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Devocional do Abreu 📜

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About Devocional do Abreu 📜

A beleza e a verdade de Jesus estão reveladas, mas é preciso buscá-las prioritária e intencionalmente, e, à medida que as encontrarmos, seremos transformados à Sua imagem. Assim, sua luz resplandecerá em nosso rosto, seremos revestidos por sua graça e sua verdade guardará e guiará o nosso coração. Junte-se a mim nessa busca, leia um dos meus devocionais.

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5/19/2025, 1:40:45 PM

https://youtu.be/iwEmTsRD6Kw?si=uXzuxoX_itnO2U0t

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5/19/2025, 10:59:37 AM

R.C. Sproul "Por que acontecem coisas ruins com pessoas boas? Bem, isso só aconteceu uma vez, e ele, essa pessoa boa, se ofereceu como voluntário." A cosmovisão mundana faz o ser humano considerar que dentre 8 bilhões de pessoas há muitas que sejam boas. Mas pela perspectiva de Deus, ninguém é inerentemente bom, porque seu padrão de bondade consiste no seu caráter, onde Ele é inerente, perfeita e puramente bom. Se Deus fosse sádico, Ele riria das pessoas que se consideram ou que consideram outras boas. Por considerarem que existem pessoas boas, como eu já considerei quando minha mente era moldada ao padrão mundano, alguns frequentemente questionam os cristãos, a Bíblia e a Deus, perguntando por que coisas ruins acontecem a pessoas boas. A resposta clara e objetiva é que isso não acontece. Coisas ruins acontecem a pessoas ruins, ponto. A única coisa ruim que aconteceu a uma pessoa boa foi a morte de Cristo, o único em toda a história da humanidade que era bom em sua essência e que não se corrompeu pelo pecado. E mesmo essa coisa ruim só aconteceu porque ele se ofereceu para sofrer por nós, pessoas ruins. Essa é uma das verdades do evangelho. Nem todos aceitam. Na verdade, nem todos têm fé para confiar na revelação de Deus. E, de certo modo, está tudo bem, no sentido de que nem todos crerão. Mas, quem crê, precisa alinhar sua mente, seu coração, suas convicções, seu conhecimento e sua cosmovisão com a de Deus, para estar preparado para pregar e testemunhar o evangelho de forma digna, assertiva, coerente e eficaz. Pois, se alguém nos pergunta por que pessoas boas sofrem coisas ruins e consideramos que é assim mesmo, mesmo crendo em Cristo, permanecemos no engano tanto quanto o descrente. A principal coisa ruim que aconteceu a alguém bom foi a cruz, e quando alguém questiona sobre isso é uma enorme oportunidade de falar do sacrifício de Jesus por essa pessoa. A mensagem da cruz é central, e ela alcançará todos aqueles que aprouver a Deus alcançar. Pregar a mensagem da cruz para alguém é uma ferramenta que Deus pode usar em seu processo de regeneração e conversão do seu povo. Mas, se nossa cosmovisão estiver alinhada com a do mundo, como teremos discernimento para responder perguntas assim? Eu mesmo já fui perguntado a respeito disso e não dei uma resposta satisfatória. Por isso é preciso sempre buscarmos encher a nossa mente com a Palavra de Deus, para que nossa mente seja renovada pela Verdade e nossa cosmovisão seja o mais parecida possível com a de Deus. Assim, o Espírito Santo terá mais conteúdo e liberdade para nos guiar e orientar, embora Ele possa fazer isso de maneiras que não compreendemos. Porém, temos que fazer nossa parte e mergulhar na Palavra, para que nossos enganos sejam desfeitos e sejamos capacitados para, de algum modo, “desfazer” o engano dos outros, ou pelo menos, lhes mostrar a verdade bíblica — se crerão ou não, não é responsabilidade nossa. 1578. 18.05.2025. Soli Deo Gloria.

