais ter amiga. Nem freio. Nem dúvida. Meu peito se apertou e meu corpo vibrou só de ouvir. Eu sabia. Naquela madrugada, não seríamos mais duas garotas se divertindo numa balada. Seríamos duas mulheres se consumindo sem medo, sem desculpa. Seríamos desejo em carne viva. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
5/29/2025, 8:52:21 PM

Meu nome é Yuna e vou compartilhar fortes emoções em meu relato. Trata-se de uma aula de arte erótica, íntima e tão prazerosa quanto se imagina. Posei ao lado de Iara, uma bela ruiva plus size, de cabelos ondulados, de pele branca e suava. Eu sou uma morena de caracóis negros, de curvas e pele morena. Juntas, fomos a mistura perfeita para as alunas que ali estavam, divididas entre nos admirar e nos desenhar. Iara virou-se levemente para mim. Seu olhar encontrou o meu, e por alguns segundos esquecemos completamente o propósito da aula. Não era mais sobre serem musas. Era sobre sermos mulheres em estado puro — selvagens, belas, tocantes. E sabíamos o efeito que estávamos causando. E por dentro, algo em mim ardia. Lentamente. Uma das alunas, sentada mais próxima, inclinou o corpo para frente. Seus olhos passeavam entre nossos contornos com uma ousadia quase inocente. Ela segurava o lápis como quem segura um segredo prestes a escapar. Os cabelos escuros presos num coque frouxo denunciavam certa ansiedade. Seus lábios entreabertos revelavam que estava imersa — talvez em nós mais do que no próprio desenho. Naquela sala, não éramos apenas modelos. Éramos catalisadoras de desejos — despertando vontades em traços, formas e silêncios. E a aula… estava só começando. O toque de Iara ainda repousava sobre minha coxa, mas agora, seus dedos deslizavam de leve, como se desenhassem uma trilha de fogo em minha pele. Eu respirei fundo, tentando manter a postura, mas o calor entre nós já era indomável. Ela me olhou de novo. E naquele olhar havia uma pergunta. Um convite. Um desafio. Não hesitei. Num impulso irresistível, me virei para ela. Nossos rostos estavam próximos demais para fingimentos. O cheiro da sua pele, o som da sua respiração, o desejo estampado no seu olhar. Me inclinei, e nossos lábios se tocaram. Lentamente, primeiro como quem descobre o sabor do proibido. Depois, com mais firmeza — como quem já não suporta mais esperar. O beijo foi silencioso, mas profundo. Nossas bocas se encaixaram com uma urgência serena. Por um instante, o tempo parou. As alunas deixaram de existir. Os traços cessaram. A sala mergulhou num silêncio mais denso, mais atento, mais vivo. Quando nos separamos, ofegantes, o mundo voltou. Mas não como antes. Havia suspiros contidos. Olhares fixos. Uma aluna deixou o lápis cair, e não se moveu para pegá-lo. Outra levou a ponta dos dedos aos lábios, inconscientemente, como se sentisse o gosto do que acabara de presenciar. Iara sorriu. Um sorriso cheio de malícia e ternura. — Agora sim… elas vão nos desenhar com verdade — sussurrou. Eu sorri de volta. Minhas pernas ainda tremiam. E foi ali, naquele instante, que entendi: naquele ateliê, arte e desejo tinham se tornado uma só coisa. E nós… estávamos no centro desse novo quadro. E foi ali, naquele instante, que entendi: naquele ateliê, arte e desejo tinham se tornado uma só coisa. E nós… estávamos no centro desse novo quadro. Sem dizer uma palavra, nossos corpos se encontraram novamente — desta vez com uma urgência silenciosa que não podia mais esperar. O toque de Iara se intensificou, deslizando por minha pele com a suavidade e a firmeza de quem conhece cada segredo do corpo alheio. Ela me puxou para mais perto, e eu cedi, entregando-me àquele instante que parecia arrancado de um sonho. A sala ao redor desapareceu, os olhares das alunas, o som dos lápis — tudo sumiu diante do calor que crescia entre nós. Nossos lábios se uniram outra vez, desta vez mais profundos, como quem sussurra promessas que só a pele entende. As mãos de Iara exploravam meu corpo com um carinho feroz, desvendando cada curva, cada detalhe que já conhecia, mas que naquele momento parecia novo e urgente. Eu retribuía, minha respiração acelerada misturando-se à dela, nossos corpos pulsando num ritmo antigo e selvagem. Ali, naquele silêncio repleto de sons abafados e suspiros, começamos a fazer amor. Sem pressa, como se cada toque fosse uma pincelada numa tela viva, cada beijo uma cor vibrante que dava vida ao quadro que éramos. Era uma dança íntima e intensa, onde o prazer e a entrega se fundiam num único traço perfeito. Iara deslizou as mãos pelo meu corpo, explorando cada curva com a delicadeza de quem aprecia uma obra-prima. Seus dedos traçavam caminhos de fogo, despertando uma onda crescente de desejo que me envolvia por inteiro. A pele morena se arrepiava sob o toque quente das suas unhas, que faziam pequenos círculos, provocando tremores quase imperceptíveis. Eu me entregava ao prazer das carícias dela, sentindo o calor subir pela minha espinha, enquanto ela mordiscava o lóbulo da minha orelha com uma mistura de ternura e provocação. Seu hálito quente sussurrava palavras silenciosas contra minha pele, fazendo-me arrepiar como nunca antes. Minhas mãos responderam ao convite, passeando pelos cabelos ruivos, deslizando pelo pescoço e descendo pelas costas, descobrindo a maciez da pele branca e os pequenos pontos vermelhos que o desejo deixava em seu caminho. Era um jogo de sensações, onde cada toque era uma promessa, cada suspiro um segredo compartilhado. Nossos corpos se moviam em perfeita sintonia, um balanço lento e hipnotizante, que parecia suspender. As alunas ao redor continuavam desenhando, talvez sem perceber que a arte mais viva naquela sala era aquela dança de pele, desejo e entrega. Meus lábios deslizaram lentamente pela pele clara de Iara, começando pelo pescoço, onde a delicadeza da pele quase me enganava com sua suavidade, antes de encontrar aquela curva sedutora do ombro. O contato era quente, um contraste que me fazia arder por dentro, como se o simples toque da minha boca pudesse despertar cada célula adormecida. Quando meus lábios repousaram sobre aquela pele branca e macia, senti uma doçura quase hipnótica, uma suavidade que convidava a continuar, a explorar mais. Suculenta, a pele parecia pulsar sob meu beijo, cedendo aos meus toques como se quisesse se fundir a mim naquele instante. Nossos corpos ainda colados, eu deixei que minhas mãos deslizassem lentamente pela pele de Iara, explorando cada curva com uma reverência quase sagrada. Meus dedos encontraram os dela, e num gesto natural, nossas mãos se buscaram e se entrelaçaram. Iara me olhou com uma chama suave no olhar antes de me deitar com carinho sobre o tecido aveludado da plataforma onde posávamos. Seus dedos passaram pelas minhas coxas com um toque que mal roçava, como se provocasse o ar entre nós. E então, sem palavras, sua boca desceu, devota, encontrando o centro do meu desejo com a lentidão de quem aprecia cada segundo da própria fome. Meu corpo arqueou, rendido, enquanto sua língua explorava meu íntimo com delicadeza e precisão. Eu levava as mãos aos lençóis, os olhos semicerrados, o peito arfando a cada onda que me tomava. Era prazer em estado puro, sem pressa, como uma arte viva sendo pintada de dentro pra fora. Foi nesse instante que Clarissa, uma das alunas que até então desenhava em silêncio e com olhos flamejantes, deu um passo à frente. A visão diante dela — meu corpo entregue, Iara entre minhas pernas, o suor brilhando sob as luzes mornas da sala — a deixou incapaz de resistir. Despiu-se ali mesmo, peça por peça, revelando um corpo firme e elegante, como esculpido por mãos de artista. Ao aproximar-se de mim, Clarissa tomou em seus braços e encaixou meu corpo ao dela, fazendo nossas intimidades se encontrarem em movimentos fantásticos. Nossos corpos e gemidos se conectavam de uma maneira espetacular. Iara nos observava com um olhar apaixonado, de espectadora de uma cena sublime e perfeita. Eu, no entanto, tinha olhos apenas para Clarissa naquele instante. Seus seios subiam e desciam com a respiração acelerada, e os olhos… os olhos vinham famintos de mim. Ela se ajoelhou junto a mim, suas mãos encontrando meu rosto com uma ternura inesperada, antes de tomar meu corpo nos braços como se já o conhecesse. Seu toque era diferente do de Iara — mais ávido, mais direto, mas ainda assim respeitoso. Clarissa se deitou sobre mim, pele com pele, e nossos corpos se encaixaram como se estivéssemos à procura uma da outra há tempos. Beijou-me com intensidade, e seus quadris ondularam sobre os meus, num ritmo que falava a língua do desejo sem dizer uma só palavra. Era uma celebração dos corpos, da liberdade e do prazer. Trocamos toques em nossas intimidades como se os caminhos uma da outra não fossem segredo algum para nós. Clarissa e eu chegamos juntas ao ápice, coroando as alunas com um final belíssimo, enquanto elas viram nossos corpos sucumbirem. Naquele instante, a aula já havia transformado em uma cena íntima que conectou todas as mulheres presentes. Quando Clarissa ousou e foi até Iara, se tocava sentada, ela cruzou suas pernas com Iara e ela nos deram uma visão magnífica de seus corpos juntos. Fiquei ali, a me tocar assistindo as duas mulheres com quem eu havia acabado de fazer amor, darem prazer uma para a outra diante de todas nós. Aquela cena acabou por conectar de uma forma íntima todas as mulheres presentes naquela sala, desde alunas às modelos. Iara, que deixando seus dedos brincarem com sua com sua intimidade, estava pronta para seu ápice e não resistiu aos movimentos do corpo de Clarissa contra o dela. Depois do que ambas fizeram comigo, vê-las atingir o clímax na minha frente foi um presente maravilhoso, que de bom grado eu recebi. No final daquele período, todas nós saímos mais íntimas umas das outras. Foi tudo lindo e delicioso. Uma bela aula de prazer entre mulheres. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
