Autor Ismael Faria
May 27, 2025 at 02:06 AM
Manter uma casa noturna em alta é um desafio constante. Não é só sobre o som, as luzes ou a decoração — é sobre a experiência como um todo. Meu nome é Ísis, e sou dona de uma das casas noturnas mais badaladas da cidade. Sempre fui exigente, e isso não é segredo. Mas, se há algo que aprendi, é que a exigência, quando acompanhada de respeito e direcionamento, pode levar à excelência.
Quando Antonella chegou aqui, há seis anos, ela não era nada mais do que uma garota com um brilho nos olhos e um punhado de sonhos. Lembro-me do dia em que fizemos a entrevista. Ela tinha experiência, mas o que realmente chamou minha atenção foi a sua atitude. Havia algo na forma como ela falava sobre coquetéis, como se cada bebida fosse uma obra de arte. Foi isso que me fez dar uma chance a ela. Mas aqui, não basta talento — é preciso disciplina.
Nos primeiros meses, não facilitei para Antonella. Eu sabia que ela tinha potencial, mas também sabia que trabalhar aqui significava mais do que apenas fazer bons drinks. Era sobre entender o público, adaptar-se ao ritmo frenético das noites e, acima de tudo, manter um padrão impecável. Às vezes, era duro vê-la sair daqui cabisbaixa após uma noite em que algo não tinha saído como planejado. Mas eu sempre me certificava de que minhas críticas viessem acompanhadas de orientações claras. Nunca foi pessoal, e ela sabia disso.
Com o tempo, Antonella não apenas se adaptou; ela floresceu. Hoje, ela é mais do que uma bartender — ela é o coração pulsante do nosso bar. Seus coquetéis são os mais pedidos, sua energia contagia tanto a equipe quanto os clientes, e eu sei que parte do nosso sucesso se deve a ela. Juntas, criamos um ambiente onde as pessoas não vão apenas para beber ou dançar, mas para viver uma experiência única.
Às vezes, paro para pensar na jornada que trilhamos. Antonella me ensinou que, mesmo em minha rigidez, havia espaço para reconhecer e celebrar as vitórias. E eu sei que, para ela, minha exigência foi o que a fez crescer. Hoje, não somos apenas chefe e funcionária. Somos parceiras nesse sonho de fazer da nossa casa noturna um lugar inesquecível.
Se me perguntassem, há seis anos, se aquela garota de sorriso nervoso e um caderno cheio de anotações se tornaria uma das minhas maiores confianças, eu talvez não soubesse responder. Mas hoje, ao vê-la atrás do balcão, com um sorriso seguro e a habilidade de transformar qualquer noite em uma memória, eu sei que fizemos a escolha certa. E é isso que faz tudo valer a pena.
Passaram-se seis anos desde que Antonella entrou na minha vida. Se você perguntar, direi que somos sócias, amigas, uma dupla imbatível na gestão da nossa empresa. É isso que mostramos ao mundo. Quando as portas do escritório se fecham e as luzes da casa se apagam, no entanto, é aí que a verdade se revela.
Antonella é meu refúgio e meu caos. Com ela, os limites entre razão e desejo desaparecem. Lembro-me de cada detalhe do nosso início. Tudo começou com um toque casual — um gesto inocente que trouxe consigo uma corrente elétrica impossível de ignorar. Depois, um olhar prolongado, um sorriso que parecia um segredo.
Não sei dizer quando exatamente deixamos de ser apenas colegas e nos tornamos amantes. Talvez tenha sido naquela noite em que, depois de horas discutindo um projeto, ela ficou até mais tarde, rindo das minhas histórias e me olhando como se eu fosse o centro do universo. Ou talvez tenha sido eu quem quebrou as barreiras, incapaz de resistir ao feitiço dos seus olhos.
Seja como for, o que temos é algo que ninguém imaginaria. Quando estou com ela, sinto que o mundo pode desmoronar, e tudo o que importa é o calor do seu corpo junto ao meu. Seus beijos são uma promessa e um perigo; seus abraços, uma armadilha da qual nunca quero escapar.