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5/20/2025, 11:18:09 AM

1Coríntios‬ ‭2‬:‭16‬ ‭NVI‬‬ ““pois quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí‑lo?” Nós, porém, temos a mente de Cristo.” ‭‭ O que significa ter a mente de Cristo? Será que é saber tudo o que Ele sabe ou ter acesso ilimitado a todo o conhecimento em todas as áreas? Do que Paulo está falando aos Coríntios? Para Paulo, ter a mente de Cristo significa ter a capacidade espiritual de discernir e compreender as coisas de Deus por meio da presença iluminadora do Espírito Santo. Não se trata, infelizmente, de ter uma mente completamente santa e pura, embora devamos buscar isso ao máximo. João Calvino (1509-1564) explica, em seu comentário sobre esse versículo, que Paulo não afirma que temos a mente de Cristo em sua totalidade, mas apenas na medida que nos é concedida pelo Espírito para compreender as coisas espirituais. Já Charles Hodge (1797-1878) adiciona, por assim dizer, que a mente de Cristo não é nossa por natureza, isto é, não nascemos com ela, mas é comunicada ou concedida pelo Espírito, para que possamos discernir as verdades do evangelho e viver de acordo com elas. O teólogo puritano John Owen (1616-1683) afirma que o Espírito de Cristo opera em nós para que possamos pensar os pensamentos de Cristo, não por nossa sabedoria, mas por sua graça soberana. O resumo disto é que ter a mente de Cristo não quer dizer que nascemos com ela, nem que a conquistamos com o nosso esforço e conhecimento, tampouco que a possuímos em sua totalidade. Ter a mente de Cristo é uma graça, um dom, um presente dado por Deus para aqueles a quem Ele regenerou e deu uma nova natureza, a de Cristo. Por que Ele nos deu esse presente? Porque nós éramos, em nosso estado não regenerado, mentalmente incapazes de compreender a Deus e entender as Escrituras, pois isso só possível pela iluminação do Espírito, que é dom de Deus. É importante salientar que a capacidade dos crentes de discernir as verdades espirituais, por ter a mente de Cristo, permanece dentro dos limites da revelação bíblica e da vontade de Deus. Não temos a mente de Cristo para “adivinhar” o futuro, por exemplo, ou para ter acesso a um conhecimento obscuro. Temos a mente de Cristo para discernir coisas espirituais, dentre elas, nossa incapacidade de obter salvação pelos próprios meios, nossa depravação total e completa necessidade de um Salvador, que é Cristo. Essas três verdades, e todas as outras do evangelho, só podem ser compreendidas e aceitas por aqueles que têm a mente de Cristo, e é para isso que eles a têm. Outra implicação, além de discernir as coisas espirituais, de ter a mente de Cristo é o alinhamento dos nossos pensamentos e ações com a vontade revelada de Deus. Voltamos a devocionais anteriores sobre Salmos 1:1-2, onde o justo, o crente tem prazer na Lei do Senhor e medita nela continuamente, e quanto mais medita mais a mente de Cristo se fortalece ou é formada nele pela ação do Espírito. A Bíblia é, portanto, o material usado pelo Espírito para forjar a mente de Cristo em nós; isso destaca a necessidade de termos uma mente saturada pela Palavra, como falado em devocionais passados. Esse devocional reforça a centralidade da Escritura, a soberania de Deus em tudo o que acontece conosco e a necessidade da graça para a compreensão espiritual. Reflexão para todos nós: temos a mente de Cristo para discernir e compreender as Escrituras e ter uma vida parecida com a dEle, estamos fazendo isso? 1580. 19.05.2025. Soli Deo Gloria.

