Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
February 17, 2025 at 12:46 PM
Manhã de chuva forte. Lá fora, ela cai sem trégua, enquanto em nosso quarto o calor da cama e do edredom nos mantém aquecidos. O despertar é cheio de carinho, trocas de olhares. Nenhuma palavra é dita nesse momento. Apenas a observo e toco seu rosto levemente com as costas da minha mão. Quando ela abre os olhos e se espreguiça, deixando todo aquele sono abandonar seu corpo, ela afaga meu rosto. Seus dedos percorrem minha barba de leve, como se quisesse memorizar cada detalhe do meu rosto. Meu olhar desliza pelo seu corpo sem pressa, acompanhando a curva do seu pescoço, os ombros desnudos, a pele aquecida pelo calor do nosso refúgio. Ela sorri de canto, sabendo exatamente o efeito que tem sobre mim. — Ainda está chovendo? — ela pergunta, a voz rouca da manhã. — Está… forte — respondo, enquanto minha mão desliza pelo seu braço, explorando sua pele arrepiada. A chuva castiga a janela, mas aqui dentro o mundo é só nosso. Ela se aproxima, encostando seu corpo ao meu, e o calor dela me invade, despertando um desejo silencioso, preguiçoso, mas intenso. Minha mão desliza por sua cintura, sentindo sua pele macia sob meus dedos. Ela suspira, fechando os olhos por um instante, rendendo-se ao toque. O beijo que trocamos é lento, cheio de intenção, sem pressa alguma de acabar. As mãos dela se aventuram sob o edredom, deslizando por minhas costas, enquanto a proximidade de nossos corpos faz o desejo crescer. O dia lá fora segue chuvoso, mas aqui dentro, só o calor do nosso prazer importa. O tempo parece não existir enquanto exploramos um ao outro, entre lençóis, entre sorrisos e beijos prolongados. A chuva é nossa trilha sonora, e o amor acontece sem urgência, como um segredo compartilhado ao amanhecer. Nossos rostos se aproximaram e logo nos rendemos ao primeiro beijo. Suave no início, como um despertar lento e preguiçoso. Mas logo as bocas se moldaram uma na outra, e a necessidade de sentir mais cresceu entre nós. Minhas mãos deslizaram para suas costas nuas, trazendo-a ainda mais para perto, enquanto suas pernas se entrelaçavam às minhas, como se buscassem se fundir. O edredom deslizou pelo seu corpo, revelando sua pele aquecida, o contraste perfeito com o frio que insistia em se insinuar pela manhã chuvosa. Ela se aconchegou sobre mim, e o peso do seu corpo me trouxe uma deliciosa sensação de posse e entrega. Seus lábios percorreram meu pescoço, deixando beijos mornos e molhados, enquanto suas unhas traçavam um caminho arrepiado pelo meu peito. Minha respiração se tornou pesada, e ao encontrar seus olhos brilhando de desejo, soube que não havia mais volta. O dia mal havia começado, mas já estávamos entregues um ao outro, consumidos pelo prazer que apenas nós dois sabíamos compartilhar. O ritmo foi se intensificando, nossos corpos se encaixavam no compasso perfeito, e os gemidos baixos se misturavam ao som da chuva lá fora. O tempo parecia ter parado, e tudo o que importava era o calor, a pele, o toque e a explosão de sensações que nos envolvia. E assim, naquela manhã chuvosa, antes mesmo de o dia realmente começar, já havíamos nos perdido e nos encontrado um no outro inúmeras vezes. Suas unhas deslizaram pelas minhas costas, deixando um rastro de arrepios que me fez estremecer sob seu toque. O roçar de nossos corpos, o calor da pele contra pele, o desejo pulsante que nos movia—tudo se tornou um só elemento, uma dança silenciosa onde apenas os suspiros e gemidos eram testemunhas. Ela se ergueu sobre mim, as mãos apoiadas em meu peito, e um sorriso malicioso se desenhou nos seus lábios entreabertos. Seu olhar faiscava sob a luz fraca da manhã chuvosa, e eu sabia exatamente o que aquele brilho significava: ela queria brincar, me provocar, esticar aquele momento até que eu perdesse completamente o controle. E assim o fez. Movimentos lentos, controlados, como se quisesse prolongar o prazer até o limite da insanidade. Minhas mãos deslizaram por suas coxas, apertando sua pele macia, incentivando-a a se entregar ainda mais. Seu corpo se movia no compasso da chuva lá fora, um ritmo sensual e hipnotizante que me fez cravar os dedos em sua cintura. Eu a puxei para mim, fazendo-a perder o equilíbrio e cair contra meu peito. Tombei-a na cama, invertendo nossos papéis, e percorri seu corpo com beijos demorados, saboreando