Autor Ismael Faria
Autor Ismael Faria
May 26, 2025 at 12:31 AM
Nunca achei que fosse me perder tão fácil. Mas ali estava eu — diante da porta 803, o corredor silencioso de um hotel caro demais pra minha rotina, com a respiração presa entre o peito e a garganta. O nome dela era Lorena. Só isso. E mesmo sem nunca tê-la visto antes, eu já me sentia dela. Desde a primeira mensagem, desde a voz calma no áudio dizendo “venha sozinho”. A campainha tocou baixo, e a porta se abriu. Ela não sorriu. Não precisou. Estava envolta num robe vinho que não escondia nada — pelo contrário, deixava tudo ainda mais presente. Pele dourada, olhar de comando, perfume de baunilha e alguma coisa mais densa, mais perigosa. — Você é o Afonso — ela disse. Assenti. Acho que engoli em seco. Lorena se afastou da porta, lentamente. Não me convidou com palavras. Apenas virou-se de costas e caminhou para dentro. O robe escorregou um pouco no ombro, como se me desafiasse a seguir. E eu segui, sem saber se era desejo, curiosidade, ou se simplesmente porque meu corpo já não me obedecia. Naquele quarto, não era eu quem ia conduzir nada. E por alguma razão estranha… era exatamente isso que eu queria. Ela caminhou até a poltrona perto da janela e sentou-se com a perna cruzada, como se estivesse em seu próprio trono. E talvez estivesse. A luz do abajur tocava a lateral do seu rosto, revelando a pele lisa, o brilho nos olhos, e a firmeza de quem sabia exatamente o que estava fazendo. — Tire a camisa — ela disse, sem levantar o tom de voz. Eu hesitei por uma fração de segundo. Não por vergonha, mas pela forma como ela me olhava — como se estivesse testando não o meu corpo, mas a minha disposição em obedecer. Fiz o que ela pediu. — A calça também. — Você quer que eu... — Quero. O som do zíper pareceu ecoar no quarto silencioso. Fiquei ali, despido, diante dela, vulnerável e completamente excitado. Ela caminhou até a poltrona perto da janela e se sentou com a perna cruzada, o robe abrindo sutilmente, deixando a coxa à mostra. Era uma visão pensada — Lorena não fazia nada por acaso. A luz do abajur desenhava seu corpo com precisão. O olhar dela pousou sobre mim como se me estudasse... ou me escolhesse, de novo. — Tire a camisa — ela disse. Não questionei. Fiz. Não como um menino perdido, mas como um homem que entende a beleza de ceder a uma mulher que sabe o que quer. — A calça também. Dessa vez, sorri. Ela notou. E pela primeira vez, vi seu canto de boca se erguer num meio sorriso também. — Gosta de provocar, Afonso? — Gosto quando me fazem merecer — respondi, olhando direto nos olhos dela enquanto tirava a calça. Despido, meu corpo ficou em chamas, o desejo evidente. Mas eu não me escondia — eu a queria, e queria que ela visse isso. Era um jogo delicioso que eu estava adorando e queria ir até o fim. Lorena levantou. Seus passos eram silenciosos, mas cada movimento carregava intenção. Parou na minha frente, os olhos cravados nos meus. — Primeira vez com uma mulher como eu? — Primeira vez que alguém me faz querer ajoelhar… por vontade. Ela arqueou uma sobrancelha. Aproximou-se até sentir minha respiração contra a dela. E disse, em voz baixa, firme: — Então ajoelhe, com orgulho. Eu ajoelhei. Não por obediência. Mas porque aquela mulher, dona de si, dona de mim, merecia ser adorada. E eu estava mais do que pronto pra isso. Me ajoelhei entre as pernas dela, sentindo o cheiro do seu corpo tão de perto que quase podia tocar com a respiração. Lorena abriu o robe lentamente, só o suficiente para mostrar pele, pele demais. Cada movimento dela parecia um comando silencioso. Passei as mãos pelas suas coxas dela com firmeza. — Me diz o que quer. Eu quero te fazer perder o controle. Ela riu, baixa, rouca, satisfeita. — Cuidado, Afonso... Um servo ousado é perigoso. — Só se você quiser que seja. Lorena inclinou-se para a frente e segurou meu queixo entre os dedos. — Você vai me servir com a boca, com as mãos, com o corpo. Mas o que vai me fazer voltar a te querer… Ela aproximou os lábios do meu ouvido. — É a sua mente. Mostre que sabe como me adorar. E foi assim que a noite começou: sem pressa, sem piedade, sem espaço