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5/19/2025, 1:41:18 PM

Essa pregação tem a ver com Salmos 1:1-2, sobre os quais escrevi recentemente

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5/17/2025, 12:28:11 PM

Gerenciamento de emoções para evitar o caminho dos pecadores Minhas emoções ainda ditam muito minhas ações, o que me leva a cometer muitos pecados. Esse é o cerne da questão da minha vida. Foi muito tempo de reflexão e conversa com Deus, embora não contínuas, para chegar a essa resolução que pode parecer simples para alguns. Mas ser guiado pelas emoções não é coisa de crente, de discípulo de Jesus. Quem anda por esse caminho são os ímpios. Mudança é necessária. As emoções são geradas no nosso íntimo, por assim dizer, no nosso coração, no mesmo sentido em que Jesus diz que a boca fala do que o coração está cheio e que o Sábio fala para guardá-lo, pois dele procedem as saídas da vida. Entendo melhor isso agora. Como transformar esse coração? Obviamente tudo começa pelo toque do Espírito Santo, prometido na nova aliança, que troca o coração de pedra por um de carne, vivificando e regenerando a alma, em seguida nasce o desejo de conhecer a Deus, o prazer na sua lei (a Bíblia como um todo) e a busca por santificação. A santificação, em outras palavras, a mudança do coração, acontece por meio da disciplina, da meditação nas Escrituras, da renovação da mente e internalização das verdades bíblicas e da vontade de Deus. Esse processo nos transforma e nos ajuda a gerenciar melhor nossas emoções, vendo o mundo pela perspetiva de Deus e agindo de modo mais parecido com Jesus, mesmo quando as emoções tentam nos levar por outro caminho. Assim, não é sobre ignorar, se esconder ou fugir das emoções, mas saturar a nossa mente com a Palavra de Deus, que é a ferramenta pela qual o Espírito Santo nos santifica e nos ajuda a lidar com as batalhas da vida, sobretudo quando elas surgem ou acontecem na nossa própria mente. Assim, uma mente vazia da Palavra de Deus é muito frágil, sensível e instável e facilmente levada ao colapso pelas adversidades, que algumas vezes nascem nela mesma. Rotineiramente fazemos tempestade em copo d’água, nos ofendemos e nos descontrolamos facilmente, tudo porque não gerenciamos bem o nosso tempo, quando priorizamos tudo, menos o relacionamento com Deus por meio da Palavra, da oração e do Espírito. Não há outro caminho: se desejo gerenciar bem minhas emoções e pecar menos, tenho que me relacionar mais com Deus. O intermediário dessa relação é o Espírito Santo, que intercede por mim e que usa a revelação de Deus para me ensinar, disciplinar, fortalecer, estabilizar, consolar e gerar frutos, como o domínio próprio, que me faz evitar muitos pecados. A graça de Deus, a ação do Espírito Santo e a volta às disciplinas espirituais me ajudarão a gerenciar as minhas emoções e pecar menos. Ajudarão a qualquer um que reconhecer e confessar suas falhas e fraquezas, pois não há quem não as tenha. Eu havia acabado esse texto no ponto final. Então fui dar prosseguimento ao meu hobby de aprender louvores em inglês. Eis um trecho traduzido da música que estou aprendendo, que se alinha com o que foi escrito: “Ceder aos seus sentimentos é como se afogar nas sombras”. A conotação na música é outra, mas a frase se encaixa dentro do que escrevi, pois ceder às emoções realmente nos leva a muitos pecados, às sombras. 1576. 16.05.2025. Soli Deo Gloria.