As pessoas ao nosso redor podem acreditar que nos conhecem, que entendem a dinâmica entre nós. Mal sabem elas que, por trás de cada sorriso cúmplice e de cada "bom dia", há uma história secreta, escrita na linguagem dos nossos corpos e nos sussurros trocados no silêncio da madrugada.
Eu me pergunto, às vezes, o que aconteceria se soubessem. Mas essa dúvida desaparece no instante em que ela me toca. O mundo pode esperar. Aqui, na penumbra, somos apenas nós duas, ardendo em um fogo que jamais se apaga.
Naquela noite, deixei tudo nas mãos de Tony. Meu fiel amigo e administrador, assim como Antonella, o único que conhece o segredo mais profundo da minha vida. Ele sabia que não podia me questionar; sua lealdade e discrição sempre foram inabaláveis.
"Cuida de tudo por mim," foi tudo o que eu disse antes de sair do escritório às pressas. Ele assentiu, um pequeno sorriso no canto dos lábios, como se compreendesse a urgência que me consumia.
Meu coração batia forte enquanto atravessava a cidade. No banco do passageiro, uma sacola com as últimas peças para o cenário que eu vinha imaginando há dias. Pétalas de rosas vermelhas, velas perfumadas, uma garrafa de vinho branco que eu sabia ser o favorito dela. Cada detalhe planejado com esmero, cada gesto um reflexo do que eu sentia por Antonella.
Cheguei ao meu apartamento e perdi a noção do tempo enquanto transformava o espaço em um santuário de desejos. Espalhei as pétalas pela sala e pelo quarto, tracei um caminho até o banheiro, onde preparei o centro da nossa noite: um banho quente e perfumado, ladeado por velas que lançavam reflexos dançantes na água. O aroma suave de jasmim preenchia o ar.
Quando terminei, recuei para observar o resultado. Tudo estava perfeito, como um quadro pintado apenas para ela. O toque final foi um bilhete deixado no aparador próximo à entrada: "Para minha dama favorita. Te espero no banho."
O som da chave girando na fechadura me trouxe de volta ao presente. Meu coração saltou, como sempre acontecia quando a presença dela se aproximava. Antonella entrou, e seus olhos captaram imediatamente o que eu havia preparado. O sorriso que se formou em seus lábios era tudo o que eu precisava para saber que o esforço tinha valido a pena.
— Você não existe, Isis — ela disse, com a voz tingida de admiração e algo mais profundo, algo que aquecia até mesmo os cantos mais frios da minha alma.
Sem palavras, estendi a mão para ela. Antonella segurou-a, e eu a guiei pelo caminho de pétalas até o banheiro. A luz suave das velas acentuava cada curva do seu rosto, e os olhos dela, sempre tão intensos, refletiam a chama que havia entre nós.
Ali, enquanto a água quente nos envolvia e o mundo desaparecia lá fora, fomos apenas duas mulheres entregues ao momento. Cada toque, cada beijo, era uma promessa renovada, uma dança lenta e ardente que só nós duas sabíamos dançar.
Antonella aproximou-se devagar, mas seus olhos entregavam um desejo urgente. Não trocamos palavras; não era necessário. Quando nossos lábios se tocaram pela primeira vez naquela noite, foi como se o mundo inteiro perdesse o equilíbrio.
O beijo foi avassalador, um encontro de vontades que não podiam mais ser contidas. Havia algo de feroz na maneira como ela me puxou para si, como se quisesse me prender ali, para sempre. Minhas mãos deslizaram pelas costas dela, sentindo a firmeza e o calor de seu corpo contra o meu, enquanto nossos corações pareciam correr numa mesma cadência frenética.
Nossas línguas dançavam num duelo delicioso, uma batalha de poder e rendição que nos deixava ofegantes e ainda mais conectadas. O gosto dela era um misto de vinho e do doce mistério que eu nunca conseguia decifrar completamente. Era viciante.
