*BTG | Análise Técnica* *FX Technicals | 10 de Junho de 2025* *Real brasileiro fecha a última semana abaixo dos 5,6000, finalmente... (USDBRL)* O par fechou a última semana com queda de 2,99%. A tendência de médio prazo do USDBRL é de baixa, e os vendedores voltaram a ganhar força no curto prazo, forçando o primeiro fechamento abaixo dos 5,6000 desde out-24, No gráfico semanal, observamos a formação de uma figura técnica de “head and shoulders”, sugerindo uma reversão de médio prazo de alta para baixa. A tendência dos tempos gráficos maiores pode ser visualizada de forma mais clara por meio do “Keller Trend Model” - modelo baseado em médias móveis que indica as tendências de curto, médio e longo prazo. A explicação detalhada do modelo está no anexo ao final do relatório. Ele aponta os seguintes sinais: • A tendência de longo prazo (linha roxa) reverteu de alta para baixa desde jan-25; • A tendência de médio prazo (linha verde) voltou a ser de baixa desde o início de jun-25; • A tendência de curto prazo (linha azul) reverteu de alta para baixa na última semana. A análise do Volume Profile (perfil de volume), desde junho de 2024, permite identificar as regiões de maior concentração de negociações no dólar futuro (barras horizontais mostram a quantidade de negócios distribuída em cada nível de preço). O indicador revela que a faixa de maior volume negociado entre junho de 2024 e junho de 2025 ficou entre 5.645,0 e 5.724,0, reforçando essa região como um nível de intensa disputa entre compradores e vendedores. Abaixo dessa faixa de volume, observa-se um "vazio gráfico" até os níveis de 5.430,0 e 5.510,0, indicando que as regiões intermediárias despertaram pouco interesse de negociação nos testes anteriores. A conclusão que se pode tirar, com base no volume de negociação, é que, caso o mercado continue registrando fechamentos consecutivos abaixo dos 5.600,0, o próximo nível de “interesse de negociação anterior” se encontra apenas abaixo dos 5.510,0 — representando, assim, um "caminho livre" para a continuidade da queda do par. Naturalmente, o indicador não deve ser analisado de forma isolada; é importante interpretá-lo à luz de outros elementos técnicos. Por fim, a análise do gráfico diário permite consolidar nossa visão técnica para o par, incorporando os elementos do price action observados no curto prazo. No gráfico diário, o preço formou dois topos mais baixos que os anteriores: em 6,0000 (abr/25) e 5,7400 (mai/25). As médias móveis de 21 e 50 dias apresentam cruzamento de baixa, sugerindo a dominância da ponta vendedora. Observamos também a atuação da média móvel de 50 dias como resistência desde maio de 2025, o que reforçou nosso viés de queda nas últimas semanas. Nesse período, o preço consolidou-se entre 5,6000 e 5,7500, mantendo a falha nos rompimentos de topos anteriores e apresentando amplitudes maiores nos dias de queda em comparação aos dias de alta. O price action recente confirma o rompimento do suporte mencionado, com uma sequência de máximas e mínimas descendentes e pouca reação da ponta compradora. *Insight:* Nossa expectativa é de novas quedas para o par, caso ele continue operando abaixo da média móvel de 21 dias. A confluência dos fatores técnicos do par com um contexto que ainda indica tendência de baixa no DXY faz com que não existam vetores suficientemente fortes para sustentar um movimento de recuperação do dólar global. O fato de a região dos 5,6000 ter atuado como suporte por tanto tempo gera um efeito duplo com o rompimento desse nível: de um lado, há o aumento de novas posições apostando na queda do par; de outro, ocorre o acionamento de stops de posições compradas, em um cenário de continuidade da tendência de baixa. Dito isso, nossa expectativa é que o par teste a região de consolidação anterior, formada entre julho e setembro de 2024, na faixa entre 5,4000 e 5,4500. Confira o relatório completo: https://l.btgpactual.com/4kX2Faz