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5/20/2025, 12:38:15 AM

O que significa Deus ter ciúmes de mim? Não. Deus não é uma adolescente enciumada e insegura com o seu namorado. O ciúme de Deus é diferente e se baseia no seu caráter, natureza, santidade, soberania e relacionamento com o seu povo. O amor de Deus pelo seu povo é zeloso, e, por isso, Ele tem ciúme dele. O ciúme de Deus é um atributo que reflete justamente esse amor zeloso, além de Sua exclusividade em relação à adoração e a fidelidade exigida da nossa parte na nova aliança firmada no sangue de Jesus. O ciúme ou zelo de Deus pelo seu povo é citado em diversos textos, como: Êxodo 20:5, 34:14; Deuteronômio 4:24; Josué 24:19; Zacarias 8:2 e Tiago 4:5. Nestes textos, o termo hebraico para “ciúme” (qanna) implica um zelo ardente por algo que é seu por direito, uma paixão exclusiva que Deus tem por seu povo e pela glória de seu nome. Não é um ciúme humano, marcado por insegurança, inveja ou mesquinhez, mas um zelo santo que exige fidelidade total, pois Deus é o único digno de adoração. Que conforto, prazer e alegria encontramos ao estudar a Palavra de Deus e compreender suas nuances e detalhes. O zelo ou ciúme de Deus por nós reflete seu grande amor. Se somos capazes de nos sacrificar e nos dedicar por quem amamos, imagina Deus? Cristo é a prova do amor zeloso de Deus e aquele que nos santifica para adorarmos e glorificarmos esse Deus tão maravilhoso. Os ciúmes de Deus são compreensíveis. Ele fez tanto por nós! E é digno de toda a nossa adoração, amor e deleite. O coração de Deus é muito machucado e entristecido quando viramos nossas costas para Ele e adoramos outras coisas. Isso não significa que Deus é carente. Ele é completamente Santo e o único digno de ser adorado. Deus não tolera rivais porque é o único Criador e Redentor. O ciúme dEle é um chamado à adoração exclusiva e à obediência ao primeiro mandamento. Além disso, o ciúme de Deus é também uma demonstração de seu amor, pois Ele deseja proteger seu povo da destruição que a idolatria traz. O ciúme de Deus não é como o humano, egoísta, mas protetor, pois a idolatria leva à ruína. O ciúme de Deus é um convite para buscarmos uma comunhão íntima com Ele, rejeitando ídolos. O amor zeloso de Deus é o traço do caráter dEle responsável pela nossa salvação. Isto é um conforto e uma segurança para nós. Se Deus intentasse nos rejeitar, Ele o teria feito a milhares de anos atrás. Pense no amor que você sente por alguém e no quanto você deseja preservar e proteger essa pessoa do mal, do perigo e da morte, o amor ciumento de Deus por você é infinitamente maior, mais puro e mais zeloso que o seu. A pergunta inicial era: O significa Deus ter ciúmes de mim? E a resposta é que Ele me ama de forma profunda, irretocável e zelosa, desejando o meu bem. O meu bem maior é ser conformado à imagem de Cristo, ser parte da sua Igreja, o seu corpo, a sua noiva, a quem ama zelosamente, sacrificando-se por ela, ter minha satisfação nEle e na sua Palavra e corresponder a todo esse amor com adoração e fidelidade. Deus tem ciúme de mim porque eu faço parte da sua Igreja, do seu povo, da sua nação santa, do seu sacerdócio real, porque, graças a Deus, eu sou sua propriedade redimida. Saber disso é tanto um lembrete do valor que possuo para Deus quanto uma responsabilidade de viver para a glória dEle e não ter outros deuses diante dEle, vivendo em santidade e adoração genuína a Ele, como falam os textos mencionados. 1579. 18.05.2025 Soli Deo Gloria.