para nada além de nós dois. Ela no comando, eu no fogo. E, sinceramente… eu nunca me senti tão vivo. Lorena deslizou as mãos pelo meu peito, descendo lentamente, como se escrevesse um convite na minha pele. O robe caiu ao chão, revelando cada curva, cada promessa. Eu não precisei de mais que um instante para me lançar sobre ela. O toque dela era firme, seguro, a pele quente que respondia ao meu contato com uma urgência crua. Nossos corpos se encaixaram como se tivessem sido feitos para aquele momento, perfeito e explosivo. Deslizei as mãos pela cintura fina, puxando-a para mais perto. Ela arqueou as costas, os olhos brilhando, enquanto nossos lábios se encontravam num beijo profundo, cheio de desejo contido e promessa. Com delicadeza, fui traçando o caminho pelo pescoço, descendo até os seios que ela oferecia com um gemido baixo, satisfeito. As mãos de Lorena não paravam, explorando, apertando, dominando com carinho e intensidade. Ela me guiou até a cama, jogando-me suavemente contra os lençóis, o corpo arqueando para me receber. O prazer subia como uma onda que não dava para conter. Nossos movimentos eram sincronizados, uma dança de luxúria onde eu era o servo disposto a adorar cada centímetro daquela mulher. Lorena se ajeitou sobre mim, sentando com a firmeza de quem sabe o que quer. A penetração foi profunda, lenta, um encontro de corpos e vontades. Que me fez soltar um gemido rouco. Ela começou a se mover, devagar no começo, acelerando o ritmo, enquanto eu segurava seus quadris, acompanhando cada impulso com precisão. Os gemidos dela encheram o quarto, misturando-se aos meus, numa sinfonia de prazer e entrega. Ela arqueava, me puxava para mais perto, mordia o lábio com intensidade, enquanto eu sentia o fogo crescer dentro de mim, pronto para explodir. — Me pega, Afonso — ela sussurrou, o corpo tremendo em êxtase. Eu respondi com mais força, segurando firme e dando tudo o que podia, dedicado a fazê-la gozar como só eu sabia. E quando o clímax chegou, ele não foi silencioso. Foi brado, foi entrega, foi redenção. Eu era o servo dela. Deslizei as mãos pelas costas dela, sentindo a pele arrepiar sob meus dedos. Lorena virou o rosto para encostar na minha clavícula, os cabelos espalhados, o olhar meio sonolento, meio faminto. — Você sabe que eu não sou fácil, Afonso — ela murmurou, a voz rouca e carregada de desejo. — Eu não quero fácil — respondi, deslizando a boca pelo pescoço dela. — Quero você. Com toda sua força, sua entrega. Ela sorriu, um sorriso lento, sensual. Estendeu a mão e puxou meu rosto para um beijo que não pedia pressa. As línguas dançaram, as mãos exploraram, e eu percebi que não havia diferença entre servir e dominar — tudo era questão de querer estar ali, por ela, com ela. Lorena arqueou o corpo contra o meu, os dedos dela cravando firme na minha pele, enquanto o ritmo acelerava, pulsando como um tambor de guerra dentro de mim. O calor crescia, invadia tudo — cada toque, cada gemido, era uma faísca que incendiava meu corpo inteiro. Seus olhos, brilhantes e intensos, fixavam os meus com uma mistura de desafio e entrega. A respiração dela, entrecortada, se misturava à minha, criando uma sinfonia só nossa. Ela apertou mais forte, mordendo o lábio inferior, e eu senti a tensão se quebrar em ondas avassaladoras. O prazer explodiu em mim, um fogo que queimava tudo e me deixava à deriva, completamente dominado pela intensidade daquele instante. Os gemidos que escapavam de nós dois enchiam o quarto, embalando cada movimento frenético e cada arrepio que percorria a pele. Lorena se arqueou em êxtase, os olhos fechados, o corpo tremendo sob meu toque. — Vai, Afonso — ela sussurrou, a voz rouca e cheia de desejo — mostra que é meu. Eu cedi ao prazer, ao êxtase, sentindo o mundo desaparecer enquanto nossos corpos se uniam no ápice daquela entrega sem reservas. Quando finalmente nos dissolvemos no silêncio, o quarto ficou cheio da energia crua do desejo saciado — e eu soube, com certeza, que nada seria igual depois daquela noite. Autor Ismael Faria DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
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