5/27/2025, 2:06:24 AM

Manter uma casa noturna em alta é um desafio constante. Não é só sobre o som, as luzes ou a decoração — é sobre a experiência como um todo. Meu nome é Ísis, e sou dona de uma das casas noturnas mais badaladas da cidade. Sempre fui exigente, e isso não é segredo. Mas, se há algo que aprendi, é que a exigência, quando acompanhada de respeito e direcionamento, pode levar à excelência. Quando Antonella chegou aqui, há seis anos, ela não era nada mais do que uma garota com um brilho nos olhos e um punhado de sonhos. Lembro-me do dia em que fizemos a entrevista. Ela tinha experiência, mas o que realmente chamou minha atenção foi a sua atitude. Havia algo na forma como ela falava sobre coquetéis, como se cada bebida fosse uma obra de arte. Foi isso que me fez dar uma chance a ela. Mas aqui, não basta talento — é preciso disciplina. Nos primeiros meses, não facilitei para Antonella. Eu sabia que ela tinha potencial, mas também sabia que trabalhar aqui significava mais do que apenas fazer bons drinks. Era sobre entender o público, adaptar-se ao ritmo frenético das noites e, acima de tudo, manter um padrão impecável. Às vezes, era duro vê-la sair daqui cabisbaixa após uma noite em que algo não tinha saído como planejado. Mas eu sempre me certificava de que minhas críticas viessem acompanhadas de orientações claras. Nunca foi pessoal, e ela sabia disso. Com o tempo, Antonella não apenas se adaptou; ela floresceu. Hoje, ela é mais do que uma bartender — ela é o coração pulsante do nosso bar. Seus coquetéis são os mais pedidos, sua energia contagia tanto a equipe quanto os clientes, e eu sei que parte do nosso sucesso se deve a ela. Juntas, criamos um ambiente onde as pessoas não vão apenas para beber ou dançar, mas para viver uma experiência única. Às vezes, paro para pensar na jornada que trilhamos. Antonella me ensinou que, mesmo em minha rigidez, havia espaço para reconhecer e celebrar as vitórias. E eu sei que, para ela, minha exigência foi o que a fez crescer. Hoje, não somos apenas chefe e funcionária. Somos parceiras nesse sonho de fazer da nossa casa noturna um lugar inesquecível. Se me perguntassem, há seis anos, se aquela garota de sorriso nervoso e um caderno cheio de anotações se tornaria uma das minhas maiores confianças, eu talvez não soubesse responder. Mas hoje, ao vê-la atrás do balcão, com um sorriso seguro e a habilidade de transformar qualquer noite em uma memória, eu sei que fizemos a escolha certa. E é isso que faz tudo valer a pena. Passaram-se seis anos desde que Antonella entrou na minha vida. Se você perguntar, direi que somos sócias, amigas, uma dupla imbatível na gestão da nossa empresa. É isso que mostramos ao mundo. Quando as portas do escritório se fecham e as luzes da casa se apagam, no entanto, é aí que a verdade se revela. Antonella é meu refúgio e meu caos. Com ela, os limites entre razão e desejo desaparecem. Lembro-me de cada detalhe do nosso início. Tudo começou com um toque casual — um gesto inocente que trouxe consigo uma corrente elétrica impossível de ignorar. Depois, um olhar prolongado, um sorriso que parecia um segredo. Não sei dizer quando exatamente deixamos de ser apenas colegas e nos tornamos amantes. Talvez tenha sido naquela noite em que, depois de horas discutindo um projeto, ela ficou até mais tarde, rindo das minhas histórias e me olhando como se eu fosse o centro do universo. Ou talvez tenha sido eu quem quebrou as barreiras, incapaz de resistir ao feitiço dos seus olhos. Seja como for, o que temos é algo que ninguém imaginaria. Quando estou com ela, sinto que o mundo pode desmoronar, e tudo o que importa é o calor do seu corpo junto ao meu. Seus beijos são uma promessa e um perigo; seus abraços, uma armadilha da qual nunca quero escapar. As pessoas ao nosso redor podem acreditar que nos conhecem, que entendem a dinâmica entre nós. Mal sabem elas que, por trás de cada sorriso cúmplice e de cada "bom dia", há uma história secreta, escrita na linguagem dos nossos corpos e nos sussurros trocados no silêncio da madrugada. Eu me pergunto, às vezes, o que aconteceria se soubessem. Mas essa dúvida desaparece no instante em que ela me toca. O mundo pode esperar. Aqui, na penumbra, somos apenas nós duas, ardendo em um fogo que jamais se apaga. Naquela noite, deixei tudo nas mãos de Tony. Meu fiel amigo e administrador, assim como Antonella, o único que conhece o segredo mais profundo da minha vida. Ele sabia que não podia me questionar; sua lealdade e discrição sempre foram inabaláveis. "Cuida de tudo por mim," foi tudo o que eu disse antes de sair do escritório às pressas. Ele assentiu, um pequeno sorriso no canto dos lábios, como se compreendesse a urgência que me consumia. Meu coração batia forte enquanto atravessava a cidade. No banco do passageiro, uma sacola com as últimas peças para o cenário que eu vinha imaginando há dias. Pétalas de rosas vermelhas, velas perfumadas, uma garrafa de vinho branco que eu sabia ser o favorito dela. Cada detalhe planejado com esmero, cada gesto um reflexo do que eu sentia por Antonella. Cheguei ao meu apartamento e perdi a noção do tempo enquanto transformava o espaço em um santuário de desejos. Espalhei as pétalas pela sala e pelo quarto, tracei um caminho até o banheiro, onde preparei o centro da nossa noite: um banho quente e perfumado, ladeado por velas que lançavam reflexos dançantes na água. O aroma suave de jasmim preenchia o ar. Quando terminei, recuei para observar o resultado. Tudo estava perfeito, como um quadro pintado apenas para ela. O toque final foi um bilhete deixado no aparador próximo à entrada: "Para minha dama favorita. Te espero no banho." O som da chave girando na fechadura me trouxe de volta ao presente. Meu coração saltou, como sempre acontecia quando a presença dela se aproximava. Antonella entrou, e seus olhos captaram imediatamente o que eu havia preparado. O sorriso que se formou em seus lábios era tudo o que eu precisava para saber que o esforço tinha valido a pena. — Você não existe, Isis — ela disse, com a voz tingida de admiração e algo mais profundo, algo que aquecia até mesmo os cantos mais frios da minha alma. Sem palavras, estendi a mão para ela. Antonella segurou-a, e eu a guiei pelo caminho de pétalas até o banheiro. A luz suave das velas acentuava cada curva do seu rosto, e os olhos dela, sempre tão intensos, refletiam a chama que havia entre nós. Ali, enquanto a água quente nos envolvia e o mundo desaparecia lá fora, fomos apenas duas mulheres entregues ao momento. Cada toque, cada beijo, era uma promessa renovada, uma dança lenta e ardente que só nós duas sabíamos dançar. Antonella aproximou-se devagar, mas seus olhos entregavam um desejo urgente. Não trocamos palavras; não era necessário. Quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez naquela noite, foi como se o mundo inteiro perdesse o equilíbrio. O beijo foi avassalador, um encontro de vontades que não podiam mais ser contidas. Havia algo de feroz na maneira como ela me puxou para si, como se quisesse me prender ali, para sempre. Minhas mãos deslizaram pelas costas dela, sentindo a firmeza e o calor de seu corpo contra o meu, enquanto nossos corações pareciam correr numa mesma cadência frenética. Nossas línguas dançavam num duelo delicioso, uma batalha de poder e rendição que nos deixava ofegantes e ainda mais conectadas. O gosto dela era um misto de vinho e do doce mistério que eu nunca conseguia decifrar completamente. Era viciante. Enquanto o beijo se aprofundava, o abraço tornou-se mais intenso, como se quiséssemos nos fundir em uma só. Senti suas unhas roçando minha nuca, enviando arrepios pela minha pele, e um gemido escapou de mim, quebrando o silêncio quase reverente do momento. — Você me faz perder o controle, Isis — ela sussurrou entre um beijo e outro. Não respondi com palavras. Meus lábios encontraram os dela novamente, mais vorazes, como se o simples ato de beijá-la fosse insuficiente para expressar tudo o que eu sentia. Ali, naquele abraço quente e infinito, éramos apenas desejo e entrega, amantes entrelaçadas pelo fogo que jamais se apagava. Fiz carícias suaves no rosto de Antonella, explorando cada linha e curva com os dedos. Beijei suavemente o canto dos lábios, despertando o desejo, e depois voltei a beijá-la de forma mais apaixonada. Desci para o pescoço, deixando traços de beijos e mordidas leves. Antonella sentiu a adrenalina subindo e continuei para os seios, usando a língua para explorar e estimular as áreas sensíveis. Meus dedos foram à sua intimidade em movimentos circulares, aumentando o prazer. Continuei a explorar ainda mais baixo, sentindo a resposta dela com gestos lentos e firmes, aumentando a intensidade conforme o desejo aumentava. Em cada toque, cada carícia, eu pude sentir a conexão entre nós duas crescer. Passei minha língua em linha reta desde entre os seios, até chegar entre as pernas de Antonella. Senti a intimidade dela quente e úmida, na verdade escorrendo, enquanto ela abriu as pernas para sentir meus lábios se encaixarem ali e a enlouquecerem. Cada centímetro foi explorado com gosto, com minha língua se movimentando lentamente para aumentar o prazer dela. Usei os dedos para acariciar e estimular ainda mais, criando uma sensação intensa e deliciosa. Agora foi a vez de Antonella me tomar para ela. E ela me deixou à ponto de explodir. A boca dela buscava cada ponto em que pudesse me causar o máximo de prazer e excitação. Eu puxava seus cabelos de forma a fazer ela sentir o quanto eu estava provocada. Os lábios de Antonella encontraram o meu clítoris e eu soltei um gemido que ressoou pelos azulejos do banheiro. Ela usou a língua para explorar cada centímetro meu, movendo-se lentamente para aumentar meu prazer. Senti seus músculos se contraírem na boca dela, que continuava determinada a me levar ao limite. Com os dedos, Antonella acariciou a entrada da minha intimidade lentamente, inserindo um dedo, movendo-o com cuidado para encontrar o ponto que me fez gemer ainda mais alto. Joguei uma toalha no chão do banheiro e nos deitamos, cruzando nossas pernas, fazendo uma fricção perfeita entre as nossas intimidades, causando uma absurda sensação que nos tomou completamente de assalto. Nos beijávamos e rolávamos sobre a toalha, entrelaçando nossos corpos, nos rendendo à paixão que nos envolvia e a excitação que nos controlava. Eu não conseguia parar de beijar a boca dela, mesmo ofegando. Era uma coisa tão forte e profunda que acho que nem mesmo mil palavras poderiam descrever. Coloquei Antonella senta sobre mim e ela fazia sua intimidade roçar na minha de uma forma que nos deixava ainda mais loucas. Ela chegava a dar quicadas sobre mim, me cavalgando gostoso. Eu segurava firmemente a cintura dela para que não perdesse aquela postura. Nos sentamos e cruzamos nossas pernas, nos abraçando e nos beijando. Antonella arranhava minhas costas e eu as dela. Não conseguíamos controlar tamanhas sensações e acabamos chegando ao nosso ápice deliciosamente, caindo exaustas, ficando por alguns minutos deitadas e abraçadas sobre a toalha. Depois terminamos nosso banho e fomos para cama. Ao lado dela, um balde com gelo e bebidas. Após tanto prazer, nada como beber para relaxarmos e deixarmos nossos corpos descansarem. Nos deitamos e adormecemos abraçadas, não sem trocarmos algum carinho antes do sono nos vencer. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
5/26/2025, 12:31:03 AM

Nunca achei que fosse me perder tão fácil. Mas ali estava eu — diante da porta 803, o corredor silencioso de um hotel caro demais pra minha rotina, com a respiração presa entre o peito e a garganta. O nome dela era Lorena. Só isso. E mesmo sem nunca tê-la visto antes, eu já me sentia dela. Desde a primeira mensagem, desde a voz calma no áudio dizendo “venha sozinho”. A campainha tocou baixo, e a porta se abriu. Ela não sorriu. Não precisou. Estava envolta num robe vinho que não escondia nada — pelo contrário, deixava tudo ainda mais presente. Pele dourada, olhar de comando, perfume de baunilha e alguma coisa mais densa, mais perigosa. — Você é o Afonso — ela disse. Assenti. Acho que engoli em seco. Lorena se afastou da porta, lentamente. Não me convidou com palavras. Apenas virou-se de costas e caminhou para dentro. O robe escorregou um pouco no ombro, como se me desafiasse a seguir. E eu segui, sem saber se era desejo, curiosidade, ou se simplesmente porque meu corpo já não me obedecia. Naquele quarto, não era eu quem ia conduzir nada. E por alguma razão estranha… era exatamente isso que eu queria. Ela caminhou até a poltrona perto da janela e sentou-se com a perna cruzada, como se estivesse em seu próprio trono. E talvez estivesse. A luz do abajur tocava a lateral do seu rosto, revelando a pele lisa, o brilho nos olhos, e a firmeza de quem sabia exatamente o que estava fazendo. — Tire a camisa — ela disse, sem levantar o tom de voz. Eu hesitei por uma fração de segundo. Não por vergonha, mas pela forma como ela me olhava — como se estivesse testando não o meu corpo, mas a minha disposição em obedecer. Fiz o que ela pediu. — A calça também. — Você quer que eu... — Quero. O som do zíper pareceu ecoar no quarto silencioso. Fiquei ali, despido, diante dela, vulnerável e completamente excitado. Ela caminhou até a poltrona perto da janela e se sentou com a perna cruzada, o robe abrindo sutilmente, deixando a coxa à mostra. Era uma visão pensada — Lorena não fazia nada por acaso. A luz do abajur desenhava seu corpo com precisão. O olhar dela pousou sobre mim como se me estudasse... ou me escolhesse, de novo. — Tire a camisa — ela disse. Não questionei. Fiz. Não como um menino perdido, mas como um homem que entende a beleza de ceder a uma mulher que sabe o que quer. — A calça também. Dessa vez, sorri. Ela notou. E pela primeira vez, vi seu canto de boca se erguer num meio sorriso também. — Gosta de provocar, Afonso? — Gosto quando me fazem merecer — respondi, olhando direto nos olhos dela enquanto tirava a calça. Despido, meu corpo ficou em chamas, o desejo evidente. Mas eu não me escondia — eu a queria, e queria que ela visse isso. Era um jogo delicioso que eu estava adorando e queria ir até o fim. Lorena levantou. Seus passos eram silenciosos, mas cada movimento carregava intenção. Parou na minha frente, os olhos cravados nos meus. — Primeira vez com uma mulher como eu? — Primeira vez que alguém me faz querer ajoelhar… por vontade. Ela arqueou uma sobrancelha. Aproximou-se até sentir minha respiração contra a dela. E disse, em voz baixa, firme: — Então ajoelhe, com orgulho. Eu ajoelhei. Não por obediência. Mas porque aquela mulher, dona de si, dona de mim, merecia ser adorada. E eu estava mais do que pronto pra isso. Me ajoelhei entre as pernas dela, sentindo o cheiro do seu corpo tão de perto que quase podia tocar com a respiração. Lorena abriu o robe lentamente, só o suficiente para mostrar pele, pele demais. Cada movimento dela parecia um comando silencioso. Passei as mãos pelas suas coxas dela com firmeza. — Me diz o que quer. Eu quero te fazer perder o controle. Ela riu, baixa, rouca, satisfeita. — Cuidado, Afonso... Um servo ousado é perigoso. — Só se você quiser que seja. Lorena inclinou-se para a frente e segurou meu queixo entre os dedos. — Você vai me servir com a boca, com as mãos, com o corpo. Mas o que vai me fazer voltar a te querer… Ela aproximou os lábios do meu ouvido. — É a sua mente. Mostre que sabe como me adorar. E foi assim que a noite começou: sem pressa, sem piedade, sem espaço para nada além de nós dois. Ela no comando, eu no fogo. E, sinceramente… eu nunca me senti tão vivo. Lorena deslizou as mãos pelo meu peito, descendo lentamente, como se escrevesse um convite na minha pele. O robe caiu ao chão, revelando cada curva, cada promessa. Eu não precisei de mais que um instante para me lançar sobre ela. O toque dela era firme, seguro, a pele quente que respondia ao meu contato com uma urgência crua. Nossos corpos se encaixaram como se tivessem sido feitos para aquele momento, perfeito e explosivo. Deslizei as mãos pela cintura fina, puxando-a para mais perto. Ela arqueou as costas, os olhos brilhando, enquanto nossos lábios se encontravam num beijo profundo, cheio de desejo contido e promessa. Com delicadeza, fui traçando o caminho pelo pescoço, descendo até os seios que ela oferecia com um gemido baixo, satisfeito. As mãos de Lorena não paravam, explorando, apertando, dominando com carinho e intensidade. Ela me guiou até a cama, jogando-me suavemente contra os lençóis, o corpo arqueando para me receber. O prazer subia como uma onda que não dava para conter. Nossos movimentos eram sincronizados, uma dança de luxúria onde eu era o servo disposto a adorar cada centímetro daquela mulher. Lorena se ajeitou sobre mim, sentando com a firmeza de quem sabe o que quer. A penetração foi profunda, lenta, um encontro de corpos e vontades. Que me fez soltar um gemido rouco. Ela começou a se mover, devagar no começo, acelerando o ritmo, enquanto eu segurava seus quadris, acompanhando cada impulso com precisão. Os gemidos dela encheram o quarto, misturando-se aos meus, numa sinfonia de prazer e entrega. Ela arqueava, me puxava para mais perto, mordia o lábio com intensidade, enquanto eu sentia o fogo crescer dentro de mim, pronto para explodir. — Me pega, Afonso — ela sussurrou, o corpo tremendo em êxtase. Eu respondi com mais força, segurando firme e dando tudo o que podia, dedicado a fazê-la gozar como só eu sabia. E quando o clímax chegou, ele não foi silencioso. Foi brado, foi entrega, foi redenção. Eu era o servo dela. Deslizei as mãos pelas costas dela, sentindo a pele arrepiar sob meus dedos. Lorena virou o rosto para encostar na minha clavícula, os cabelos espalhados, o olhar meio sonolento, meio faminto. — Você sabe que eu não sou fácil, Afonso — ela murmurou, a voz rouca e carregada de desejo. — Eu não quero fácil — respondi, deslizando a boca pelo pescoço dela. — Quero você. Com toda sua força, sua entrega. Ela sorriu, um sorriso lento, sensual. Estendeu a mão e puxou meu rosto para um beijo que não pedia pressa. As línguas dançaram, as mãos exploraram, e eu percebi que não havia diferença entre servir e dominar — tudo era questão de querer estar ali, por ela, com ela. Lorena arqueou o corpo contra o meu, os dedos dela cravando firme na minha pele, enquanto o ritmo acelerava, pulsando como um tambor de guerra dentro de mim. O calor crescia, invadia tudo — cada toque, cada gemido, era uma faísca que incendiava meu corpo inteiro. Seus olhos, brilhantes e intensos, fixavam os meus com uma mistura de desafio e entrega. A respiração dela, entrecortada, se misturava à minha, criando uma sinfonia só nossa. Ela apertou mais forte, mordendo o lábio inferior, e eu senti a tensão se quebrar em ondas avassaladoras. O prazer explodiu em mim, um fogo que queimava tudo e me deixava à deriva, completamente dominado pela intensidade daquele instante. Os gemidos que escapavam de nós dois enchiam o quarto, embalando cada movimento frenético e cada arrepio que percorria a pele. Lorena se arqueou em êxtase, os olhos fechados, o corpo tremendo sob meu toque. — Vai, Afonso — ela sussurrou, a voz rouca e cheia de desejo — mostra que é meu. Eu cedi ao prazer, ao êxtase, sentindo o mundo desaparecer enquanto nossos corpos se uniam no ápice daquela entrega sem reservas. Quando finalmente nos dissolvemos no silêncio, o quarto ficou cheio da energia crua do desejo saciado — e eu soube, com certeza, que nada seria igual depois daquela noite. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
2/3/2025, 3:32:49 AM