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5/22/2025, 2:54:09 PM

Gênesis‬ ‭11‬:‭10‬ ‭NVI‬‬ “Este é o registro dos descendentes de Sem: Dois anos depois do dilúvio, aos cem anos de idade, Sem gerou Arfaxade.” ‭‭ Segundo alguns teólogos, Gênesis 11:10-26 serve para conectar a narrativa do dilúvio à história patriarcal, mostrando como Deus preserva um remanescente fiel para cumprir Seus propósitos redentores. Precisamos lembrar de como quase todo o mundo daquela época, depois do dilúvio, se reuniu e contribuiu para construir uma cidade e uma torre que chegasse aos céus, a Torre de Babel, e como eles se rebelaram contra Deus assim como a geração anterior ao dilúvio se rebelou. Assim como Deus preservou e elegeu Noé como instrumento para cumprir seus propósitos, Sem também é utilizado dessa forma, sendo o progenitor de Abraão, Davi e Jesus. Em sua soberania, Deus escolheu Sem como portador da promessa em meio a uma geração rebelde. Por que tantas genealogias? Herman Bavinck (1854-1921) era um grande teólogo, e ele afirmou que a genealogia é uma expressão da graça eletiva de Deus, que seleciona indivíduos e famílias para avançar Seu plano de salvação. Outro teólogo, Geerhardus Vos (1862-1949), adiciona que elas são parte da revelação progressiva de Deus, que estabelece a base para a aliança com Abraão. Existe uma espécie de linha de bronze que conecta Abraão, o patriarca de Israel, a Adão, para trás, e a Jesus, para frente. Eu já escrevi sobre isso no devocional 1561 de 30 de Abril, sobre a aliança que Deus fez com Abraão e como Jesus, seu descendente, cumpriu as exigências da Lei e trouxe as promessas de Deus, cumprindo o que Ele prometera, que Abraão seria benção para as nações. O fato de crermos em Cristo nos faz descentes de Abraão, pessoas abençoadas por ter a mesma fé que ele. Alguém pode perguntar ‘e o que isso tem a ver’? Tem a ver com a aliança que Deus fez com Abraão, cuja base vem sendo produzida desde Gênesis 3:15, a promessa de redenção, o primeiro anúncio do evangelho, passando por pessoas e famílias específicas sendo escolhidas por Deus em meio a gerações perversas, violentas e idólatras; as genealogias nos mostram isso, e por isso sua importância. Teólogos piedosos, eruditos e bíblicos concordam que Gênesis 11:10 em diante não é uma mera lista genealógica, mas um elemento crucial na narrativa redentiva da Bíblia. Alguns pontos são destacáveis: Providência e Eleição Divina: A genealogia de Sem demonstra que Deus soberanamente preserva uma linhagem fiel para cumprir Suas promessas, mesmo após eventos de rebelião como a Torre de Babel. Continuidade Redentiva: O texto conecta o dilúvio à história patriarcal, mostrando a progressão do plano de redenção que culmina em Cristo. Foco Teológico, Não Cronológico: Embora as idades longevas sejam notáveis, o propósito principal é teológico, não histórico ou cronológico, apontando para a fidelidade de Deus mesmo quando a humanidade, desde sempre, foi rebelde. Contexto de Aliança: A genealogia estabelece a base para a aliança com Abraão, que é central na Bíblia como parte do desdobramento da graça de Deus. Assim, Gênesis 11:10 em diante segue a julgamento de Babel, mostrando que Deus continua a trabalhar em meio ao caos humano. Gênesis 11:10 também nos lembra a fidelidade de Deus em preservar o seu povo e cumprir Suas promessas, mesmo em tempos de apostasia. A genealogia também aponta para a universalidade do plano de Deus, que, através de Abraão, traria bençãos a todas as nações (Gênesis 12:3); nós somos frutos dessas bençãos. 1582. 22.05.2025. Soli Deo Gloria.