cada pedaço dela, cada curva, cada suspiro escapando por seus lábios. O desejo crescia a cada toque, cada investida nos levava mais fundo naquele mar de sensações, e logo estávamos imersos, nos afogando um no outro, em ondas de prazer que vinham e iam, se intensificando. Seu corpo estremeceu de encontro ao meu, um gemido longo e manhoso escapando por seus lábios, e eu a segui logo em seguida, enterrando o rosto em seu pescoço, sentindo o pulsar acelerado de seu coração contra o meu. Desci minha boca em sua pele em brasas, enquanto seus braços me envolviam. Minhas mãos tocaram seus seios, enquanto meus lábios os sentiam. Ela arqueou o pescoço, um gemido suave escapando de seus lábios enquanto seus dedos se enrolavam em meus cabelos, guiando meu movimento. Cada toque, cada beijo, cada suspiro nos trazia ainda mais próximos, como se o mundo exterior não existisse. Ela se achou sobre mim, seus olhos brilhando de desejo e controle. Seus lábios encontraram os meus em um beijo profundo e passional, enquanto suas mãos exploravam minha pele, deixando traços de fogo em seu caminho. A chuva continuava a castigar a janela, criando um ritmo hipnotizante que batia em sincronia com nossos corpos. Ela se ergueu de novo, seus olhos jamais deixando os meus, enquanto se movia com uma sensualidade que me deixava sem fôlego. Minhas mãos deslizaram por suas costas, sentindo cada curva, cada movimento. Ela se inclinou, seus cabelos caindo em um véu ao redor de nós, e sussurrou na minha orelha: — Quero sentir você completamente. A respiração se tornou mais rápida, os corpos se aproximaram, e o desejo cresceu até o ponto de explosão. Nossos gemidos se misturaram ao som da chuva, criando uma sinfonia de prazer que nos envolvia completamente. O tempo parou, e tudo que importava era o calor, a pele, o toque e a explosão de sensações que nos consumiam. De repente, ela se virou, oferecendo-me sua espalda. Com um movimento rápido e seguro, eu a peguei de costas, meus braços a envolvendo firmemente. Ela se deixou levar, seu corpo se moldando ao meu enquanto sentia a força e o controle de minhas mãos. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente, e o desejo intensificou-se ainda mais. Ela se aconchegou contra mim, seus gemidos se misturando ao som da chuva. O ritmo do nosso movimento era hipnotizante, cada investida trazendo-nos mais fundo naquele mar de sensações. O tempo parecia ter parado, e tudo que importava era o calor, a pele, o toque e a explosão de prazer que nos envolvia. O clímax foi explosivo, cada nervo do nosso corpo vibrando com a intensidade do prazer. Nossos gemidos se misturaram ao som da chuva, criando uma sinfonia de paixão que nos envolvia completamente. O tempo parecia ter parado, e tudo que importava era aquele momento, aquela conexão, aquela explosão de sensações. Com um movimento lento e controlado, eu entrei nela, sentindo cada centímetro dela se apertar ao meu redor. O prazer era intenso, e nossos corpos se moviam em perfeita harmonia. Ela levantou as pernas, enrolando-as em minhas costas, me puxando mais fundo dentro dela. E assim, naquela manhã chuvosa, antes mesmo do dia realmente começar, já havíamos nos perdido e nos encontrado um no outro inúmeras vezes. O desejo, o prazer, e a conexão entre nós eram tudo o que existia. Exaustos, permanecemos ali, entrelaçados, ouvindo apenas o som da respiração ofegante e a chuva incessante lá fora. O calor dos nossos corpos contrastava com o frescor que se insinuava pelo quarto, e, por um momento, o tempo pareceu suspenso entre a realidade e o sonho. Ela sorriu, o olhar satisfeito e lânguido, os dedos desenhando círculos preguiçosos no meu peito. Eu a abracei, sentindo seu coração pulsar junto ao meu, sincronizados ainda na mesma batida de desejo e entrega. — Acho que vamos nos atrasar hoje — ela sussurrou, brincando com uma mecha dos meus cabelos. — Não me importo — respondi, selando nossas bocas em um beijo lento e cúmplice. A manhã ainda se arrastava lá fora, cinzenta e fria. Mas aqui, no calor da nossa cama, no refúgio do nosso prazer, o tempo não importava. E enquanto a chuva continuava sua melodia lá fora, nós simplesmente nos permitimos ficar, sem pressa, sem obrigações — apenas sendo um do outro, outra vez. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

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