Entre a Razão e a Emoção No encontro com sua irmã Lara mexia distraidamente na colherzinha que acompanhava o cappuccino. O aroma quente e adocicado subia até suas narinas, mas sua mente estava longe dali. Letícia, sentada à sua frente, a observava com um meio sorriso, conhecendo bem aquela expressão. — Você está com essa cara de quem quer me contar algo — Letícia disse, pousando a xícara no pires. Lara ergueu os olhos e sorriu, respirando fundo antes de falar: — Eu conheci alguém. A irmã arqueou uma sobrancelha. — Ah, é? E quem é o sortudo? Lara riu baixo, mordendo o lábio antes de responder: — Laysa. Letícia piscou algumas vezes antes de soltar uma risadinha. — Uau! Isso é inesperado... mas não exatamente chocante. Afinal, vivemos em uma sociedade livre, não é? Lara relaxou um pouco ao ouvir a naturalidade na voz da irmã. Não sabia bem o que esperava, talvez um olhar de julgamento, mas Letícia sempre fora mente aberta. — Tivemos dois encontros. Foi... diferente de tudo que eu já vivi. Letícia apoiou o queixo na mão, inclinando-se levemente sobre a mesa. — E agora? O que você pretende fazer? Como vai ser manter essa vida e cuidar das crianças? Lara deu um longo gole no cappuccino antes de responder: — Nada vai mudar. Meus filhos continuam sendo minha prioridade. Mas eu não vou mais me furtar. Letícia franziu a testa. — Se furtar? Lara assentiu, sentindo um peso sair de seus ombros ao dizer as palavras em voz alta. — Passei anos sendo a esposa ideal, a mãe perfeita, esquecendo de mim no processo. Agora, eu quero viver. E se viver for ter prazer na cama, eu quero viver intensamente. Letícia sorriu, pegando a mão da irmã por cima da mesa. — Então viva, Lara. Você merece isso. As duas ficaram em silêncio por alguns segundos, até que Letícia mudou de tom. — Mas e o divórcio? Você já pensou nos detalhes? Lara suspirou, encostando-se na cadeira. — Ainda estamos conversando. Adolfo não quer brigas. — Isso é bom. Mas saiba que ele deve pleitear a guarda compartilhada dos meninos — Letícia disse, firme. Lara assentiu. — Acho justo. Ele é um excelente pai. Nunca tiraria isso dele. — Então vocês precisam formalizar tudo corretamente. Eu posso te ajudar com isso, se quiser. Lara sorriu, sentindo-se aliviada por ter Letícia ao seu lado. — Obrigada. Acho que vou precisar. As duas seguiram conversando, enquanto Lara sentia, pela primeira vez em muito tempo, que estava realmente no controle de sua vida. Lara suspirou, recostando-se na cadeira. Falar sobre o divórcio tornava tudo mais real, mas não a assustava. Pelo contrário, sentia-se mais leve. Letícia percebeu a mudança no semblante da irmã e sorriu. — Você está diferente — comentou, cruzando os braços sobre a mesa. — Mesmo no meio dessa tempestade, parece mais... viva. Lara riu baixinho, mexendo distraidamente no anel que ainda usava. — Porque eu estou. Pela primeira vez em anos, sinto que sou eu mesma. — E o que isso significa? Lara ergueu os olhos para a irmã e, sem hesitar, respondeu: — Significa que não vou mais me esconder. Que vou me permitir sentir, experimentar, viver. Letícia arqueou uma sobrancelha, divertida. — Então me conta... como foi com Laysa? Lara mordeu o lábio, um leve rubor subindo ao rosto. — Foi intenso. Natural. Como se meu corpo já soubesse o caminho, mesmo sem nunca ter estado ali. Letícia observou a irmã por alguns segundos, antes de sorrir. — E o que você quer daqui para frente? Lara respirou fundo antes de responder: — Quero descobrir. Sem pressa, sem rótulos, sem culpa. Letícia assentiu, tomando um gole de café antes de falar: — Você sempre foi tão dedicada aos outros, sempre se preocupando com Adolfo, com as crianças, com todo mundo. Acho que é a primeira vez que te vejo colocando a si mesma em primeiro lugar. Lara sorriu, sentindo uma pontada de emoção nas palavras da irmã. — E sabe o que é mais engraçado? Não me sinto culpada. Achei que me sentiria, mas não. — Nem deveria. Você merece isso, Lara. O olhar das duas se encontrou, e Lara soube que, apesar de todas as mudanças, não estava sozinha. Letícia olhou o relógio e suspirou. — Preciso ir. Tenho uma reunião no escritório em meia hora. Lara sorriu, segurando a mão da irmã por um instante. — Obrigada por me ouvir. — Sempre, Lara. E qualquer coisa sobre o divórcio, me avise. Elas se despediram com um abraço apertado. Assim que Letícia saiu, Lara pegou o celular e viu uma mensagem de Jéssica: "Mãe, você vem para o almoço?" Lara sorriu. Apesar de tudo que estava acontecendo, sua prioridade continuava sendo os filhos. Respondeu rapidamente um "Claro, estou indo!" e seguiu para casa. Quando chegou, encontrou Andreas na sala, assistindo a um desenho, e Jéssica ajudando a organizar a mesa. — Oi, meus amores! — Lara disse, tirando o casaco. — Oi, mãe! — Andreas correu até ela para um abraço. Jéssica olhou para a mãe com uma expressão de leve desconfiança. — Onde você estava? — Fui tomar um café com sua tia Letícia — respondeu Lara, pegando pratos para ajudar a filha. — Assunto sério? — Jéssica perguntou, ajeitando os talheres. Lara riu. — Desde quando você virou minha investigadora particular? — Desde que as coisas começaram a mudar aqui em casa — Jéssica rebateu, rindo. Lara suspirou, sentando-se à mesa. Andreas se juntou a elas, e por alguns instantes, apenas aproveitaram o almoço. Mas a filha mais velha não parecia disposta a deixar o assunto de lado. — Então, mãe... Você e o papai vão mesmo se divorciar? Lara limpou a boca com o guardanapo antes de responder. — Sim, filha. Mas quero que vocês saibam que isso não significa que vamos virar inimigos. Eu e seu pai ainda seremos uma família, só que de uma maneira diferente. Andreas franziu a testa. — Diferente como? — Bom, seu pai deve pedir a guarda compartilhada. Isso significa que vocês vão passar um tempo comigo e um tempo com ele. Jéssica cruzou os braços. — Mas isso quer dizer que a gente vai ficar mudando de casa toda hora? Lara sorriu, tentando acalmar a filha. — Não vai ser tão complicado quanto parece. Vamos organizar para que tudo seja o mais tranquilo possível para vocês. Vocês terão dois lares, e não importa onde estejam, sempre terão o amor do pai e da mãe. Andreas brincava com o garfo, pensativo. — O papai concorda com isso? — Sim. Ele também quer que vocês fiquem bem. Jéssica suspirou e olhou para o irmão antes de voltar os olhos para a mãe. — Eu só quero que a gente continue sendo uma família. Lara estendeu a mão sobre a mesa, segurando a de Jéssica e de Andreas. — E sempre seremos. O silêncio tomou conta por um momento, até Andreas quebrá-lo com uma pergunta mais leve. — Mãe, posso escolher um dia para dormir na casa do papai e um dia para dormir aqui? Lara riu, aliviada pela leveza na voz do filho. — Vamos conversar sobre isso. Mas sim, quero que vocês tenham essa liberdade. O almoço seguiu com uma sensação de proximidade, como sempre acontecia. Lara sabia que não seria fácil, mas sentia que estava no caminho certo. O escritório estava movimentado naquela tarde. Lara digitava rapidamente um relatório enquanto ouvia o burburinho de conversas ao fundo. O trabalho era uma parte de sua rotina que permanecia inalterada, um ponto de equilíbrio em meio às mudanças de sua vida pessoal. Por um instante, ela se permitiu relaxar. Levantou-se, pegou sua xícara e foi até a máquina de café. O aroma quente e familiar trouxe uma sensação de conforto. Então, o celular vibrou em cima da mesa. Lara pegou o aparelho, desbloqueando a tela sem pensar. Seu coração bateu um pouco mais forte ao ver o nome de Laysa iluminado na tela. *"Estou pensando em você. Querendo você."* Lara mordeu o lábio, sentindo um calor diferente se espalhar por seu corpo. O café esfriava em suas mãos, mas sua mente já não estava mais ali. Ela respirou fundo antes de responder. Lara sentiu um arrepio percorrer sua pele. Laysa era direta, intensa. Ela olhou ao redor, certificando-se de que ninguém prestava atenção, e digitou com os dedos levemente trêmulos: *"E o que você faria comigo se eu estivesse aí agora?"* Ela hesitou por um segundo antes de apertar "enviar". Seu coração disparou, a respiração ficou mais curta. A tarde de trabalho, que antes parecia equilibrada e monótona, agora tinha um novo sabor: o da expectativa. Ao chegar em casa à noite, Lara estava cansada, mas ao ver seus filhos, o cansaço se dissipava. Ela se aproximou de Jéssica, que estava lendo em seu quarto, e deu-lhe um beijo suave na testa. Depois fez o mesmo com Andreas, que estava deitado, com os olhos semicerrados, ainda assistindo à TV. Com um suspiro de alívio, Lara foi até o banheiro. Precisava relaxar. Quando estava prestes a entrar no chuveiro, o celular vibrou. Era a mensagem de Laysa. *"O que você está fazendo agora?"* Lara sorriu e, com um toque provocante, respondeu: *"Vou tomar um banho morno para relaxar... Se quiser, pode fazer companhia."* Ela sabia que a resposta a isso seria imediata. Não demorou para o celular vibrar de novo. "E como você vai relaxar, exatamente?" Lara mordeu o lábio, se divertindo com a tensão crescente. Ela respondeu de forma mais ousada: "Talvez me deixe bem à vontade, quem sabe?" A resposta não demorou. *"Me manda um vídeo do banho, quero ver o quanto você está relaxando."* Lara ficou paralisada por um instante, o calor subindo até seu rosto. Ela sabia que estava flertando com o perigo, mas o desejo que sentia pela mulher a deixava sem freios. Ela pensou por um momento. O que faria? Durante o banho, pensamentos tomavam conta da mente de Lara. Eram pensamentos livres, de uma fase que ainda estava apenas começando. 続く Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
2/2/2025, 9:43:48 PM

