
canaldoadventista
May 18, 2025 at 12:51 PM
Bebê reborn?
O que falta na sociedade que está deixando pessoas tão carentes que adotam bonecos como filhos?
Você já viu um bebê reborn? Um boneco de silicone, olhos fechados, cílios minúsculos, bochecha de algodão. Tão real, que engana até o colo da saudade. E eu fico pensando: em que buraco emocional caímos, que agora tentamos preencher o vazio com bonecos que imitam vida, mas não respiram? Já percebeu? No shopping, na rua, tem mãe de reborn com carrinho, manta, fralda e nome bordado no peito. Só falta chorar – mas, quem sabe, o choro não está em quem empurra o carrinho?
Pausa. Não é loucura, é carência. É o eco de um mundo que troca afeto por notificações, conversa por emojis, abraço por “curtidas”. A tecnologia avança, mas o toque recua. E, nesse abismo de relações líquidas, cada um inventa o próprio remendo para as costuras rasgadas do coração. Gente que adota boneco, gente que fala com o espelho. Pergunta: o que aconteceu com a família, com o amigo do portão, com o vizinho do cafezinho? Viraram stories de 15 segundos, lembranças evaporadas em nuvem.
Ei! Psiu! Olha à sua volta. Quantos lares cheios de eco, mesas com talheres de sobra, vozes engolidas pelo silêncio do WhatsApp? Adoção de bonecos não é doença – é sintoma. Sintoma de um tempo em que a maternidade virou produto, o amor é terceirizado, e a solidão bate ponto até em casa cheia. Dá pra culpar alguém? Num mundo que cobra sucesso, performance e autonomia, quem aguenta ser frágil? Então, simula. Borda nome na manta do reborn, inventa filho sem parto, maternidade sem entrega. Não julgue: talvez seja o único abraço possível pra quem já não espera retorno.
E a fé? O que a Palavra diz? “Deus faz com que o solitário viva em família” (Sl. 68:6). Mas quando a família falta – ou fere –, o coração arranja substitutos. Só que boneco não responde, não cresce, não devolve amor. Pode aliviar o vazio, mas não o preenche. Falta afeto real, toque genuíno, conversa sem script. O reborn vira metáfora do nosso tempo: seres humanos brincando de sentir, mas sem se deixar amar de verdade.
Conclusão? O bebê reborn é só o retrato de uma sociedade órfã de vínculos verdadeiros. E você, vai continuar colecionando ausências, ou vai buscar presença real? Ainda dá tempo de trocar bonecos por abraços, likes por afeto, rotina por reencontros. Porque, no final, só quem ama de verdade é que vive – e faz viver.

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