☝️ Pela primeira vez no mundo, alguém está processando a indústria dos ultraprocessados por danos físicos, emocionais e financeiros. É o que o adolescente Bryce Martinez, 18, está fazendo. 📑 No final de 2024, ele entrou com uma ação judicial contra onze indústrias de ultraprocessados nos Estados Unidos no final de 2024. A queixa alega que Martinez consumiu refrigerantes, cookies, salgadinhos e demais produtos ultraprocessados desde a infância e que, por isso, ele tem diabetes tipo 2 e doença hepática gordurosa não-alcoólica desde os 16 anos. 👩🏽‍⚖️ Caso a corte da Pensilvânia aceite, as corporações Kraft Heinz, Mondelez, Post Holdings, Coca-Cola, PepsiCo, General Mills, Nestlé, Kellanova, WK Kellogg, Mars e ConAgra podem se sentar no banco dos réus. A audiência está marcada para 1º de agosto. 💬 Na avaliação de Rene Rocha, advogado de Martinez, a visibilidade que o Judiciário pode dar ao assunto tem capacidade de influenciar uma regulação mais firme: “Quando as indústrias começarem a sentir no próprio bolso, é aí que as mudanças acontecerão. Por exemplo, a maior parte das ações governamentais para lidar com os danos causados pela indústria do cigarro surgiu de litígios”, defende. 🔍 O Joio leu boas páginas do processo, conversou com advogado do caso e ouviu especialistas que reconhecem o potencial do caso, mas ponderam as dificuldades de comprovação dos danos causados por ultraprocessados diante do júri. 🔗 Explicamos as diferenças entre os sistemas jurídicos dos EUA e do Brasil e os exemplos de casos ligados à indústria do cigarro em nova reportagem: https://bit.ly/44NVb56