
Devocional do Abreu 📜
May 18, 2025 at 08:34 AM
Relação entre Salmos 1:2 e Romanos 12:2
“Ao contrário, a sua satisfação está na lei do Senhor, e na sua lei medita dia e noite.”
Salmos 1:2 NVI
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem‑se pela renovação da sua mente, para que vocês experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos 12:2 NVI
Charles H. Spurgeon descreve o “contraste espiritual” em Salmos 1:2 como a diferença fundamental entre o justo, que encontra prazer na lei do Senhor e medita nela dia e noite, e o ímpio, que segue o “conselho dos perversos”.
Para Spurgeon, o justo (crente) é definido por uma mente saturada da Palavra de Deus, que ocupa seus pensamentos continuamente. Essa meditação é uma “santificação da mente”, protegendo-o das influências pecaminosas do mundo. O ímpio, por outro lado, é guiado por valores e conselhos contrários à vontade de Deus, resultando em uma vida instável e sem fruto espiritual (Salmos 1:4-5).
A chave do contraste espiritual está na fonte de orientação: a Palavra de Deus versus as ideias humanas ou pecaminosas. O justo rejeita ativamente os caminhos do mundo, preenchendo sua mente com as verdades de Deus. Isso nos lembra Romanos 12:2, não?
Romanos 12:2 enfatiza a rejeição ao mundo, renovação da mente e a experimentação da vontade de Deus.
O crente não deve se moldar aos padrões do mundo, que refletem valores temporais, pecaminosos ou contrários à vontade de Deus. Pelo contrário, ele deve ser transformado por meio de uma mudança contínua e incessante na forma de pensar, alinhando a mente com a verdade de Deus, revelada na Escritura. O resultado disso é uma vida que discerne e vive segundo os propósitos de Deus, produzindo fruto espiritual.
Em Salmos 1:2, o justo evita o “conselhos dos ímpios”, o “caminho dos pecadores” e a “companhia dos zombadores”, escolhendo, em vez disso, a lei do Senhor. Spurgeon vê isso como uma escolha deliberada de não se conformar aos valores do mundo, semelhante ao mandato de Paulo em Romanos 12:2.
Spurgeon enfatiza que a meditação contínua na lei do Senhor “santifica a mente”, moldando os pensamentos e desejos do justo. Isso é paralelo à “renovação da mente” em Romanos 12:2, onde a transformação ocorre pelo engajamento com a verdade divina, que é mediada pelas Escrituras e pelo Espírito Santo.
O fruto de uma vida centrada em Deus e saturada da Palavra está em Salmos 1:3, onde o crente que medita na Bíblia é comparado a uma árvore frutífera, estável e próspera. Spurgeon conecta isso à vida frutífera do crente que vive para a glória de Deus. Da mesma forma, Romanos 12:2 promete que a renovação da mente leva à experimentação da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, resultando em uma vida que glorifica a Deus e beneficia os outros.
Portanto, ambos os textos reforçam a centralidade da Bíblia e a soberania de Deus na transformação do crente. Spurgeon, como um batista reformado, via a meditação na Palavra como o meio pelo qual o Espírito Santo opera a santificação, um conceito alinhado com a renovação da mente em Romanos 12:2.
Ambos os textos destacam a necessidade de uma ruptura ativa com os padrões pecaminosos do mundo, o papel da Palavra de Deus como instrumento de transformação espiritual e a dependência do Espírito Santo para capacitar o crente a amar e obedecer a Deus.
Concluindo, o contraste espiritual de Spurgeon em Salmos 1:2 — entre o justo que medita na Palavra e o ímpio que segue conselhos mundanos — ressoa com Romanos 12:2, onde Paulo exorta o crente a rejeitar a conformidade com o mundo e buscar a renovação da mente pela verdade divina. Ambos os textos apontam para uma vida transformada pela Palavra, que rejeita os valores pecaminosos e produz fruto para a glória de Deus, um princípio central na vida do crente.
1577.
17.05.2025.
Soli Deo Gloria.