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5/21/2025, 2:18:44 PM

A Trindade no Antigo Testamento “O Antigo Testamento não ensina clara e diretamente sobre a Trindade, e a razão é evidente. Num mundo em que o culto de muitos deuses era comum, tornava-se necessário acentuar para Israel a verdade de que Deus é um e que não havia outro além dele. Se no princípio a doutrina da Trindade fosse ensinada diretamente, ela poderia não ser bem compreendida nem bem interpretada. Muito embora essa doutrina não fosse explicitamente mencionada, sua origem pode ser encontrada no AT. Sempre que um hebreu pronunciava o nome de Deus (Elohim), ele estava realmente dizendo “Deuses”, pois a palavra é plural e no hebraico às vezes vem acompanhada de adjetivo plural (Js 24:18,19) — no português isso não é perceptível, mas no hebraico fica claro; a palavra para santo é qedoshim, uma forma plural e majestática, comumente usada para Deus (Elohim) — e com verbo no plural (Gn 35:7) — o verbo para “revelado” no hebraico está no plural também, para concordar com o sujeito Elohim (Deus). Imaginemos um hebreu devoto e esclarecido ponderando o fato de que Jeová é um e, no entanto, é Elohim — “Deuses”. É fácil imaginar que ele chegue à conclusão de que exista pluralidade de pessoas dentro de um Deus. Paulo, o apóstolo, nunca cessou de crer na unidade de Deus, conforme lhe fora ensinada desde a mocidade (1Tm 2:5; 1Co 8:4). Paulo, de fato, insistia em que não divulgava outros ensinos senão aqueles que se encontravam na Lei e nos Profetas. Seu Deus era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. No entanto, pregava a divindade de Cristo (Fp 2:6-8; 1Tm 3:16) e personalidade do Espírito Santo (Ef 4:30), e incluiu as três pessoas na benção apostólica (2Co 13:14). Todos os membros da Trindade são mencionados no AT: 1) o Pai (Is 63:16; Ml 2:10); 2) o Filho de Jeová (Sl 2:6,7,12; 45:6,7 (o autor aos Hebreus aplicou esses versículos a Jesus, o Messias); Pv 30:4): o Messias é descrito com títulos divinos (Jr 23:5,6; Is 9:6); faz-se menção ao misterioso Anjo do Senhor que leva o nome de Deus e tem poder tanto para perdoar quanto para reter os pecados (Êx 23:20,21); 3) o Espírito Santo (Gn 1:2; Is 11:2,3; 48:16; 61:1; 63:10). Prenúncios da Trindade veem-se na tríplice benção de Números em 6:24-26 e na tríplice doxologia de Isaías 6:3.” Texto retirado do livro Conhecendo as Doutrinas da Bíblia de Myer Pearlman. Por que Números 6:24-26 seria prenúncio da Trindade? Foi a pergunta que me fiz quando fui ler o texto, então fui pesquisar. O primeiro ponto para esclarecimento está na estrutura da benção, chamada de estrutura triádica: a benção é composta por três partes distintas, cada uma começando com o nome do Senhor e descrevendo diferentes ações (abençoar e guardar; fazer resplandecer o rosto e conceder graça; levantar o rosto e dar paz). Alguns teólogos associam essa tríade à Trindade, sugerindo que as três partes refletem as três pessoas da Trindade. Primeira parte (“te abençoe e te guarde”): Associada ao Pai, que é visto como o provedor e protetor. Segunda parte (“faça resplandecer o seu rosto e te conceda graça”): Associada ao Filho, que revela a luz de Deus e concede graça (veja João 1:17). Terceira parte (levante o seu rosto e te dê paz): Associada ao Espírito Santo, que traz paz e comunhão (veja Gálatas 5:22). Essa interpretação, porém, não pode ser considerada literal, pois o texto bíblico não menciona explicitamente três pessoas divinas no ato da benção. Mas, ao longo da história, alguns cristãos, como Santo Agostinho, viam alusões à Trindade em textos como esse. Segundo a perspectiva desses cristãos, a repetição tripla de SENHOR (YHWH) é interpretada como um reflexo das três pessoas da Trindade, todas compartilhando a mesma essência divina. As ações descritas (abençoar, iluminar, conceder paz) são associadas às funções das três pessoas da Trindade no plano de salvação. No Novo Testamento, a fórmula trinitária em Mateus 28:19 (“em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”) é às vezes comparada a bençãos triádicas como a de números 6:24-26, reforçando a ideia de que ela pode ser um prenúncio da Trindade. É importante salientar que existem limitações de interpretação, porque o texto hebraico não contém qualquer menção a “Pai”, “Filho” ou “Espírito Santo”. O conceito de Trindade é um desenvolvimento teológico posterior, plenamente articulado no cristianismo para tentar explicar, dentro do humanamente possível, a unidade de Deus em conformidade com as três pessoas que são mencionadas na Bíblia como sendo Deus, além de ser uma resposta fundamentada na Escritura para lidar e evitar heresias. Embora a Palavra “trindade” não exista na Bíblia, a percepção de que há um Deus em três pessoas com a mesma essência se torna clara para quem a lê com atenção. Júpiter estava lá quando ninguém o havia percebido e identificado; a Trindade existe antes de Júpiter! Assim, o texto-base desse devocional não é uma alusão literal à trindade, embora seja possível e saudável fazer uma leitura retrospectiva com as lentes da cristologia, por assim dizer, que se apresenta, neste caso, como a busca por “encontrar” ou “descobrir” Cristo nos textos do Antigo Testamento. 1581. 20.05.2025. Soli Deo Gloria.