A manhã fria de Nova York cortava até os ossos. Sentei-me em minha cadeira, o som da cidade vibrando por trás das janelas empoeiradas do meu escritório. As folhas do jornal estavam espalhadas sobre a mesa, e eu tentava me perder em suas páginas, mesmo sabendo que, em uma cidade como essa, não faltam histórias sombrias para contar. Mas, como sempre, a parte que me chamava a atenção era a seção de celebridades. Entre uma notícia e outra sobre quem estava namorando quem, meus olhos caíram sobre uma foto de Natasha. Ela estava ao lado de Sophia, sua amiga de longa data. Natasha... A "Rainha da Noite", como a matéria a chamava. Ela não parecia ser uma dessas celebridades vazias que brilham por um instante e desaparecem no mesmo piscar de olhos. Não. Natasha era diferente. Seu olhar, naquela foto, transmitia algo que eu não conseguia decifrar de imediato. Ela brilhava, mas era um brilho perigoso, como uma estrela prestes a desabar. A matéria falava sobre um grande evento que ela estava prestes a organizar no clube "Velvet Shade", um local onde os ricos e poderosos se perdem na noite. Um sorriso arrogante se formou em meus lábios. Eu já tinha ouvido falar daquele clube. Mas o que mais me intrigava não eram as palavras da matéria, mas a foto. A maneira como Natasha olhava para a câmera, o fundo escuro que a cercava, e aquele sorriso forçado de Sophia. Algo não batia. Levei o jornal até a mesa e deixei-o de lado, meu cérebro já começando a trabalhar. O que Natasha estava escondendo? Qual era o segredo por trás da imagem perfeita que ela tentava vender? Uma coisa eu sabia: a cidade estava cheia de mistérios, e eu estava sempre pronto para desvendá-los. Olhei para o casaco pendurado na cadeira. A rua lá fora estava fria, mas a verdade é que as ruas da cidade sempre me aqueciam. Levantei-me, ajeitei o colarinho e me preparei para mais um dia. Algo me dizia que eu estava prestes a mergulhar em algo muito mais profundo do que eu imaginava. A tarde passou em um borrão de sombras e luzes, como sempre acontece quando se está à caça de algo. Mas havia uma tensão no ar, algo que se intensificou quando o mensageiro chegou à minha porta. Ele era um homem alto, com um olhar sério, mas com a educação de quem estava apenas cumprindo uma tarefa. Ele não disse uma palavra, apenas entregou uma carta lacrada, com um selo vermelho. Natasha. O papel estava perfumado, um cheiro doce e inebriante, como se tentasse seduzir os sentidos antes mesmo de eu abrir as palavras. Que surpresa seria essa, afinal? Sabia que não era um convite para uma noite normal. Algo na carta me dizia que, se eu fosse, as regras iriam mudar. Abrindo a carta com um movimento lento, li as palavras em tinta preta, elegantes: _“Encontre-me no loft esta noite. Haverá uma surpresa que você não esquecerá jamais.”_ E o que mais? Nada. Não precisavam dizer mais. Natasha sabia como manter o mistério, e isso só aumentava a minha curiosidade. O relógio na parede parecia avançar mais rápido enquanto eu me preparava. Eu já sabia que as surpresas de Natasha nunca eram simples. Coloquei meu casaco e saí para a noite fria. O loft ficava na parte mais silenciosa da cidade, distante do agito dos bares e dos clubs, mas não menos enigmático. Atravessando as ruas, com a cidade fervendo em suas próprias histórias e segredos, pensei no que Natasha queria de mim. Ela era um enigma em si mesma, e estava claro que, de alguma forma, eu me tornei parte de um jogo que ela controlava. Cheguei ao loft pouco antes da meia-noite, a porta estava entreaberta, como se estivesse me esperando. Respirei fundo e entrei. A porta se fechou suavemente atrás de mim, o som abafado do meu próprio passo ecoando pelas paredes vazias. O cheiro no ar era o de um perfume doce, misturado com uma leve brisa de café, como se a noite estivesse apenas começando. Mas, à medida que eu avançava pela sala, algo chamava minha atenção. Peças de roupa estavam espalhadas pelo chão, como se alguém tivesse se desfeito delas apressadamente. Camisas, vestidos, e sapatos... todos jogados com uma certa urgência, criando um caminho, uma trilha que me guiava em direção ao quarto. Não era uma cena de casualidade; era quase como se tudo fosse cuidadosamente orquestrado, uma pista deixada para mim, como se Natasha soubesse exatamente como me prender na teia de seu jogo. Minha respiração se tornava mais pesada, meu instinto de detetive agora em pleno funcionamento. Fui seguindo aquele caminho, cada passo me levando mais perto do quarto, mais perto da porta entreaberta. Quando cheguei perto, parei. O som de água correndo do chuveiro preenchia o ambiente, abafando qualquer outro ruído. Era o tipo de som que colocava uma camada de intimidade no espaço. E então, ao me aproximar da porta, vi. Natasha e Sophia estavam lá, no box, corpos entrelaçados, envolvidas em um ato de prazer que deixava a cena ainda mais carregada de mistério. O reflexo da água escorrendo sobre elas tornava a cena quase hipnótica. Havia algo completamente desconcertante na maneira como elas estavam ali, em um momento de entrega tão visceral e... estratégica. Meus olhos estavam presos à cena, e uma sensação estranha começou a se formar em minha mente. O que Natasha queria de mim? O que Sophia representava nessa equação? E o mais importante, qual era o segredo que elas estavam guardando? Fiquei parado, sem saber o que fazer, como se algo dentro de mim estivesse dizendo para não interromper o momento, mas ao mesmo tempo, havia a necessidade de desvendar esse enigma. Eu sabia que aquele encontro não seria como qualquer outro. Eu fiquei ali, observando, sem fazer um som. O calor da água misturado com a tensão no ar criava uma atmosfera densa. O que eu deveria fazer? Entrar? Espiar mais? Ou... talvez, me retirar? Antes que eu tomasse qualquer decisão, o som do chuveiro parou abruptamente. E então, como se o tempo tivesse sido congelado por um momento, uma voz suave, mas cheia de certeza, se fez ouvir. – Eu sabia que você viria, Tommy. A voz era de Natasha, inconfundível, como um feitiço lançado diretamente ao meu cérebro. Ela se virou lentamente para olhar na direção da porta, os olhos brilhando como se tivesse me esperado o tempo todo. Não estava surpresa, nem preocupada com a minha presença. Ela estava no controle, e isso era algo que eu não conseguia ignorar. Sophia, ainda parcialmente coberta pela névoa da água que caía, olhou para mim com um sorriso quase desafiador, como se quisesse me testar, como se quisesse ver até onde eu iria. Natasha, agora com a água escorrendo pelo corpo e os cabelos presos em um coque perfeito, sorriu de volta, sem pressa, sem qualquer vergonha. – Você gosta de mistérios, Tommy. – Natasha disse, como se fosse uma constatação simples. – Mas às vezes, o maior mistério é o que está bem na sua frente, esperando para ser descoberto. Eu a observei, sem saber o que responder. Ela estava me provocando, testando minha paciência. A questão não era apenas o que estava acontecendo ali, naquele instante. Era o que ela queria de mim. O que tudo isso significava. Ela deu um passo em minha direção, com os pés descalços tocando o piso frio do loft, mas sem pressa. Ela estava se aproximando com a mesma calma que uma aranha teria ao se aproximar de sua presa. – Entra, Tommy. – Ela sussurrou, sua voz quase um convite, mas também uma ordem. – Eu e Sophia temos algo para você. Algo que vai mudar tudo. Eu hesitei. Meu corpo sabia o que ela queria, sabia o jogo que estava sendo jogado. Mas minha mente... minha mente estava em outro lugar. A curiosidade, o desejo de saber o que ela guardava para mim, falou mais alto. Com um passo decidido, entrei na sala, a porta se fechando atrás de mim. Quando a porta se fechou atrás de mim, o som da madeira se encaixando parecia tão distante, como se eu tivesse entrado em um outro mundo. O loft, a água ainda escorrendo pelo box, o brilho das luzes baixas — tudo parecia se encaixar perfeitamente, como peças de um quebra-cabeça que só se revela ao ser tocado. Natasha e Sophia estavam ali, agora com olhares fixos em mim, quase como se estivessem me esperando. Elas não precisavam dizer nada, seus corpos, seus gestos, a maneira como se posicionavam diante de mim, já falavam por si mesmas. Natasha, com um sorriso enigmático, se aproximou, seus olhos verdes brilhando de maneira hipnotizante. – Aqui, Tommy. – Ela disse suavemente, como se fosse um segredo revelado, algo que já era esperado, mas nunca totalmente entendido. Sophia, mais silenciosa, observava de longe, mas não era menos intensa. Havia algo no modo como ela me olhava, como se esperasse uma reação, um movimento meu. Ela, à sua maneira, me desafiava a mergulhar naquele espaço em que nada parecia o que realmente era. Natasha então estendeu a mão, convidando-me com um gesto leve, mas cheio de intenção. A suavidade de seu toque não escondia o poder que ela exalava. Ela sabia que estava no controle, e o mais curioso era que eu sabia disso também. – Vem até nós, Tommy. – Natasha disse, sua voz agora mais baixa, quase sedutora. – Deixe-se perder um pouco. Não precisa entender tudo agora... só siga o que nós temos para te mostrar. Eu fiquei parado por um momento, uma mistura de curiosidade e cautela me dominando. Mas algo dentro de mim, algo primal, me empurrou para o centro daquela cena, onde Natasha e Sophia estavam. Dessa vez, não era apenas uma investigação. Era um jogo de sedução, de poder, de controle. E, pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti ser parte dele. Me aproximei. Quando a mão de Natasha tocou a minha, senti um arrepio, como se uma onda de eletricidade percorresse meu corpo, me dizendo que eu estava entrando em um terreno perigoso, mas também irresistível. Ela me guiou até o box, onde Sophia, agora mais relaxada, me aguardava. A noite estava apenas começando, e eu sabia que, naquele instante, eu não estava mais apenas observando. Eu estava dentro da história, sem saber até onde ela me levaria. Com um suspiro profundo, eu dei o passo que já sabia que iria dar. Não havia mais hesitação. Eu estava imerso no jogo que Natasha e Sophia haviam preparado, e agora, não havia volta. Minha mão se entrelaçou com a de Natasha, e ela me puxou suavemente para dentro do box, onde a água caía sobre nós como uma cortina líquida. Sophia estava ali, com o olhar fixo em mim, sem