Enquanto o beijo se aprofundava, o abraço tornou-se mais intenso, como se quiséssemos nos fundir em uma só. Senti suas unhas roçando minha nuca, enviando arrepios pela minha pele, e um gemido escapou de mim, quebrando o silêncio quase reverente do momento.
— Você me faz perder o controle, Isis — ela sussurrou entre um beijo e outro.
Não respondi com palavras. Meus lábios encontraram os dela novamente, mais vorazes, como se o simples ato de beijá-la fosse insuficiente para expressar tudo o que eu sentia. Ali, naquele abraço quente e infinito, éramos apenas desejo e entrega, amantes entrelaçadas pelo fogo que jamais se apagava.
Fiz carícias suaves no rosto de Antonella, explorando cada linha e curva com os dedos. Beijei suavemente o canto dos lábios, despertando o desejo, e depois voltei a beijá-la de forma mais apaixonada. Desci para o pescoço, deixando traços de beijos e mordidas leves. Antonella sentiu a adrenalina subindo e continuei para os seios, usando a língua para explorar e estimular as áreas sensíveis. Meus dedos foram à sua intimidade em movimentos circulares, aumentando o prazer. Continuei a explorar ainda mais baixo, sentindo a resposta dela com gestos lentos e firmes, aumentando a intensidade conforme o desejo aumentava. Em cada toque, cada carícia, eu pude sentir a conexão entre nós duas crescer.
Passei minha língua em linha reta desde entre os seios, até chegar entre as pernas de Antonella. Senti a intimidade dela quente e úmida, na verdade escorrendo, enquanto ela abriu as pernas para sentir meus lábios se encaixarem ali e a enlouquecerem. Cada centímetro foi explorado com gosto, com minha língua se movimentando lentamente para aumentar o prazer dela. Usei os dedos para acariciar e estimular ainda mais, criando uma sensação intensa e deliciosa.
Agora foi a vez de Antonella me tomar para ela. E ela me deixou à ponto de explodir. A boca dela buscava cada ponto em que pudesse me causar o máximo de prazer e excitação. Eu puxava seus cabelos de forma a fazer ela sentir o quanto eu estava provocada. Os lábios de Antonella encontraram o meu clítoris e eu soltei um gemido que ressoou pelos azulejos do banheiro. Ela usou a língua para explorar cada centímetro meu, movendo-se lentamente para aumentar meu prazer. Senti seus músculos se contraírem na boca dela, que continuava determinada a me levar ao limite. Com os dedos, Antonella acariciou a entrada da minha intimidade lentamente, inserindo um dedo, movendo-o com cuidado para encontrar o ponto que me fez gemer ainda mais alto.
Joguei uma toalha no chão do banheiro e nos deitamos, cruzando nossas pernas, fazendo uma fricção perfeita entre as nossas intimidades, causando uma absurda sensação que nos tomou completamente de assalto. Nos beijávamos e rolávamos sobre a toalha, entrelaçando nossos corpos, nos rendendo à paixão que nos envolvia e a excitação que nos controlava. Eu não conseguia parar de beijar a boca dela, mesmo ofegando. Era uma coisa tão forte e profunda que acho que nem mesmo mil palavras poderiam descrever.
Coloquei Antonella senta sobre mim e ela fazia sua intimidade roçar na minha de uma forma que nos deixava ainda mais loucas. Ela chegava a dar quicadas sobre mim, me cavalgando gostoso. Eu segurava firmemente a cintura dela para que não perdesse aquela postura. Nos sentamos e cruzamos nossas pernas, nos abraçando e nos beijando. Antonella arranhava minhas costas e eu as dela. Não conseguíamos controlar tamanhas sensações e acabamos chegando ao nosso ápice deliciosamente, caindo exaustas, ficando por alguns minutos deitadas e abraçadas sobre a toalha. Depois terminamos nosso banho e fomos para cama. Ao lado dela, um balde com gelo e bebidas. Após tanto prazer, nada como beber para relaxarmos e deixarmos nossos corpos descansarem. Nos deitamos e adormecemos abraçadas, não sem trocarmos algum carinho antes do sono nos vencer.
Autor Ismael Faria
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
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