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Devocional do Abreu 📜
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5/18/2025, 8:34:40 AM

Relação entre Salmos 1:2 e Romanos 12:2 “Ao contrário, a sua satisfação está na lei do Senhor, e na sua lei medita dia e noite.” ‭‭Salmos‬ ‭1‬:‭2‬ ‭NVI‬‬ “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem‑se pela renovação da sua mente, para que vocês experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” ‭‭Romanos‬ ‭12‬:‭2‬ ‭NVI‬‬ Charles H. Spurgeon descreve o “contraste espiritual” em Salmos 1:2 como a diferença fundamental entre o justo, que encontra prazer na lei do Senhor e medita nela dia e noite, e o ímpio, que segue o “conselho dos perversos”. Para Spurgeon, o justo (crente) é definido por uma mente saturada da Palavra de Deus, que ocupa seus pensamentos continuamente. Essa meditação é uma “santificação da mente”, protegendo-o das influências pecaminosas do mundo. O ímpio, por outro lado, é guiado por valores e conselhos contrários à vontade de Deus, resultando em uma vida instável e sem fruto espiritual (Salmos 1:4-5). A chave do contraste espiritual está na fonte de orientação: a Palavra de Deus versus as ideias humanas ou pecaminosas. O justo rejeita ativamente os caminhos do mundo, preenchendo sua mente com as verdades de Deus. Isso nos lembra Romanos 12:2, não? Romanos 12:2 enfatiza a rejeição ao mundo, renovação da mente e a experimentação da vontade de Deus. O crente não deve se moldar aos padrões do mundo, que refletem valores temporais, pecaminosos ou contrários à vontade de Deus. Pelo contrário, ele deve ser transformado por meio de uma mudança contínua e incessante na forma de pensar, alinhando a mente com a verdade de Deus, revelada na Escritura. O resultado disso é uma vida que discerne e vive segundo os propósitos de Deus, produzindo fruto espiritual. Em Salmos 1:2, o justo evita o “conselhos dos ímpios”, o “caminho dos pecadores” e a “companhia dos zombadores”, escolhendo, em vez disso, a lei do Senhor. Spurgeon vê isso como uma escolha deliberada de não se conformar aos valores do mundo, semelhante ao mandato de Paulo em Romanos 12:2. Spurgeon enfatiza que a meditação contínua na lei do Senhor “santifica a mente”, moldando os pensamentos e desejos do justo. Isso é paralelo à “renovação da mente” em Romanos 12:2, onde a transformação ocorre pelo engajamento com a verdade divina, que é mediada pelas Escrituras e pelo Espírito Santo. O fruto de uma vida centrada em Deus e saturada da Palavra está em Salmos 1:3, onde o crente que medita na Bíblia é comparado a uma árvore frutífera, estável e próspera. Spurgeon conecta isso à vida frutífera do crente que vive para a glória de Deus. Da mesma forma, Romanos 12:2 promete que a renovação da mente leva à experimentação da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, resultando em uma vida que glorifica a Deus e beneficia os outros. Portanto, ambos os textos reforçam a centralidade da Bíblia e a soberania de Deus na transformação do crente. Spurgeon, como um batista reformado, via a meditação na Palavra como o meio pelo qual o Espírito Santo opera a santificação, um conceito alinhado com a renovação da mente em Romanos 12:2. Ambos os textos destacam a necessidade de uma ruptura ativa com os padrões pecaminosos do mundo, o papel da Palavra de Deus como instrumento de transformação espiritual e a dependência do Espírito Santo para capacitar o crente a amar e obedecer a Deus. Concluindo, o contraste espiritual de Spurgeon em Salmos 1:2 — entre o justo que medita na Palavra e o ímpio que segue conselhos mundanos — ressoa com Romanos 12:2, onde Paulo exorta o crente a rejeitar a conformidade com o mundo e buscar a renovação da mente pela verdade divina. Ambos os textos apontam para uma vida transformada pela Palavra, que rejeita os valores pecaminosos e produz fruto para a glória de Deus, um princípio central na vida do crente. 1577. 17.05.2025. Soli Deo Gloria.