palavras, mas sua presença dizia tudo. Havia uma expectativa no ar, como se o tempo tivesse parado, apenas aguardando pela minha reação. Natasha, com seu toque firme e ao mesmo tempo suave, guiou-me para mais perto de Sophia, e então, as duas começaram a me envolver de uma maneira quase hipnótica. O calor da água misturado com o perfume doce e o toque das mãos delas era como um feitiço que não conseguia escapar. As mãos de Natasha deslizavam pela minha pele, enquanto o olhar de Sophia penetrava em mim, como se estivesse vendo tudo o que eu tentava esconder. Elas estavam me estudando, me desnudando não só fisicamente, mas também mentalmente. O jogo de poder que elas estavam jogando comigo não era apenas físico; era psicológico, uma dança silenciosa de dominação e entrega. “Você está pronto para ver o que temos para você, Tommy?” Natasha sussurrou, sua voz mais baixa, mais intensa. Eu só consegui acenar, a sensação de estar sendo consumido por elas, pelo momento, me dominava completamente. Elas me empurraram suavemente para o centro, e a água escorria por nossos corpos, cada gota parecia mais densa, mais carregada de significado. Natasha então se aproximou de Sophia, seus corpos se encontrando em um gesto que era ao mesmo tempo possessivo e carinhoso. Eu assisti, sem poder desviar o olhar. Não sabia mais o que era real e o que era parte do jogo delas. O tempo parecia ter se esticado, e eu estava ali, no meio de tudo, sem querer sair, mas sabendo que, no fundo, eu não tinha controle nenhum. Eu estava completamente absorvido pela cena, pelo mistério, pelo poder delas. Elas estavam me levando, sem pressa, para o fundo do desconhecido. Eu senti, então, que a realidade em torno de mim estava se distorcendo, derretendo como cera quente, fluindo para um espaço onde o tempo não existia. Natasha e Sophia eram mais do que mulheres, mais do que figuras em um cenário. Elas eram o mistério em carne e osso, e eu, sem querer admitir, estava sendo puxado para aquele enigma com uma força irresistível. A água caía sobre nós, mas parecia não ser água. Parecia um véu, uma substância etérea que me envolvia e me impedia de distinguir o que era real do que era apenas uma ilusão criada para me prender. Eu estava ali, no meio delas, flutuando entre o prazer e a confusão, entre a descoberta e o desejo. Cada toque delas sobre a minha pele era como uma revelação, algo profundo, algo que tocava algo dentro de mim que eu mal sabia que existia. O olhar de Natasha, agora mais próximo do meu, era como uma chama. Sua presença me consumia. Ela não estava apenas me tocando fisicamente, estava moldando minha mente, meus pensamentos, me levando para um lugar onde eu não sabia mais quem estava no controle. Sophia, silenciosa, observava tudo com um sorriso sutil. Ela não era parte do jogo de Natasha de forma passiva, não. Ela era um contraste, uma presença que equilibrava, que me desafiava sem sequer mover um dedo. O silêncio dela falava mais do que qualquer palavra poderia. Era como se ela estivesse esperando que eu tomasse uma decisão, esperando que eu fizesse o primeiro movimento, enquanto Natasha me guiava mais profundamente. Eu fechei os olhos por um momento, deixando a água me envolver, sentindo o calor, o peso da tensão. Estava me perdendo, mas não queria sair. Eu queria me afogar naquilo. Queria descobrir o que elas estavam realmente me oferecendo, o que o jogo delas escondia. O toque de Natasha foi mais forte então, sua mão deslizando pela minha pele com uma firmeza que me trouxe de volta ao presente. Seus olhos brilhavam, como se estivessem me devorando por inteiro, e suas palavras, quando vieram, estavam carregadas de uma promessa: – Agora, Tommy… você vai ver o que acontece quando se perde no jogo. – E com essas palavras, a água ao nosso redor parecia brilhar, como se estivesse testemunhando um novo começo, um novo caminho que eu não poderia mais voltar atrás. Eu não sabia onde isso iria me levar, mas, naquele momento, algo em mim se entregou completamente, sem resistência. Eu estava pronto para seguir esse caminho até o fim, sem importar qual seria o preço. O ambiente ao redor se tornava cada vez mais denso. A água que caía do chuveiro agora parecia estar impregnada com um tipo de energia, como se ela mesma fosse parte do enigma que Natasha estava me oferecendo. Eu estava preso, mas não de uma maneira comum. Não era um tipo de prisão física; era algo mais complexo, mais psicológico. Natasha sabia exatamente como me guiar, e eu não podia mais negar a atração que sentia pela maneira como ela se movia, como falava, como parecia controlar tudo ao seu redor. Ela se aproximou mais, sua presença dominando o espaço. Eu podia sentir o calor de seu corpo, o toque suave de sua mão que agora descansava sobre o meu peito, como se fosse um lembrete constante de que eu estava ali, à mercê daquilo que ela queria me mostrar. Mas, ao mesmo tempo, havia algo em seus olhos, algo que me dizia que eu também tinha poder ali. Um poder que eu ainda não entendia completamente. Sophia, por outro lado, era mais quieta. Ela não falava, mas sua energia estava tão presente quanto a de Natasha. O que ela representava, exatamente? Eu ainda não sabia. Mas havia algo em seu olhar, algo em sua postura, que fazia com que eu a enxergasse como a chave para o segredo de Natasha. Eu estava prestes a descobrir algo. Algo profundo e, talvez, perigoso. Mas, em vez de hesitar, de recuar, eu dei um passo à frente. O caminho estava à minha frente, e eu sabia que não havia volta. O jogo tinha começado, e eu não tinha mais escolha a não ser jogar. A mão de Natasha se moveu lentamente para o meu pescoço, sua respiração quente agora perto da minha pele. Ela parecia querer me puxar mais para perto, mas havia algo em seu gesto que indicava que eu deveria ir mais devagar. Era um convite e, ao mesmo tempo, um teste. Ela queria ver até onde eu iria. Queria saber o quanto eu estava disposto a me entregar àquele momento. Eu respirei fundo, sentindo meu corpo reagir a cada movimento dela, a cada olhar. Estava prestes a atravessar uma linha invisível, e não sabia exatamente o que me aguardava do outro lado. Mas eu estava pronto para descobrir. A atmosfera ao nosso redor estava carregada, cada respiração era como um prelúdio para algo grande. Natasha e Sophia, agora mais próximas de mim, pareciam estar conectadas por algo que eu ainda não entendia, como se elas fossem uma extensão uma da outra. Elas se moviam juntas, fluindo como uma única entidade, e eu, no meio disso tudo, me sentia simultaneamente perdido e encontrado. A água, agora com a luz dourada refletindo nas gotas, parecia dançar ao nosso redor, criando um cenário etéreo, como um palco iluminado onde tudo se tornava possível. Eu estava ali, à mercê delas, sentindo cada movimento delas, cada toque. Natasha, com seus olhos de fogo, me guiava, mas não sem antes me deixar ver o olhar silencioso de Sophia. Ela observava, com uma intensidade que quase me consumia, como se estivesse me avaliando, como se fosse a chave do enigma que Natasha criava ao meu redor. Então, Natasha se aproximou de mim, sua mão deslizando até o meu pescoço, uma pressão suave, mas carregada de significado. Sophia, ao seu lado, não precisava fazer nada. Ela era o equilíbrio, o contraponto à energia de Natasha, e isso me fazia querer entender mais. – Tommy… – Natasha sussurrou, a voz quase um feitiço. – Agora você vai ver o que estamos preparando para você. Eu não sabia o que ela queria dizer com isso, mas o ar estava carregado de poder. Algo estava prestes a acontecer, e, ao meu redor, o espaço parecia se tornar mais denso, mais carregado de possibilidades. Eu não conseguia resistir. A energia delas, combinada, parecia me envolver de uma maneira que eu não sabia mais se deveria lutar contra ou se entregar. E então, as duas avançaram, com a sincronização perfeita, uma dança que se desdobrava diante de mim. Eu sentia que era mais do que apenas um jogo. Era um rito. Era uma mudança. Natasha e Sophia estavam me conduzindo por uma jornada, e eu não sabia onde ela terminaria, mas eu estava pronto para atravessar essa linha. – Isso é só o começo, Tommy – disse Sophia, com um sorriso silencioso que falava mais do que palavras poderiam expressar. Sua presença era a estabilidade que eu tanto precisava, a verdade que se escondia por trás do mistério. E Natasha, com seu olhar ardente, me lembrou de que eu estava ali para mais do que apenas observar. Eu estava ali para ser parte do que estava por vir. E foi então, naquele momento de intensa conexão entre os três, que a energia se intensificou. A água ao redor se iluminou, as sombras se dissolveram e tudo o que eu conhecia foi consumido por uma luz branca que cegava os meus sentidos. Eu estava sendo puxado para dentro de algo, algo que ultrapassava os limites do que eu imaginava ser possível. Quando a luz finalmente se dissipou, eu estava ali, em pé, no meio de Natasha e Sophia. As duas, com olhares que agora compartilhavam uma calma silenciosa, me observavam com uma compreensão profunda. – Bem-vindo ao que realmente somos, Tommy. – Natasha falou, com um sorriso tranquilo, como se soubesse que eu já não era mais o mesmo. – O jogo não é mais o que parece. Sophia, com um leve toque em meu braço, completou: – Agora, as escolhas são suas, mas o que acontece a seguir vai mudar tudo. Para você. Para nós. Eu sabia que minha jornada com elas estava apenas começando. O destino que elas haviam me mostrado era maior do que eu poderia compreender, mas, de alguma forma, eu estava pronto para aceitá-lo. O que quer que viesse depois, eu sabia que não seria mais apenas o detetive que entrava em uma história. Eu estava prestes a me tornar parte de uma narrativa que eu nunca teria imaginado. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
2/7/2025, 9:01:46 PM

Noite de festa. Eu, Júlio, com meu smoking e Maya de vestido preto, com um decote vistoso que, me atrevo dizer, roubava olhares deles... e delas. Dançamos de corpos e rostos colados, em clima de romance. A cada vez que eu a girava pelo salão, Maya dava um show. Entre passos de dança, goles em drinks e o burburinho ao redor, tínhamos olhos apenas um para o outro. Depois da festa, ao chegarmos em casa, a madrugada se dissolvia em tons pálidos quando atravessamos a soleira da porta. O eco dos nossos passos ressoava na penumbra do apartamento, embalado pelo resquício de música que ainda vibrava em nossos corpos. Maya deslizou os dedos pelo braço do meu paletó antes de se desvencilhar dos saltos, deixando-os tombados no tapete como vestígios de uma noite que se esvaía. — Foi uma noite memorável — disse ela, a voz velada pelo cansaço e pelo rastro de um sorriso. Inclinei-me para pousar as chaves sobre a mesa, observando-a de soslaio. Os olhos de Maya ainda traziam um brilho inquieto, como se a noite não lhe bastasse, como se a festa tivesse deixado nela uma fome que o tempo não consumia tão depressa. — E inesgotável — repliquei, desatando o nó da gravata, sentindo o peso das horas sobre os ombros. Ela se aproximou, os pés descalços deslizando sobre o chão frio, e o perfume da noite, do álcool e do desejo pairou entre nós. — Ainda não quero dormir. — Disse ela a me fitar o olhar. Sorri de canto, desabotoando o primeiro botão da camisa. Ela me observava com aquele ar de desafio, como se dissesse que a noite só acabaria quando ela quisesse. Ela se vira para mim e me pede para tirar a gargantilha que ao seu pescoço adornava. Olho para aquela nuca e para aqueles ombros como querendo algo mais do que o contemplativo. A luz suave da manhã filtrava-se pelas frestas das cortinas, beijando sua pele com um brilho difuso. Aproximo-me sem pressa, deslizando os dedos pela fina corrente, sentindo o calor que ainda emanava dela. O fecho cede sob o toque, e a joia desliza por sua clavícula antes de repousar em minha palma. Maya suspira, inclinando levemente a cabeça, expondo-se ao momento com a languidez de quem sabe exatamente o efeito que provoca. — Você está quieto — diz, virando-se para me encarar. — No que pensa? Levo a gargantilha até a mesa, pousando-a ali como um pequeno troféu da noite. Encaro seus olhos, que brilham como se a madrugada ainda vivesse dentro deles. — Penso que a noite deveria durar um pouco mais. Ela sorri, mordendo de leve o lábio, e me olha com uma expressão de querer. Ligo o som em modo ambiente, e a melodia suave de Lembra de Mim, de Ivan Lins, preenche a sala. A música se espalha pelo ar, envolvente e nostálgica, como se cada acorde carregasse uma lembrança particular. Sem dizer uma palavra, puxo-a para mais uma dança. Ela se entrega ao meu abraço, e a cada passo, nossos corpos se encaixam com uma naturalidade que parece desafiar o tempo. Maya é leve, como se seus pés mal tocassem o chão, e nós dois seguimos o ritmo da música, entregues à sintonia que já ultrapassava qualquer conversa. O ambiente, as lembranças da festa, tudo se desfaz ao redor, restando apenas o espaço entre nós dois, onde a dança se faz mais que um gesto, mas uma linguagem única. A melodia vai nos guiando, quase como se a própria canção fosse uma extensão de nossos pensamentos, de nossos desejos não ditos. E, entre uma volta e outra, eu a observo, cada movimento dela me parecendo mais profundo do que a simples dança. Ela sorri, e o som suave da música se mistura ao som do nosso silêncio. Enquanto dançamos, Maya tira os braços que me envolviam o pescoço e leva as mãos para suas costas, abrindo o zíper do vestido até onde ela conseguia. O movimento é lento, preciso, como se cada gesto fosse parte de uma coreografia ensaiada apenas para nós dois. Ela morde os lábios com um sorriso travesso e, em um sussurro suave, me chama. Virando-se para mim, ela dá um passo à frente, e o vestido parece escorregar de seu corpo, ainda preso pela última parte do zíper, esperando que eu termine o que ela começou. Olho para ela, os olhos arregalados de desejo contido, e o tempo parece suspenso. O som da música, antes doce e envolvente, agora se mistura ao ritmo acelerado dos nossos corações. Me aproximo, minhas mãos encontrando a delicadeza da sua pele enquanto finalizo o gesto, e o vestido se dissolve por completo, caindo ao redor de seus pés. Ela permanece ali, de frente para mim, com os olhos brilhando como se a noite ainda fosse nossa. Agora, com seu corpo coberto apenas pela lingerie, Maya se vira e começa a abrir lentamente cada botão da minha camisa. Seus dedos deslizam com precisão, como se cada gesto fosse uma promessa. A suavidade das suas mãos contra o meu torso envia uma onda de calor, e eu sinto o arrepio percorrendo minha pele, misturando-se ao calafrio de antecipação. Quando todos os botões estão abertos, ela para por um instante, observando-me com aquele olhar intenso e silencioso. Em seguida, desliza as duas mãos pelo meu peito, como se quisesse memorizar cada contorno, cada linha da minha pele. Eu posso sentir a suavidade das suas mãos, quentes e delicadas, traçando um caminho que me faz esquecer o resto do mundo. O som da música parece mais distante agora, eclipsado pela proximidade, pela eletricidade crescente entre nós. Maya me olha com um sorriso suave, mas seus olhos falam muito mais do que as palavras poderiam expressar. Não parando apenas por aí, Maya retira meu cinto e abre minha calça lentamente, abaixando-a com as próprias mãos. Assim que ela o faz ela se abaixa e puxa minha roupa íntima para baixo, me deixando totalmente indefeso. Segurando o meu membro com força, ela o coloca na sua boca, começando uma deliciosa brincadeira mexendo com minha excitação e com os meus sentidos. São segundos de uma provocação intensa, que me leva a loucura. — Minha vez! — Diz ela, com um tom de autoridade. Ela se senta sobre a mesa de madeira, resistente o bastante para que eu possa toma-la ali mesmo, sem nenhuma preocupação com a falta de segurança. Usando minha própria boca, puxo a parte de baixo da lingerie, deixando sua intimidade à mostra, só esperando pelas minhas carícias. Ao encaixar minha boca ali, eu a sinto úmida, ficando claro para mim o que ela mais queria que eu fizesse naquele momento. Ela tira o sutiã, deixando seus seios à mostra também, puxando o meu rosto para me indicar exatamente o que ela queria naquele instante. Abocanho seus seios, roçando minha língua bem de leve nos seus bicos, fazendo com que Maya se arrepie toda, enquanto ela sente aquele prazer tomar conta dela. Não resisto e subo ao seu pescoço encaixando minha boca deliciosamente naquela pele macia e gostosa, ao passo em que ela me agarra com força, prendendo-me pelas pernas e me abraçando fortemente, querendo sentir mais do meu corpo colado ao dela. Eu a deito sobre a mesa, seguro sua cintura fortemente e, num rápido movimento, começo a fazer amor com ela, invadindo-a lentamente fazendo com que ela sinta cada centímetro de meu membro dentro dela e com que ela sinta uma onda de choque e prazer preencher cada fibra do seu corpo. Ela leva as mãos aos seios, massageando-os, enquanto solta gemidos gostosos e provocantes. Incapaz de me conter, puxo-a para fora da mesa, fazendo com que ela se apoie completamente, envergando o seu corpo sobre a mesma. — Faz forte! — Ordena ela. Obedeço apenas. Ela me empurra e me puxa de volta me jogando sobre a mesa, espalhando tudo o que há, sem se preocupar com mais nada. Ela se senta sobre meu membro, encaixando-se lentamente, começando a fazer movimentos suaves, que pouco a pouco vão tomando proporções cada vez mais intensas. Apoiando-se com as mãos em minhas pernas Maia enverga seu corpo totalmente para trás, me fazendo sentir cada movimento de seus quadris e me deixando molhado, pois a sua unidade escorre por entre as pernas também escorre por mim e para a mesa. Ela cavalga cada vez mais forte, com as mãos apoiadas em meu peito, inclinando o seu corpo para a frente só para poder mexer seu quadril mais rapidamente, fazendo com que aquele movimento nos proporcionasse ainda mais prazer e maior excitação. Fomos para o sofá, onde ela se apoiou com os braços no encosto enquanto eu pegava por trás. Ela enverga seu corpo para trás e, com seus braços, envolve-me a nuca, virando também seu rosto para que nos beijássemos por alguns instantes, mas sem permitir jamais que eu parasse qualquer um dos Meus movimentos pois não queria parar de sentir aquele vai e vem dentro dela. O sofá é grande e vistoso, com espaço suficiente para outras diversas posições. Nos deitamos de lado com a mão em sua cintura, e ela com a mão segurando minha nuca. — Vai! Vai! — Ela pede mais. Quer dentro? - Pergunto ao pé do ouvido. Quero. Derrama dentro de mim. Quero tudo. Solto um gemido alto, mas ela ainda precisa ser saciada. Então, eu continuo a fazer. — Isso! Isso! Vem. Aaaaah! Não para, por favor. — Eu a sinto mais e mais molhada e continuo meu ritmo, até que ela começa a se entregar. — Está vindo! Está vindo! Ai! Aaaaaaaaaah! — Ela solta um gemido alto, prova de que chegou ao seu ápice. Quando finalmente a última onda de prazer se dissipou, o silêncio que tomou conta da sala foi quase sagrado. O cansaço se fez presente, mas não como algo pesado. Era mais como uma tranquilidade, um suspiro de alívio após a tempestade, uma sensação de que estávamos exatamente onde deveríamos estar. Maya descansou sobre meu peito, os cabelos desordenados caindo sobre a pele ainda quente de nossos corpos entrelaçados. Suavemente, acariciei os fios dourados que já começavam a se ressecar, e, ao meu toque, ela se aninhou mais perto, como se quisesse se fundir ainda mais a mim. — Eu nunca vou me cansar disso — sussurrou ela, sua voz suave, embriagada de satisfação. Eu sorri, sentindo o coração bater de forma ritmada, tranquilo agora. Olhei para o teto, absorvendo o momento, e não pude deixar de pensar em como o que compartilhamos era algo que transcendia o desejo, algo que conectava nossos espíritos com uma profundidade que palavras não poderiam expressar. — E eu também — respondi, com a voz baixa, mas cheia de convicção. O som do relógio na parede marcou as horas com precisão, mas o tempo parecia diferente ali. Nada mais importava. Ficamos em silêncio por um bom tempo, apenas ouvindo a respiração um do outro, até que Maya se mexeu, olhou para mim com um sorriso leve e brincou: — Acho que estamos atrasados para o café da manhã. Eu ri baixinho, tocando seu rosto com a ponta dos dedos, antes de responder com um sorriso: — A gente tem o resto da vida para o café da manhã. E, nesse instante, soube que o resto da vida, de alguma forma, começava naquele exato momento, entre nossos olhares, nossos gestos e a promissora quietude do nosso refúgio. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