Devocional do Abreu 📜
Devocional do Abreu 📜
5/15/2025, 11:46:36 AM

Se o Espírito Santo opera a nossa santificação pela Palavra, como alguém será santificado sem conhecê-la, estudá-la e meditar nela? Um dos meus maiores erros como cristão foi ter deixado de priorizar o estudo da Palavra. Isso fez com que eu meditasse e internalizasse menos as verdades bíblicas, pensasse mais em outras coisas menos saudáveis e prejudicasse o processo de santificação, a obra que Deus começou, tocada pelo Espírito Santo. “Sem santificação ninguém verá a Deus”, isso pode ser apreendido de Hebreus 12:14. Alguns podem confundir santificação com justificação, achando que por já serem justificados também já estariam santificados e que, portanto, podem viver de qualquer maneira. Entretanto, santificação e justificação são coisas diferentes, embora complementares. Ambas estão relacionadas ao processo de salvação, sendo que a santificação só é possível se houver acontecido anteriormente a justificação pela fé. A santificação acontece em quem genuinamente foi justificado pela fé, pois reflete o seu desejo de se tornar parecido com seu Redentor não apenas em justiça, mas em santidade. Portanto, se alguém que se diz crente não deseja ser santo como Deus é Santo, há um enorme problema aí. Esse problema se torna ainda mais evidente quando desprezamos, descredibilizamos, ignoramos, menosprezamos ou damos pouca prioridade ao relacionamento com Deus, que se dá por meio da comunhão com o Espírito Santo, que usa a Palavra como meio de comunicado e de santificação. Enquanto minha mente estava afastada de Deus por falta ou pouco estudo bíblico, por assim dizer, momento devocional, eu não era convencido pelo Espírito Santo do meu erro. Sem ser convencido eu não posso me arrepender, tampouco ser santificado pela operação dEle. Priorizar o relacionamento com Deus através de horas em contato com a Palavra, oração, pregação, culto, comunhão com irmãos, louvores e leitura de textos edificantes é uma marca do verdadeiro crente. Fazendo isso, a voz do Espírito de Deus se torna mais perceptível e a mente inicia ou retoma seu processo de renovação. Tudo isso acontece pelo prazer na lei do Senhor. Quando a meditação bíblica se torna ou volta a fazer parte da rotina, a santificação acontece, pois o Espírito Santo “tem material e tempo para trabalhar”. Se me afasto de todas essas disciplinas espirituais o processo contrário acontece e me torno menos santo, mesmo sendo justificado. Se isso persistir, pode revelar uma fé inútil, não salvífica, ou, no melhor dos casos, que eu sou um cristão justificado, salvo, mas completamente inútil, infrutífero, desleixado, sem vergonha, mixuruca, isto é, um péssimo cristão, um péssimo filho que não deseja conhecer, obedecer e amar seu Pai. É óbvio que não podemos ser esse tipo de cristão, se é que ele existe. É urgente que priorizemos nosso relacionamento com Deus, que gastemos horas na companhia dEle, desenvolvendo disciplina espiritual, buscando-o intencionalmente, estudando e meditando na Palavra, renovando nossa mente e transformando nosso caráter à semelhança de Cristo por meio da operação do Espírito Santo, que usa a Palavra em todos os seus processos de santificação. É um tolo engano achar que já conhecemos a Palavra o suficiente, que já sabemos o bastante e que não precisamos mais meditar nela. Há muito o que aprender porque há muito o que santificar. Não nos importamos de comer repetidamente os melhores alimentos para o corpo, por que nos importaríamos e julgaríamos ser trabalhoso comer o melhor alimento para a nossa alma, do qual depende a nossa santificação? Não reduzo o Espírito de Deus a isso, mas metaforicamente Ele é quem “digere” a Palavra em nosso coração e nos faz crescer na graça, no conhecimento de Deus e na santificação; mas como Ele fará isso sem que coloquemos o alimento, isto é, a Palavra para dentro? Ninguém diz: “Já comi o bastante durante todos esses anos, não preciso comer mais.” Não! Comemos todos os dias e há alguns que não se saciam! Não deveríamos estar fartos da Palavra de Deus. Precisamos nos arrepender e voltar às Escrituras, priorizando a meditação nelas (o prazer do justo está na lei do Senhor), pois essa ação reflete tanto o relacionamento com Deus quanto a preparação para mortificar a carne e santificar a nossa vida. 1574. 15.05.2025. Soli Deo Gloria.

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