2/10/2025, 2:34:14 PM

Noite de sábado. Ao curtir uma publicação nos Stories do Instagram, vejo ela, com um jeito faceiro e rosto de menina travessa. Curto, pois ela disse que, se alguém tivesse um coração como primeiro emoji, receberia um presente, um segredo. O coração vermelho pulsa na tela, mas é o dela que imagino vibrando do outro lado, invisível, inatingível – ou talvez não. Minutos se passam, e a notificação chega como um sussurro no silêncio da noite. "Ayla Violetta enviou uma mensagem." Meu peito se contrai em uma expectativa insensata. Abro o chat, e lá está o presente prometido: uma única frase, um convite, uma promessa velada entre palavras. “Estou um pouquinho ocupada agora, mais se quiser me conhecer e me ver de um jeitinho especial, é só apertar no botão aqui embaixo amor... rs”. Meus olhos percorrem cada palavra, saboreando a intenção por trás delas. “Estou um pouquinho ocupada agora...” Um toque de mistério. “Se quiser me conhecer e me ver de um jeitinho especial...” Uma promessa embalada em desejo. “É só apertar no botão aqui embaixo, amor.” A tentação feita convite. O botão reluz na tela como uma porta entreaberta, um limiar para o desconhecido. Minha respiração se torna lenta, ponderada. Aperto? Não aperto? O dedo desliza sutilmente, hesitante por um segundo antes de tocar o inevitável. Clique. A tela escurece por um instante, e quando retorna, sou sugado para dentro do universo de Ayla. Cliquei para descobrir o que era. A tela piscou por um instante, e então, como num feitiço digital, fui transportado para um outro cenário, um espaço onde Ayla reinava absoluta. O vídeo começou. Lá estava ela, iluminada por uma luz suave, seus cabelos coloridos caindo em ondas sobre os ombros, um sorriso de canto que era metade brincadeira, metade provocação. Seus olhos — vivos, magnéticos — pareciam olhar diretamente para mim, como se soubessem do efeito que causavam. — Sabia que você ia apertar... — sussurrou, sua voz carregada de um veneno doce, um convite sem volta. Ela se inclinou levemente para frente, aproximando-se da câmera, tornando a distância entre nós um mero detalhe. O jeito de menina travessa contrastava com a sedução explícita no olhar. O coração acelerou no peito. Eu não sabia o que esperar a seguir, mas sabia de uma coisa: já estava entregue ao jogo dela. Vestida com uma camisola vermelha transparente, que deslizava sobre sua pele como um sussurro. O tecido fino revelava mais do que escondia, brincando com a luz suave do ambiente, desenhando sua silhueta como se fosse um sonho à beira da realidade. Ela se move devagar, consciente de cada detalhe, de cada olhar que provocaria. Uma alça escorrega pelo ombro, propositalmente distraída, enquanto seus dedos percorrem os próprios cabelos, como se desenhasse um convite invisível no ar. — Gosta do que vê, amor? — A voz dela chega baixa, sedutora, carregada de um jogo que só ela sabe jogar. E eu? Eu apenas assisto, preso à tela como se ela me tivesse puxado para dentro de seu mundo. Era só um clique. Agora, era muito mais do que isso. Primeiramente, ela abriu o laço da camisola, o gesto tão lento e sedutor que fez o ar ao redor se tornar denso, quase insuportável. O laço se desfaz, e o tecido vermelho escorrega suavemente por seus ombros, caindo como se fosse uma promessa, revelando aos poucos o contorno perfeito de seu corpo. A camisola, quase como uma segunda pele, se molda à sua figura, deixando muito pouco à imaginação, mas o suficiente para acender o desejo de forma voraz. Seus olhos, fixos nos meus, são como duas chamas que me consumem sem piedade. Ela não precisa de palavras, seus gestos falam por ela, e a tensão entre nós cresce a cada segundo. O movimento da camisola caindo, lentamente, é um convite irresistível, uma dança de sedução onde cada mínimo detalhe é calculado para me levar à beira da loucura. Ela dá um passo à frente, agora apenas com a camisola vermelha, suas mãos deslizam ao longo do próprio corpo, tocando sua pele, subindo e descendo com um ritmo que desafia a paciência. E então, ela se aproxima da câmera, a respiração mais ofegante, os lábios entreabertos. — Você está pronto para desvendar tudo, amor? — Ela pergunta, sua voz um sussurro rouco que atravessa a tela como um comando. A pergunta paira no ar, e, mesmo sem resposta, ela continua a se mover, com uma confiança inabalável, como se soubesse que já me perdeu, que eu já estava completamente à sua mercê. E eu? Eu me entreguei, sem reservas, a cada movimento, a cada gesto de Ayla. O movimento de Ayla é hipnotizante. Ela sabe que está no controle, e eu, por algum motivo, não desejo mais nada além de me perder no enigma de sua presença. Ela desliza para fora da câmera, e a tela escurece por um breve momento. O som de sua respiração chega, leve, mas carregado de uma tensão que pulsa no ar. Quando a imagem volta, ela está em pé, agora completamente despojada do que restava da camisola. Seus olhos brilham como se soubesse que está prestes a me consumir, que cada gesto seu é um convite para algo muito mais profundo, muito mais proibido. Seus braços se ergueram acima da cabeça, e seus seios se ergueram com eles, como se o mundo inteiro fosse apenas aquele instante, a suavidade de sua pele, a curva perfeita de seu corpo. Ela sorri com um toque de travessura e se aproxima da câmera, seus lábios vermelhos, convidativos, quase como uma ameaça, dizendo mais do que poderia qualquer palavra. — Você ainda está em dúvida, amor? — O som de sua voz é como uma melodia suave, mas, ao mesmo tempo, uma ordem silenciosa. Com um movimento suave, ela abaixa a câmera, e o que vejo em seguida é Ayla deitada sobre a cama, com as pernas ligeiramente abertas, como se estivesse me esperando. O espaço entre nós parece diminuir a cada segundo, e a única coisa que eu posso fazer é seguir o caminho que ela me preparou com tanta maestria. A tela se enche de luz suave, de um reflexo vermelho que parece irradiar de sua pele. A cada movimento, ela me chama mais perto, como se quisesse fazer com que eu me perdesse completamente em seu universo. — Não pense. Apenas venha. E nesse momento, já não há dúvidas, nem hesitações. Ela é o único pensamento em minha mente. O único desejo que agora existe. Fico a me tocar, sentindo um prazer todo meu, ao qual ela correspondia sem o menor pudor. Aquela sensação de antecipação toma conta de mim, algo entre o desejo e o mistério, como se o ar ao redor estivesse mais denso. A visão de Ayla me deixa completamente paralisado, como se sua presença fosse um feitiço, uma força irresistível que se infiltra nos meus sentidos. O cheiro dela, o som de sua respiração, tudo parece amplificado, como se o mundo ao redor tivesse sumido, e nós fôssemos os únicos a existir naquele espaço. Meus dedos, por um momento, hesitam, tocando a tela como se pudesse sentir sua pele através do vidro. Cada movimento meu parece em desacordo com o que o corpo realmente deseja, um campo de tensão entre o querer e o esperar. Sinto um calor crescente, que parte do meu peito e se espalha para as extremidades, cada batida do meu coração agora um tambor alto no silêncio da madrugada. E é nesse silêncio, nesse quase esquecimento do que existe além dela, que a sensação se torna mais forte. Cada segundo parece esticar, até que a distância entre o meu desejo e o que está diante de mim se dissolve por completo. Eu me deixo levar pela intensidade daquilo, pela loucura do momento, onde apenas ela e eu existimos. Chego ao meu ápice. O jogo de sedução entre Ayla e eu alcança seu clímax, mas, ao invés de um desfecho apressado, a tensão se dissolve suavemente, como uma brisa que acalma após a tempestade. A intensidade do momento se converte em um silêncio profundo, onde nossas respirações se encontram em perfeita harmonia. Ayla sorri, não de vitória, mas de cumplicidade, como se soubesse que esse instante é mais do que um simples encontro de corpos. É a fusão de dois mundos, a colisão de desejos guardados, que agora se transformam em algo mais sutil, mais íntimo. Ela se aproxima mais uma vez, e, sem palavras, seus dedos traçam linhas invisíveis ao longo de minha pele, como se quisesse memorizar cada curva, cada detalhe. O toque, agora suave, é um lembrete de que, por trás da intensidade, há um desejo de conexão, de algo mais que vai além do que os olhos podem ver. Com um último olhar, carregado de promessas e mistérios, Ayla se afasta lentamente, como se a cena tivesse terminado, mas as emoções e os sentimentos persistissem no ar, invisíveis, mas presentes. O brilho em seus olhos diz mais do que qualquer palavra poderia expressar. E, enquanto ela desaparece da tela, um sorriso se forma no canto dos meus lábios, como se eu soubesse que aquele momento, embora efêmero, ficará gravado para sempre na memória. E o que é o desejo, se não a promessa de algo mais? Algo que, mesmo quando se desfaz, deixa marcas profundas e inesquecíveis. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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